domingo, julho 31, 2005

Esperei virar o dia (ou a noite, se preferir) para desejar a todos um Feliz Dia do Orgasmo. E faço-lhes um pedido: tenha-os por mim! Não em minha homenagem, enquanto modelo e inspiração. Eu não seria tão presunçoso assim(!). Mas quando terminarem o terceiro ou o quarto, que dediquem à memória sexual deste seu amigo.

Tá foda!

Ministrar um treinamento todos os finais de semana é o melhor método contraceptivo que existe. Primeiro: impossível de se ter vida afetivo-social que permite o aprouch. Segundo: mesmo se tivesse com quem fazer, teria vontade de, ao término do dia, não dirigir meia palavra a quem quer que fosse. "Ai, Christian, estou te querendo..." "Impressão sua" seria a resposta pronta!

Meu Pai já me viu assim e me perguntou se eu queria conversar a respeito. Se eu estava bem ou se eu gostaria de cometer suicídio. A última coisa que quero é conversar. Preciso de 1 hora de absoluto silêncio.

E assim vamos nós. Amanhã tem o segundo dia deste treinamento (pessoas boas e inteligentes) e eu vou trocar o meu grito de guerra costumeiro – "sexo" – por "viagra". É capaz de dar mais certo!

sexta-feira, julho 29, 2005

Música sempre foi uma das minhas paixões, assim como cinema, viagens, história e fisiologia.

Durante muito tempo, e até por ter uma inteligência limitada, não conseguia me concentrar em muitas outras coisas que não no trabalho (que não é uma paixão e, sim, uma obsessão). Muita coisa passou por aqui e eu não vi.

Últimos registros que tenho na memória de quando eu curtia música e me preocupava em pesquisá-la, data dos idos de 92/93, com Alice in Chains, Nirvana, uma fase campeã do Faith no More, a volta do Bruce para os braços de Eddie... Tinha claro pra mim que clássicos também atendiam pelo nome de Supertramp, Led Zeppelin, e a maior de todas, Pink Floyd. Odiava Rush.

Do período de abstinência musical muita coisa aconteceu, mas eu não saberia relatar quem passou por aí. Ouvia a desgraça do techno e até aprendi a gostar – já estou passando pela desintoxicação, obrigado!

Hoje tenho buscado esse resgate, quero ouvir mais música e debater a respeito. Influências, sempre as influências. Meu querido e inteligente amigo com o estranho hábito de entoar um sotaque uberlandense tem ajudado bastante. Vi um clip do Placebo, na MTV, e o Tio Randas prontamente se disponibilizou a gravar a coletânea pra mim. Sou totalmente a favor de coletâneas, mesmo quando me ameaçam de linchamento por defender coletâneas de Beatles e outras bandas.

E tenho me enfurnado em algumas querelas. Como, por exemplo, defender a maior de todas. Eu acredito que seja falta de maturidade não gostar de Pink Floyd e, depois da separação, quem deveria ter ficado com o nome seria o Roger Waters. Tem gente que discorda (principalmente o juiz que deu ganho de causa ao David Gilmour). Até aí tudo bem! Mas dizer que não gostava do Pink Floyd por causa dos “solos intermináveis da guitarra” e que, depois da separação, o grupo ficou muito melhor, é de rir! Até porque é estranho, uma vez que o guitarrista da banda (David Gilmour) continuou nela.

quinta-feira, julho 28, 2005

“Sexo é uma troca de energia, sabe? Um emanar do elixir da vida advindo dos batimentos do coração do universo. É uma coisa bem assim, como as músicas que o Djavan retrata muito bem”.

Confesso que já ouvi isso e me questionei: como uma pessoa que tem essa impressão do sexo pôde alcançar o orgasmo. Mais próxima estaria do Nirvana ou de um outro estado de espírito do que propriamente do resfolegar, do arfar, do ranger dos dentes, da fina película de epiderme por entre as unhas de um orgasmo completo. Isso sim é sexo; ou eu preciso começar a fazer Yôga pra entender melhor o universo como coisa e sentimento.

E sexo + política têm produzido discussões interessantes aqui no escritório. Tenho ficado fã de alguns e cada vez mais perplexo com a sujeira. A Renilda, mulher do Marcos Valério, de uma dignidade!!! Sabia das falcatruas do marido, eu sei. Mas, em seu depoimento, disse: “o que eu mais desejo é ver terminado todo esse inquérito. Depois do tribunal vou juntar o que sobrar da minha família e vou começar tudo de novo”.

Está claro pra mim que todos sabiam desses esquemas. Todos! Uns sabiam e participavam. Outros sabiam de ouvir falar. Poucos não queriam saber da estória para não se comprometer. Mas sabiam.

Melhor, o Suplicy não sabia. Este eu tenho certeza. Mas também, o que ele sabe? Foi o último a saber que o argentino estava mandando ver na sua senhora, a vaca... No Suplicy eu acredito!

quarta-feira, julho 27, 2005

Registrar as minhas “31 Músicas” foi muito mais do que um exercício ou uma ajeitada nas minhas predileções musicais. Para ser franco, algumas dessas músicas eu nem gosto tanto (ou não gosto mais). Mas marcaram forte a minha vida e é bom registrar aqui.

Contar esses fatos tem sido uma experiência ímpar. Selecionar esses momentos e colocá-las em forma de texto me permite reescrevê-los, também, para mim mesmo. É uma questão de "enxergar o copo meio cheio", manja?

Passei por privações? Sim! Mas penso que foi bom pois aprendi a me virar, dar valor às coisas. E, na pior das hipóteses, aprendi a pescar lambari e assim tornar mais palatável o arroz com feijão (e não é sentido figurado). Pescar é uma atividade agradável. E por que o meu pai ou minha mãe não fez nada? Prefiro achar que era normal que não se preocupassem tanto assim comigo, que era pra eu me fortalecer, virar homem... e, na pior das hipóteses (de novo), eu poderia facilmente sobreviver a um ataque alienígena – sei lá, e aprender a conservar comida estocada em armário. Vai entender quais são os temores que passam pela cabeça de um pai!

Portanto, minhas opiniões e relatos advém da minha vontade de ver aprendizado nesses momentos. Gosto assim! Desta forma pude me reaproximar – física e emocionalmente – de algumas pessoas. Imagine se eu fizesse o contrário?

E mais blogs têm sido visitados por mim e fico triste de não saber como colocar o link. A Li, a Déa e a Su (http://spaces.msn.com/members/livinglavidaloca) têm muito o que falar. Valem a pena. E o meu pai também tem colocado o assunto em dia.

terça-feira, julho 26, 2005

12. Layla - Eric Clapton

Minha mãe tinha recém chegado de Cuba. Trouxe na bagagem o nosso primeiro aparelho de CD (um micro system), o meu teclado, charutos e tudo o mais. Mas o que ela trouxe de mais diferente foram os amigos. Além do seu companheiro, viajou com ela um padre comunista que dizia que, ao morrer, iria para o inferno só para jogar um balde de gelo no caldeirão da sua avó. Também dizia que os casamentos celebrados por ele eram assinados a lápis, pois assim era mais fácil de voltar a trás. Também acompanhou a minha mãe um Juiz de Direito e o seu namorado. Pareciam muito distintos e recatados.

Pois bem. A irmã do namorado do Juiz esteve em casa certa vez, na ocasião de um encontro de toda a trupe para relembrar a viagem e trocar fotos. Era setembro de 90. E comentou que o famoso guitarrista Eric Clapton faria um show histórico em São Paulo.

Eu não conhecia muita coisa do Eric Clapton, só mesmo o que a propaganda da Transamérica informava. Lembro-me que esta propagando começava assim: “Cleptomania é realmente uma doença...” Fiquei empolgado quando ela me convidou para vir a São Paulo assistir o show e que eu poderia ficar na casa dela, no Paraíso.

Aceitei e vim. Lembro-me que o ingresso foi um absurdo de caro. 20/outubro/1990. Assisti o show no Olimpia e ao nascimento da MTV, que estreava também naquela data.

Foi a primeira vez que vi pessoas fumando maconha e fiquei chocado. Mas parecia natural que fizessem isso. Foi a primeira vez que vi um deus tocar guitarra. E me pareceu natural adorá-lo.
Esta música eu reconheci quando tocaram.

What'll you do when you get lonely
And nobody's waiting by your side?
You've been running and hiding much too long.
You know it's just your foolish pride.

Layla, you've got me on my knees.
Layla, I'm begging, darling please
.
Layla, darling won't you ease my worried mind.

I tried to give you consolation
When your old man had let you down.
Like a fool, I fell in love with you,
Turned my whole world upside down.


Layla, you've got me on my knees.
Layla, I'm begging, darling please.

Layla, darling won't you ease my worried mind.

Let's make the best of the situation
Before I finally go insane.
Please don't say we'll never find a way

And tell me all my love's in vain.
Eu quero que multem o Lula, que dêem uma canetada nele. Merece, o sacana!

Não me refiro aqui às prováveis penas que aplicarão ao Presidente pela roubalheira do governo. Isso é com eles, não me interessa! Revolto-me aqui pois ele estacionou o “Aerolula” em fila dupla em Congonhas. Fiquei preso em Navegantes por mais de 3 horas, neste domingo, esperando o Lulão Navalhão decolar.

Essa é muito boa. Enquanto o caboclo não der partida, nenhuma outra aeronave pode decolar ou aterrissar. Parece que é uma regra essa prioridade de decolagem do Presidente. E os outros 5.000 passageiros esperando? Seu Lula, o senhor já não fez o suficiente para acabar com sua popularidade não?

Se ao menos eu pudesse ficar com a galera de Brusque (SC) e tomar mais uma bock, tudo bem. Galera do bem, essa de Brusque. Imaginem que para trabalhar nesta academia, muitos professores recém-formados em Santa Maria (RS) se mudaram pra lá! Mais de 14 horas de ônibus. Povo valente!

Mas fiquei lá em Navegantes, sozinho. E sozinho cheguei em SP. Não ter ninguém esperando no aeroporto é o retrato da solidão.

Somos perpetuadores da moda. A moda é cíclica. A moda volta... Olha aí os anos 80 aí de novo. Tenho pensado que o romantismo, tão fora de moda, um dia voltará. Certeza!

Não me refiro à necessidade de ter uma pessoa. Esse sentimento é egoísta. Refiro-me à sensação de desbravar a vida ao lado de alguém. A sensação de ter alguém a esperar e esperar alguém. Não estar preso a uma pessoa e sim ligado à ela, construir juntos e juntos compartilhar.

Quem foi que matou esse sonho?

quinta-feira, julho 21, 2005

31. Hallowed Be Thy Name – Iron Maiden

Deu saudades, e daí? Ontem foi Dia do Amigo e lembrei-me hoje do grande companheiro da minha adolescência. Marcos Luiz Uscello Jr.

Irmão da minha namoradinha, parceiraço de escalada, truco e tênis, vôlei e qualquer outro esporte que se pratica. Jogávamos todos e éramos péssimos. Verdade seja dita: no gol ele catava muito. Mas também, com um nariz daquele... Se a mão não alcançasse, lançava sua napa em direção à bola. Parecia sentir dor quando o sangue escorria, mas a bola não entrava.

Fui seu padrinho de faixa no tae-kwon-do, cupido e cúmplice várias vezes, companheiro de caronas e viagens. Aliás, quantas viagens. Quando seu pai faleceu fui com o Marquinho para Franca. Esta foi nossa última viagem juntos.

Fui encontrá-lo agora depois de 10 anos. Tem 2 filhas lindas e uma esposa companheira. Quando sua primeira filha nasceu, alguns problemas fizeram-no fazer uma promessa: quebrar toda a sua coleção do Iron Maiden – a coisa que ele mais gostava no mundo. Giovanna está com 10 anos e bem. E o que ele ouve, nos dias de hoje, é música sertaneja.

Apesar disso continuamos amigos. É claro que, quando estamos na 5a garrafa de vinho, proponho Legião aos filhos de Francisco.

Foi com este meu amigo que aprendi a gostar de Iron Maiden. E esta é a melhor!

I’m waiting in my cold cell, when the bell begins to chime.
Reflecting on my past life and it doesn’t have much time.
‘Cause at 5 o’clock they take me to the Gallows pole,
The sands of time for me are running low.

When the priest comes to read me the last rites,
I take a look through the bars at the last sights,
Of a world that has gone very wrong for me.

Can it be that there’s some sort of error.
Hard to stop the surmounting terror.
Is it really the end, not some crazy dream.

quarta-feira, julho 20, 2005

Carta para um amigo

Meu amigo,

Encantar. Surpreender. Criar momentos mágicos. Durante muitos anos eu usei esses conceitos para contagiar e emocionar os ouvintes das minhas palestras alardeando conceitos de como o relacionamento é importante para a fidelização do cliente.

Quero te pedir desculpas!

Peço desculpas por todas as vezes que bradei a importância de encantar as pessoas sem eu mesmo nunca ter percebido o poder do encantamento. Ser encantado e estar encantado acelera o coração, ferve o sangue, deixa o sujeito com um sorriso bobo no rosto e um brilho diferente no olhar. Posso dizer isso hoje, depois de tantas vezes encantado, seja um comentário no blog, um e-mail com um cartão. Aprendi isso com você.

E surpreender? Aprendi com você também. Quando você me chama no messenger só para mandar um beijo, traz um DVD e diz “Christian, você TEM que assistir” e o filme muda a maneira como vejo as coisas ou não muda coisa nenhuma. Uma lembrança não esperada e muitas vezes rara de se conseguir... Ou aquele pacotinho de bala comprado no semáforo. O convite para freqüentar sua casa beber champanhe ou um miojo com clight.

Quando me mudei para São Paulo passei a sentir, na pele, o que eu sempre falara nos cursos. As pessoas precisam de amigos! E foram esses amigos que me fizeram persistir neste desafio que é estar longe da família e do conforto da casa. Posso dizer que encontrar você e deixar essa amizade acontecer tornou a minha vida muito melhor.

Obrigado por criar, diariamente, momentos mágicos na minha vida.

Hoje é um dia de homenagem aos amigos. Mas saiba que dedicarei todos os outros para justificar a alegria de ser seu amigo.

When you´re weary, feeling small
When tears are in your eyes, I will dry them all
I´m on your side, when times get rough
and friends just can´t be found
Like a bridge over troubled water, I will lay me down
Like a bridge over troubled water, I will lay me down

When you´re down and out
When you´re on the street
When evening falls so hard, I will comfort you
I´ll take your part, when darkness comes
and pain is all around,
Like a bridge over troubled water, I will lay me down
Like a bridge over troubled water, I will lay me down

Sail on Silver Girl, sail on by
Your time has come, to shineA
ll your dreams are on their way
See how they shine, if you need a friend
I´m sailing right behind
Like a bridge over troubled water, I will ease your mind
Like a bridge over troubled water, I will ease your mind

terça-feira, julho 19, 2005

25. Do You Wanna Dance – Johnny Rivers

Eu era muito novo, próximo dos 12. Tinha acabado de me mudar pra Itamonte, uma cidade de Minas que faz fronteira com Resende/RJ e, entre elas, o Pico das Agulhas Negras. Quando saí de BH a música que tocava em todas as festinhas dançantes da minha turminha era “Rádio Pirata” e “Olhar 43”.

“Minha turminha” é sacanagem pois eu não me sentia tão socialmente aceito e incluso na “turminha”. Por que? Simples: desprovido de grana(em um colégio de gente MUITO rica), baixinho e magrelo (disseram certa vez que eu não poderia jogar vôlei por ter os dedos magrelos e, assim, poderia furar a bola) e tinha o cabelo cortado (cortado, alguém chama aquilo de corte?) redondinho, tipo um tal príncipe idiota-boiola que não consigo recordar o nome. E dançante para os outros, pois eu não sabia dançar porra nenhuma e, na única vez que fui tirado para dançar pela aniversariante (Luciana Cantagalli, naquela época linda completando 10 anos), passei vexame.

Bem, essa era a minha situação em BH. Da noite para o dia fui alçado a uma condição diametralmente oposta. Em Itamonte eu passei ao status de estrangeiro-com-Atari (jogo de pobretão em BH, de bacana em Itamonte)-primo-do-Henrique-neto-da Henriqueta (as pessoas lá são apresentadas assim, como um árabe que carrega no seu nome toda sua genealogia).

A primeira semana de itamontense me deu a mesma sensação de um sujeito miserável que ganha em uma loteria. Eu era requisitado, as pessoas me convidavam para fazer isso e aquilo. Senti que, assim como eu, qualquer ser humano poderia transpor as barreiras sociais e tudo mais. Só que eu não sabia dançar...

Eis que minha Tia Mires, mãe-do-Henrique-e-da-Nicole, certa vez nos chamou e disse: vamos aprender a dançar. E colocou:

Do you wanna dance under the moonlight?
Squeeze and kiss me all through the night
Baby, do you wanna dance?
Do you wanna dance girl and hold my hand?
Tell me that I’m your man
Baby, do you wanna dance?
Do you wanna dance under the moonlight?
Love me girl all through the night
Baby, do you wanna dance?


Tudo bem que já estava meio démodé, mas... Foi um dos meus mais importantes aprendizados.

Agora, o que eu realmente sinto falta daqueles dias é do meu cabelo!

segunda-feira, julho 18, 2005

“Este é o nosso mundo:
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última chance...”

Não penso em falar sobre músicas hoje, mas essa contextualiza este tema.

Quem tem coragem "põe a boca no trombone"... Você já participou de swings, troca de casal? Eu nunca participei e não sei se participaria. Sempre que soube que havia alguém assistindo a minha performance, o tempero dramático do ato em si e coisa e tal era diferente, coisa de quem está acostumado ao palco. Mas isso foi há muito tempo e foi por descuido e não algo combinado. Só não creio que ficaria constrangido em ter convivas ao meu lado, vendo o meu desempenho na arte do tapa-e-sobe-desce-e-vai, mas tenho convicção de que só participaria desses eventos se, e somente se, a idéia partisse da minha companheira.

Pra ser honesto, se minha namorada/esposa propusesse tal ação, confesso que minha primeira reação seria a de ficar cabreiro. Imagine: “Chris, que tal se nós tivéssemos uma experiência diferente... chamar algumas pessoas para tomar um drink, ver um vídeo, dar umazinha... sabe aquele seu amigo...?” Nada fácil, pois quando eu gosto quero só pra mim! Contudo, não recrimino quem curta.

Agora, chamar uma amiga (pois só pode entrar casal nessas casas) e ir assistir esse encontro de pervertidos deve ser algo bem diferente. Um bolinho de pessoas nuas se tocando – superficial ou profundamente, cá pra nós, deve ser ruim não. O difícil deve ser o aprouch... A putaria rolando e você, com delicadeza e gentileza, pergunta para uma das participantes: “posso colocar o meu aí?”

Vai rolar porrada se alguém me perguntar a mesma coisa; ah, isso vai! Até porque o colocar de boca no trombone supracitado é só uma figura de "linguagem".

sábado, julho 16, 2005

Hoje o almoço não foi regado a macarrão com maionese e frango, cardápio clássico dos sábados. Na verdade, teve frango, mas aquele de padaria, assado na televisão de cachorro. Cerveja rolou goela abaixo e a companhia dos amigos Arbex e Magoo.

Aliás, almoçar com o Magoo é sempre uma diversão à parte. Companheiro para todas as horas e altares, este amigo do sul foi uma grande surpresa da minha vida. De colega de trabalho para um dos meus melhores amigos e afilhado, muitas confidências feitas e momentos compartilhados.

Estou até agora no escritório e, pelo que percebo, só irei mais tarde pra casa. E amanhã será essa mesma rotina.

Então, siga os meus conselhos: se você está de folga, vá para a rua. Beba, divirta-se bastante, brinque. Aceite que você merece estar de folga, que é justo não pensar em nada de importante, que é justo ouvir o tsssiiii do abrir da latinha de cerveja, que se não tem grana pra Motel vá para um drive-in. Mas vá! Goze a vida e dela desfrute tudo o que tem de bom. Faça por você, faça por mim.

E eu vou continuar aqui, acreditando que este é o meu papel.

sexta-feira, julho 15, 2005

Convite especial

Tenho tido a alegria de reunir, neste espaço, pessoas maravilhosas que conheci na vida e pessoas maravilhosas que não conheci. E um sentimento de carinho tem amalgamado essa relação, tornando-nos amigos e cúmplices.

Compartilhamos vários momentos juntos. É fato que essa partilha foi um tanto egoísta, pois sempre falei muito de mim e não te ouvi como deveria. Sou um bom ouvinte. Acredito na importância de se projetar uma atitude de interesse para aqueles que amamos. E acredito na partilha.

Ontem batemos (note que uso o plural) um record de visitas. Quase o triplo. Não sei bem o porquê, talvez obra do acaso. Mas gostaria que voltassem hoje e deixassem um comment, apresentando-se. Seria importante para um projeto que tenho.

O projeto é o seguinte: dia 22 de outubro meu pai fará a festa de inauguração da sua casa, comprada há 32 anos e, durante 21 desses anos, ele esteve fora. Voltou, reformou e fará uma festa neste dia. Direito à piscina, sauna, som, farras e tudo o mais. 22 de outubro é uma boa data para comemorar. E ele pediu para convidar os amigos daqui.

Mas prefiro 31 de julho. Pai, vamos mudar a data. Acabo de descobrir – e isso é uma falha grotesca – que no dia 31 comemora-se algo muito especial. É o dia Mundial do Orgasmo! E existe até cartão virtual para mandar... (http://voxcards.ig.com.br/secao.asp?cs=218&ts=dia+mundial+do+orgasmo&tc=datas+e+feriados).

Como todo convite precisa ser feito com bastante antecedência, sintam-se convidados. Amigos bloguianos, vamos comemorar.

quinta-feira, julho 14, 2005

Eu e meu cartão de crédito

Meu cartão de crédito deve conhecer meu pai. Meu pai conversou com o meu cartão. Eles têm uma percepção muito particular do que eu posso comprar. Eles decidem por mim.

Decidi que eu quero ter minha coleção de cds da Legião de novo.Posso comprar. Decidi que eu quero ter a coleção dos filmes do Indiana Jones. Meu cartão decidiu que sim.

Fiz uma simples consulta se, com o meu limite, poderia visitar o meu amigo na Malásia, em Jacarta. Este meu amigo é gerente de uma rede de academias lá e está muito feliz. Convidou-me para passar 2 semanas. E completou: “Chris, se você vier, você pagará só as passagens; o resto fica por minha conta”.

Esse cara é meu amigo. Ele morou conosco na casa da empresa quando eu me mudei para cá. O cara é foda! Quando levava a namorada pra casa, era um festival. A cinta comia solta e eu só ouvia os estalos. Conversando nos dias de hoje, ele confidencia que batia nela com o lado da fivela. Gente boa!

Meu cartão não permitiu... Ele não autorizou. Parece que o ticket custa qualquer coisa acima do absurdo. Vou conversar com meu amigo para ver se ele banca a passagem e eu me banco por lá... Só não pode querer usar seus métodos comigo.
Estar na casa da minha ex-noiva, Ana, e tomar café-da-manhã com ela seria extremamente plausível. Quantos casais, mesmo depois do término de seus relacionamentos, não se encontram para matar a saudade? No nosso caso seria aceitável, pois passamos 5 anos juntos e fomos os "primeiros em tudo" um do outro.

Mas o que fez essa cena ser incomum é que, além de Ana, seu marido Rafael estava sentado a minha frente, e conversávamos normalmente.

O curioso, para as pessoas que ainda não conhecem a minha história, é que o Rafa tem o mesmo sobrenome que o meu, Woltz, o que mostra que somos parentes.

Isso mesmo! Rafa "Chambers" Woltz é meu primo; um quase irmão que se casou com minha ex-noiva - o "quase irmão" foi o efeito colateral deste casamento.

Antes dele resolver consolar Ana, éramos praticamente irmãos. Vivíamos um na casa do outro e crescemos juntos. Tínhamos uma história parecida. E, como seria natural, havia uma certa competição entre nós. Coisas de primos que sentem a invejinha branda do brinquedo que o outro ganhou, o disco que o outro tem e por aí a fora. Entre eu e o Chambers (apelido carinhoso sem um significado claro - ora besta, ora viado...) rolava essa parada, mas nos respeitávamos sempre.

Mas foi ver a Ana a perigo e um sentimento tubaranesco, totalmente desconhecido, veio a tona. Ela ali, triste, a perigo, atrasada nas parcelas vitalícias do carnê do sexo, fez com que meu primo se esquecesse da ética que rege o mundo masculino e preciptasse para cima da MINHA EX. Não pôde sentir o cheiro da conquista e os sentidos adquiriram a sensibilidade do caçador.O resultado foi esse casamento há 2 anos.

Pois bem, depois de 5 anos desde o término do meu noivado com Ana estava eu ali sentado na sua frente. Sua casa, sua família, seu marido e eu. Todas essas questões passavam pela minha cabeça quando Ana me perguntou:

- Fer, você não vai tomar nada e nem comer nada? ela me perguntou.
- Puxa, Ana, depois de mais de 10 anos de convivência você nem se lembra que não tomo café-da-manhã?

Sorriso amarelo de todos. Eu, por ser convidado da casa e me comportando mal; a Ana, por demonstrar claramente que nunca deu muita importância para as minhas manias - que não eram poucas; e o Rafa que naquele momento deve ter imaginado quantos cafés-da-manhã eu NÃO tomei ao lado de Ana, mas que passei ao lado dela. Só eu e Ana, nus, depois de transarmos até a exaustão, com marcas de unhas mal cortadas e mordidas marcadas pelo aparelho que ela usou durante todo o nosso namoro/noivado.

- É mesmo, Fer. Mas você deveria mudar seus hábitos, isso poderá te fazer mal um dia. A Ana era mesmo muito lisa!

quarta-feira, julho 13, 2005

2. Limoeiro Rosa - Vó Henriqueta

Tenho um grande sonho na vida. Na verdade, todos os meus sonhos são grandes; lembre-se, sou megalomaníaco! Mas eu publicarei, talvez no próximo ano, o livro de poesias da minha avó. Ela merece!

Ao 85 anos ela é atleta, poetiza e compositora. Minha avó já participou (e venceu) vários festivais musicais e literários em Itamonte e BH. Sua música de Comunhão foi inserida em uma missa comemorativa do Santa Marcelina; teve sua música-homenagem cantada pelo povo de Itamonte quando o pároco (“alvo” da música) faleceu. Venceu provas de resistência patrocinadas pela Avon na Lagoa da Pampulha. Sobe em telhados e árvores, e um sem número de outras coisas que um dia retratarei aqui.

Minha avó tem várias músicas e me embalou com elas nos meus primeiros trinta e um anos de vida. Tem poucas formas, NO MUNDO, de dormir melhor do que com ela cantando pra mim. E choro, até hoje, com as músicas tristes do seu repertório.

Ah, Limoeiro Rosa
Por que foi que te mudei?
Teu cantinho era pobre, mas eras feliz agora eu sei
Teu cantinho era pobre, mas eras feliz agora eu sei

Eu te queria tanto, tanto
Morada melhor te desejei
Agora ao vê-lo morto, muito, muito chorei
Agora ao vê-lo morto, muito, muito chorei

Este era o teu destino
Morrer por querer bem
Assim está o meu coração:
Sofrendo muito também

Ah, Limoeiro Rosa, se eu pudesse
Dar-te a vida novamente
Para vê-lo coberto de flores

Sempre pertinho da gente.

terça-feira, julho 12, 2005

4. Cama E Mesa - Roberto Carlos

Eu quero ser sua canção, eu quero ser seu tom
Me esfregar na sua boca, ser o seu batom
O sabonete que te alisa embaixo do chuveiro
A toalha que desliza no seu corpo inteiro.
Eu quero ser seu travesseiro e ter a noite inteira
Pra te beijar durante o tempo que você dormir

Eu quero ser o sol que entra no seu quarto a dentro
Te acordar devagarzinho, te fazer sorrir
Quero estar na maciez do toque dos seus dedos
E entrar na intimidade desses seus segredos
Quero ser a coisa boa, liberada ou proibida
Tudo em sua vida.

Eu quero que você me dê o que você quiser
Quero te dar tudo que um homem dá pra uma mulher

E além de todo esse carinho que você me faz
Fico imaginando coisas, quero sempre mais.

Você é o doce que eu mais gosto, meu café completo
A bebida preferida e o prato predileto
Eu como e bebo do melhor e não tenho hora certa
De manhã, de tarde, à noite, não faço dieta
E esse amor que alimenta minha fantasia
É meu sonho, minha festa, é minha alegria
A comida mais gostosa, o perfume, a bebida
Tudo em minha vida.

Todo homem que sabe o que quer
Sabe dar e querer da mulher
O melhor e fazer desse amor
O que come, o que bebe
O que dá e recebe.

Mas o homem que sabe o que quer
E se apaixona por uma mulher
Ele faz desse amor sua vida
A comida, a bebida, na justa medida.

Essa música sou eu! Ele me retratou.

E eu o vi cantar, em um show no Mineirinho. Com direito a 3a fileira, uísque 12 anos em uma noite memorável!

30. Welcome Home (Sanitarium) - Metallica

Eu gosto de solos de 2 minutos em guitarras triangulares, tá certo? A roupa de couro justa é dispensável, mas o que move o rock’n’roll é a atitude e a guitarra. E foi na minha fase cabeludo (sim, cabelo grande e tudo) que curti muito esse som. Welcome Home é a última faixa do lado B do álbum Master of Puppets que conheci na casa de uma galera de Santo André.

Aliás, essa música marcou uma época da minha vida. Namorava uma moça desta cidade do ABC e nos víamos, quando muito, 2 vezes por mês. Quisera eu que fosse, ao menos, UPSEOLA.

Itamonte, como toda cidade do interior, é um recanto da vida saudável. Todos adoram coisas naturais, como verduras e ervas... Sem exagero, Itamonte deve ser a Colômbia Brasileira, pois a quantidade de erva produzida e consumida no Picu (nome carinhoso da cidade) é astronômica. E lá, em cada feriado, a população dobra de tamanho. Em um feriado de 91 uma gangue de Santo André baixou na Mantiqueira eu não pensei meia vez. Fiz logo amizade.

Eu e meus amigos éramos diferentes, curtíamos esporte e tal. Corríamos, nadávamos, jogávamos bola. Não consumíamos a erva. Eu não sabia identificar um usuário e por isso não saquei os olhos vermelhos, a boca seca e a fome incomensurável desses meus novos amigos como sintomas de amantes da erva. Ficamos amigos. De verdade! Saíamos a noite, conversávamos muito, brigávamos na rua. Ofereci a minha casa na esperança de ser recebido por eles em SP e visitar minha namorada.

Fui para a casa deles em Santo André, nas férias de Dezembro. Eles moravam em um beco atrás da casa dela. Descobri seus hábitos. Não compartilhei! Mas ouvimos excelente música e fiquei mais perto da minha namorada.

Dessa época guardo muitas lembranças, 36 pontos no peito advindos de brigas e facas, uma foto com bastante cabelo, e essa música, que sintetizou tudo isso.

Build my fear of what´s out there
and cannot breathe the open air
Whisper things into my brain
assuring me that I´m insane
They think our heads are in their hands
but violent use brings violent plans
Keep him tied, it makes him well
he´s getting better, can´t you tell?

segunda-feira, julho 11, 2005

7. Camila, Camila – Nenhum de Nós

Minha mãe me convenceu que eu deveria me mudar para Sta. Rita do Sapucaí. Fui morar em uma república, disposto a estudar para o “vestibular” da ETE. Seria a minha primeira experiência sem a minha mãe por perto. Como foi difícil...

Apanhava todos os dias na rua. Eu tinha 14 (faria 15 em março) e lutava Tae-kwon-do... Mas eu não usava por uma questão de inteligência. Contra um ou dois (to me achando...), ainda vai. Mas uma galera de 5 já não valia nem a pena. Deixava que eles me dessem o “trote”, pois eram caiçaras e os responsáveis por conceder o salvo-conduto.

Meu apelido nesta época? Lambari! Desnecessário, eu diria, pois acreditavam que Itamonte era vizinha a Lambari, o que demonstra total desconhecimento geográfico; além de me tirar qualquer possibilidade de uma aproximação consistente em qualquer moça com mais de 20 dentes na boca. “Com quem você esta ficando?” “Ah, com o Lambari...” O pior é que, caso eu desse a sorte de cair nas graças de alguma moça de lá, eu estaria frito! O anonimato era a minha arma e a minha salvação. Zero chance!

Era o início de 89 e era época de Sassá Mutema. Algumas músicas tocavam na rádio e lembro-me particularmente de uma: “O Astronauta de Mármore”, talvez por ser tema dessa novela. Eu assistia muita novela. Essa música talvez tivesse marcado esse período da minha vida, mas eu a achava muito brega. E mais, ela sempre tocava no final da noite, no Country Club de lá, na hora de ir embora. Não tinha apelo. “Marvin” estava no auge também, mas a música era muito triste, com morte de pai, morte de mãe, e era tudo o que eu temia – e já sofria bastante com a falta que eles me faziam (minha mãe tinha me deixado, em baixo do meu travesseiro, uma cartinha que guardo até hoje, onde ela me dizia que, mesmo longe, estaria comigo).

Camila, Camila, portanto, marcou essa época de pouquíssima azaração, mas de muito aprendizado. Tempos depois fiquei com uma moça chamada Camila, a primeira a permitir minha mão abaixo da linha do equador. Digamos que essa música homenageia dois momentos da minha vida, então.

E eu que tinha apenas dezessete anos
Baixava minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer
Camila, Camila

sexta-feira, julho 08, 2005

17. Is This The World We Created? - Queen

Just look at all those hungry mouths we have to feed
Take a look at all the suffering we breed
So many lonely faces scattered all around
Searching for what they need

Is this the world we created...?
What did we do it for
Is this the world we invaded
Against the law
So it seems in the end
Is this what we´re all living for today
The world that we created

You know that everyday a helpless child is born
Who needs some loving care inside a happy home
Somewhere a wealthy man is sitting on his throne
Waiting for life to go by

Wooh, is this the world we created...?
We made it all our own
Is this the world we devastated, right to the bone
If there´s a God in the sky looking down
What can he think of what we´ve done
To the world that he created

De todas as músicas que eu relacionei, essa é a que menos tem uma história minha para contar, mas quem precisa de uma história pessoal para justificar essa música na lista das mais lindas de todos os tempos?

Ganhei da Sandrinha, no meu aniversário em 92, o CD “A Kind Of Magic” (aliás Sandra, você ficou com esse CD quando terminamos?). Este CD foi gravado em um show da banda na Suíça. Em Live Aid encontra-se o primor da interpretação dessa canção. E um Freddy Mercury até certo ponto comportado, dando a verdadeira importância da letra, ainda bastante atual.

6. Acrilic On Canvas - Legião Urbana

Eu tinha 15. Ela tinha 12. Éramos jovens de Itamonte, e fazíamos parte da galerinha “in” da cidade. Ela, junto com minha irmã Candice, era considerada a menina mais bonita da cidade. Belezas diferentes. Candice era (e ainda é) loira, olhos verdes azulados... Ela, morena e delicada.

Eu tinha acabado de voltar de uma experiência acadêmica frustrada. Morei naquele ano (1989) em Sta. Rita do Sapucaí. Minha mãe tinha certeza de que eu deveria fazer a ETE, uma escola famosa (http://www.ete.g12.br/) com direito à vestibular e tudo. Foi uma merda. Ela havia se esquecido de que eu ODEIO trocar lâmpadas e tal; que minha única habilidade manual seria mais bem empregada em filmes para maior de idade...

Pois bem, estava de volta a Itamonte (no ano seguinte iria estudar em Itanhandu e toda aquela história de carona), mas com um certo cartaz. Foi a primeira vez que me senti “cobiçado” (como se houvessem muitas...). E o meu melhor amigo, o Marquinhos, me disse que sua irmã tava afim de mim.

“A Fernanda?”.

Caramba, que frio na espinha! E namoramos. 2 meses.

Até que apareceu uma moça, de Caçapava (que nome horroroso), com 17 anos e tal. “Cacete, ela deixou eu colocar a mão nela!!!”, pensei. Nem era tão bonita assim, mas para um sujeito tímido como eu, dobrou os meus joelhos. Terminei meu namoro com a menina mais bonita de Itamonte e ganhei, em troca, um peitinho... Que troca!

Quando eu vi a besteira que tinha feito percebi também que era tarde demais. O primo do meu primo, sedento tal qual um tubarão, caiu matando e levou a Fer. E eu amarguei mais de 12 meses ouvindo Êxtase (Guilherme Arantes) e Acrilic On Canvas. Dessas duas, a que eu ouço até hoje é a da Legião, a melhor banda nacional de todos os tempos.

É saudade então.
E mais uma vez
De você fiz o desenho mais perfeito que se fez:
Os traços copiei do que não aconteceu
As cores que escolhi, entre as tintas que inventei,
Misturei com a promessa que nós dois nunca fizemos
De um dia sermos três.
Trabalhei você em luz e sombra.

Era sempre:
- Não foi por mal. Eu juro que nunca
Quis deixar você tão triste.

Sempre as mesmas desculpas
E desculpas nem sempre são sinceras
-Quase nunca são...

quinta-feira, julho 07, 2005

10. Now We Are Free - Enya

São poucas as músicas relacionadas na minha lista que tiveram alguma passagem nas salas de ginástica. Aliás, durante os dez anos que ouvi o insuportável tum tum tum do techno por obrigação, afastei-me completamente da música enquanto entretenimento, “a nível de prazer e sentimento”.

Mas essa música, cantada em uma língua do planeta natal da cantora (fica logo ali, perto da Ursa-Maior com Sagitário) e que foi a música-tema do filme Gladiador, também esteve nas aulas de BODYPUMP® e BODYCOMBAT®. E são esses os motivos que me fizeram listá-la aqui:

O filme, que por si só é muito bom - e tenho o hábito de eleger músicas de filmes bons como minhas prediletas. Mas assistir o Gladiador em Roma foi impagável! Era julho de 2000, em pleno ano do Jubileu, e o Christian em Roma assistindo o Gladiador.

Minha empresa é uma empresa emocional. Somos movidos pela emoção; por uma emoção diferente! Há quem nos compare com determinadas seitas, aquelas que acreditam que os discos-voadores virão resgatá-los e tal. Não somos radicais assim, mas acreditamos ter uma missão. Tentamos mudar o comportamento dos profissionais da nossa área, incutindo-lhes conceitos de profissionalismo e trabalho em Time, conceitos-E.T. até um tempo atrás neste mercado. Pessoas choram ao final dos nossos treinamentos e aulas, sentido que encontraram seus caminhos profissionais e tudo.

E essa música representa essa missão: "Proporcionar experiências inesquecíveis, a toda hora e em qualquer lugar".

Anol shalom
Anol sheh lay konnud de ne um {shaddai}
Flavum
Nom de leesh
Ham de nam um das
La um de
Flavne...

1. Dorme, Filhinho - Gilberto Munaier

A sensação de se sentir amado é maravilhosa; nada se compara. Nada mesmo!

Fui uma criança muito amada, tanto pelo meu pai como pela minha mãe. Foram 3 anos de tentativas até me conceberem (difícil, hein Pai?). Meu pai, assim como ele descreveu no seu blog (http://musicaearte.blogspot.com/), perdeu o seu pai muito cedo e tinha o sonho de ser pai. Aos 12 anos de idade foi ao cinema e, depois de assistir todas as sessões, chegou na casa da irmã e tirou, “de ouvido”, a música-tema do filme: o Concerto n° 2 de Rachmmaninof.

Quando eu nasci, meu pai traduziu toda a sua sensibilidade em uma música de ninar, e foi a primeira música que eu conheci e a primeira que tirei “de ouvido”, sem a mesma maestria.

Dorme, filhinho, com seu papaizinho
Dorme, dorme, meu anjinho
Dorme criança, linda adorada
Papai tá com você, papai está de guarda
Não tenha medo, não chore não
Papai tá com você, não vai embora não


Talvez um dos maiores baques que eu recebi quando o meu pai me comunicou, no sofá da sala de televisão, de que “o papai e a mamãe não continuariam morando na mesma casa, e que o papai teria que ir embora” foi o fato dele não “cumprir”a última frase da música.

Depois de muito tempo percebi que, mesmo longe (e às vezes exageradamente) estávamos muito próximos e ele sempre de guarda.

Essa é a música que mais gosto, de todos os tempos.

quarta-feira, julho 06, 2005

As minhas trinta e uma

  1. Dorme, Filhinho – Gilberto Munaier
  2. Limoeiro Rosa – Vó Henriqueta
  3. Construção – Chico Buarque
  4. Cama E Mesa – Roberto Carlos
  5. Vento No Litoral – Legião Urbana
  6. Acrilic On Canvas – Legião Urbana
  7. Camila, Camila – Nenhum de Nós
  8. Adágio de Albinoni
  9. A Horse With No Name – America
  10. Now We Are Free - Enya
  11. San Francisco – Scott Mckenzie
  12. Layla – Eric Clapton
  13. Sound of Silence – Simon & Garfunkel
  14. Your Song – Billy Paul
  15. Come What May – Ewan Mc Gregor & Nicole Kidman
  16. Perfect Day – Lou Reed
  17. Is This The World We Created - Queen
  18. Smooth – Santana
  19. Still Got The Blues – Gary Moore
  20. Wish You are Here – Pink Floyd
  21. The Final Cut – Pink Floyd
  22. Romeo And Juliet – Dire Straits
  23. Music Of The Night – Sara Brightman
  24. Civil War – Guns N Roses
  25. Do You Wanna Dance – Johnny Rivers
  26. How Deep Is Your Love – Bee Gees
  27. Love Is My Decision – Chris De Burgh
  28. Endless Love – Diana Ross & Lionel Richie
  29. I Heard It Through The Grapevine – Creedence
  30. Welcome Home (Sanitarium) - Metallica
  31. Hallowed Be Thy Name – Iron Maiden

terça-feira, julho 05, 2005

A revista Empresário Fitness tem sido extremamente benevolente comigo. Mais um número, mais uma coluna. Até parece que foram muitas... Na verdade, esta é a minha segunda inserção nesta revista e a primeira coluna assinada por mim.

Na primeira, fomos capa. A Body Systems e o sucesso e tudo e tal. Agora, também com direito a chamada na capa, falo sobre como o ciclismo indoor pode (e deve) ser gerido pelas academias. São duas páginas, com foto e tudo mais. Minha avó ficará satisfeita, como sempre fica quando este neto (o mais amado, claro) aparece. Ela só não gosta da mania que tenho de não assinar o “Gomes e Souza”. Bom, mas tem lá a foto e o cabelinho partido de lado (como todo bom menino), o óculos de leitura no bolso, a gravata com o nó que o meu pai me ensinou.

Quem sabe não vira uma coluna fixa?

segunda-feira, julho 04, 2005

E enfim meu pai reapareceu no blog “Música & Arte”. E voltou em grande estilo, como é do seu feitio. Clique em Gilberto Munaier, aí do lado, e confira!

Não consigo enxergar o sexo como moeda ou algo que o valha; grana ou favores... Pode ser uma visão pueril da minha parte, inocente mesmo. E sei que é um assunto melindroso e que dificilmente as pessoas teriam coragem de abordá-lo de peito aberto, mas perguntar não ofende: você seria capaz de se prostituir?

Ontem, meio que do nada, surgiu esse assunto e uma moça foi corajosa:

- Eu teria sim, coragem para me prostituir. Sabe, estou lá na favela, ganhando 300 paus por mês e um filho pra sustentar. Na boa, já transei com uns caras que se eu os visse na rua talvez não os reconhecesse. E transei de graça. É muito bom e quando eu gosto do cara é melhor ainda, mas é uma coisa como outra qualquer. Antes era “ficar”. Se você ficasse com um ontem e ficasse com outro hoje, você seria rotulada de piranha. Hoje é super normal! Ou seja, daria mesmo e cobraria um bom preço.

Cacete, eu não consigo pensar assim! Na época de academia já tive algumas propostas, algumas bem interessantes... Certa vez mãe e filha me propuseram 500 mangos, quando fui ministrar uma aula especial. Em uma outra, uma juíza federal assediou-me de forma acintosa. E eu nunca aceitei! Tudo bem que pra mim sexo tem uma conotação muito diferente da moça supracitada. Tem magia! Tem entrega (e não é monetária). Gostaria mesmo de saber as opiniões das pessoas que aqui freqüentam.

Vindo pra SP ontem optei por fazer companhia para um amigo que, medroso por não estar com o IPVA do automóvel em dia, temia ser pego em blitz e precisava de alguém que corroborasse a loucura de pegar a estrada. Topei. Faço este percurso em 5 horas, enquanto o ônibus faz em 8. E como o velocímetro estava estragado, usava alguns check points pra ver se estávamos desenvolvendo uma boa velocidade. Mas não precisou muito... Quando vi um Passat 74, 3 marchas, dando-nos seta e farol alto, comecei a rir e disse: “Puta que o pariu, Schubert! Nem de mula demoraríamos tanto!!!”