sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Desde as mais remotas eras o Homem vem buscando uma forma de estabelecer um início e um fim para os períodos. Assim, definiram a duração de uma hora, de um dia, semana, mês, estação e ano.

O Ano-novo judaico, Rosh Hashaná, celebra o nascimento do mundo segundo o Velho Testamento. Com a expressão “Que você seja inscrito no Livro da Vida” os celebrantes se saúdam e dão início àquele novo período.

A hégira de Meca a Medina é o marco inicial do calendário islâmico que, no dia 31 de janeiro de 2006 do calendário gregoriano, marcou o dia 1º de Muharram de 1427, começo do ano islâmico.

No Brasil, existe o calendário carnavalínico. Cada ano, dependendo de quando – dentro do calendário gregoriano – cai o Carnaval, o dia seguinte a esta manifestação cultural-folclórico-putanesca é considerado o primeiro dia realmente do ano.

As festas de comemoração do ano que termina são muitas. Cada uma tem uma expressão de saudação ou adeus.

Saudação: “Arerê, um hobilobilovi com vocêeeeê!”
Adeus: “Aviso aos sóbrios, estou entrando em coma-alcoólico”.

Portanto, não vou desejar a todos um bom carnaval. Gostaria de desejar, aos meus amigos que aqui freqüentam, um Feliz Ano Novo!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

A moça que beijou o Bono


Dá-lhe, 15 minutos de fama...
Vamos lá, hora de business!

Quero ir para a IHRSA em Las Vegas (http://cms.ihrsa.org/IHRSA/viewPage.cfm?pageId=1152), o mesmo evento que participei no ano passado em San Francisco e que meus queridos amigos acompanharam através do blog (veja o arquivo de março/2005). É o maior evento de business do mundo fitness. Teremos palestra do Bill Clinton e não quero perder de jeito nenhum. Mas dessa vez não teve prêmio (o prêmio foi outro) que pagasse minhas despesas. Por isso, pagarei as minhas despesas com os negócios que faremos aqui.

Minhas despesas serão:

  • Passagem ida e volta: R$ 2.969,05
  • Registro e inscrição na IHRSA: R$ 2.123,00
  • 1 semana de hotel em Las Vegas: R$ 1.848,00
  • Rango: R$ 924,00
  • Despesas extras: R$ 1.100,00

Total: R$ 8.964,05

Obs: Notem que o dindim pra apostas eu não coloquei.

Para que este sonho se concretize, vou contar com o seu sonho. O que você gostaria de ter, mas o custo Brasil impede? O que você deseja ardentemente (coisas compráveis) ter, mas os impostos proíbem a sua aquisição? Pois bem, encomende pra mim que trarei para você!

Geralmente, quando você compra alguma coisa fora, você tem que pagar as taxas de importação, mais custos de transporte e sabe-se lá de que forma receberá o produto.

Expresso Christian, o seu sonho é o nosso sonho!*

Literalmente!

Funcionará assim: Encomendas apenas de produtos acima de US$300.00 e abaixo de US$500.00 (preço nos EUA). Relógios poderão ser de preço superior. Minha taxa: 50% em cima do valor da nota. Mesmo com a minha comissão, você economizará no mínimo 30% do valor no Brasil. No mínimo! E ainda ajudará um amigo.

Portanto, preciso de US$ 8,500.00 de encomendas para ter a grana necessária. Você me entrega a verdinha antes (incluindo a comissão), claro!

Vamos lá, coloquem a mão no bolso (que, espero, não esteja furado). É negócio imperdível! O que vai ser, patrão?

* Em caso de apreensões da mercadoria por parte das polícias fronteiriças, o Expresso Christian não se responsabilizará pela devolução pecuniária.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Por mais que a Globo tenha incorrido em crime de lesa rock' n roll (®), com traduções simultâneas das letras das músicas, no melhor estilo das rádios bregas – BH FM, por exemplo – e o Zeca Camargo tenha se portado como se ele fosse o espetáculo, atropelando as músicas com seus comentários (relatos do Tio Randas), as pessoas que assistiram pela tv sentiram um pouco da emoção que rolou no estádio.

Lugar privilegiado, que deu ares de concerto, camarote e comes e bebes a vontade. “Mas isso não é rock”, diz meu crítico amigo. É sim! Só que com o conforto que alguém que trabalha de domingo a domingo faz por merecer, entrando no estádio quando faltavam 15 minutos para o início. Eu entendo a galera que defende o rock como um modo de viver, que fazer rock' n roll é dormir em fila, passar privações, mijar em copinho descartável (e há alguns que insistem em lança-los cabeças de distância), empurra-empurra... Então, respeito. Mas estar num lugar onde cada um foi no seu jatinho particular é bom, viu?

E o show?! Com todas as músicas conhecidas decoradas, cantei e pulei. Quis ligar pra todo mundo para compartilhar o momento, tentei gravar pedaços do show. Nada disso dava muito certo, mas o que eu queria mesmo era beijar muito na boca. É um show para chorar e beijar, aquele beijo com gosto de lágrima e de incredulidade. De olhar nos olhos e sentir que aquele é um momento mágico e de perguntar se tudo aquilo é verdade.

Tem gente que não aceita a verve dele politicamente correta, de falar do judaísmo, islamismo, cristianismo (colocar os 3 na mesma caldeira é coisa do diabo, certeza). Confesso que fiquei chateado, pois o Lula (safado) tinha acabado de lhe oferecer um almoço e, no show, o Bono retribui colocando o Bush ao seu lado (vaia estrondosa). Palhaçada. Até aí... Só que faço mais a linha do Robbie Williams. Se tivesse que puxar alguém pro palco, seria uma baita duma gostosa, não a roliça alçada ao palco.

A pulseirinha de acesso à área vip vou tirar daqui duas semanas, a camisa foi para a lavanderia, pois estava nojenta. O cd recebido com o pacote não pára de tocar no carro. E a vontade de que nunca terminasse tá aqui, firme e forte.

Touch me
Take me to that other place
Teach me
I know I'm not a hopeless case

*****
Aproveitando os comments, segue este complemento. Sabe o que eu acho? Quem está no show caga e anda pra conversinhas tipo “isso é comercial” ou qualquer outro comentário que macule a emoção do que se vivencia lá. O que a galera achou da transmissão só soube por relatos. Agora, tradução de música eu só curto as dos hinos, em época de Copa do Mundo. Isso pra mostrar o porquê que os caras da França engoliram o Brasil. Compare os dois (o nosso e a MARSEILLAISE) e entenda.

Sabe qual é o meu bode das traduções? Dá idéia errada! Daqui a pouco veremos surgir uma dupla caipira desconhecida até o dia do show e que, vendo a tradução de Pride, aproveitará o refrão e lançará “Em Nome do Amor”, usará a música (bem mais lenta), mudará toda a letra e emprestará a voz metálica e tremida típicos da classe.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Hoje cantarei:

Did I ask too much?
More than a lot
You gave me nothing
Now it's all I got
We're one
But we're not the same
Well we
Hurt each other
Then we do it again

E vou me emocionar... Essa música é da nossa época e retrata mais a nossa história, hoje, do que naquele início dos anos 90. Era uma das músicas que eu ouvia quando esperava por você, quando o final de semana tornava os 300 km ou mais que você percorria mais angustiantes e deliciosamente egoístas. Estávamos juntos e o mundo era nosso. Isso era o que realmente importava.

"One" talvez não tenha entrado na lista das NOSSAS músicas, assim como entrou Vento no Litoral, pois eu gostava mais da Legião e eu tinha (e tenho) o estranho hábito de impor o que eu gosto na seleção da trilha sonora dos meus relacionamentos.

I have climbed highest mountain
I have run through the fields
Only to be with you
Only to be with you
I have run
I have crawled
I have scaled these city walls
These city walls
Only to be with you

Quando você fugiu da sua casa por minha causa, aos 16 anos, você seria capaz de cantar essa, e com os olhos brilhando, pois era verdade.

Eu vou estar lá. Você não...

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

U2

U2, na segunda-feira, estaremos lá. Vou mesmo, e de camarote – que faz um rombo maior na conta e uma chupeta no ego. Fazer o que? O ingresso caiu no meu colo (eu preferiria outra coisa no meu colo) e como eu não tenho o costume de ser mal educado com a sorte, aceitei.

A história é breve: O Acioly é amigo do Aécio. O Aécio (o do Palácio da Liberdade) tem uma assessora. Esta assessora é muito minha amiga (e muito querida, diga-se de passagem). Ingresso na minha mão.

As músicas que sei cantar:

One
Beautiful Day
I Still Haven’t Found What I’m Looking For
Where The Streets Have No Name
Sunday Bloody Sunday

O que foi? Eu só sei os hits, os comerciais? E você conhece uma banda mais comercial que essa? Não vou lá pela causa (eles parecem ter uma causa...), nem pelo Franz Ferdinand, uma banda que só ouvia falar pelo Randall e no cd que ele gravou pra mim. Na verdade, por que mesmo é que vou? Seria feio eu dizer que vou simplesmente pelo fato de não ter precisado ficar 14 horas na fila para conseguir o ingresso? Pareceria vazio demais? Sim? Então o motivo é outro!!!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Um brinde! Gostaria de te propor um brinde. Mas que tal substituirmos o champanhe francês ou vinho italiano, por um brinde de Fanta uva que você tanto gostava? E para comer, o que posso te servir? Desculpe-me se o serviço não lembrar em nada a festa de Babette ou coisa assim; pensei em um cachorro-quente da Americanas, daqueles que eu levava para você no hospital (meio despistado, eu acho). Lembra como você gostava? Simples, como você sempre foi.

Seu aniversário! 60 anos e corpinho de moça, é assim que te vejo. Magra, risonha, inteligente e perspicaz. Indo dormir quando todos acordam. Lendo, escrevendo... Seu maior pecado era ser tão inteligente e inconformada. Dizem que eu adoro um debate, uma discussão, e que eu não gosto de perder por falta de argumentos. Não sabem com quem eu treinei!

A Melissa me pegou no meio do almoço de hoje com os textos bíblicos e de auto-ajuda que ela tanto curte. Mandou-me pelo celular e me emocionou. Celular que eu dei pra ela, acompanhado do meu perdão. Com ela tem que ser assim, né? Perdoar, dar uma 1154ª chance. Estava escrito: “Hoje é aniversário da Mamãe e tenho certeza que ela continua a nos abençoar e amar...” Ela às vezes me lembra você, a Candy também. A Candy mais! Agora a Melissa quer fazer teatro. Cada um explora as habilidades que tem ou as ferramentas que herdou. Eu herdei suas cólicas renais.

Mãe, seja mais parcimoniosa da próxima vez, não precisava de tantas!

Herdei algumas outras coisas e as mantenho. Outras foram vendidas (um pouco da alma, acredite, eu consegui manter). A Melissa vendeu tudo, e torrou! Mas não se preocupe, está amparada.

Só o que ficou, e é o que realmente importa, é isto que aperta o peito agora - angina não é, apesar de ser essa outra herança sua. O sorriso, as brigas, as conquistas, olhar da mãe coruja-batuqueira, o "até sempre!"

Tá doendo, mãe. Tá foda.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Até tu, Brutus?

Carta para o presidente da TAM:

Prezado Presidente,

Foi com muita tristeza que estreei meu cartão fidelidade vermelho. No guichê desta empresa que tanto prezo MENTIRAM pra mim e me criaram constrangimento extremo e inesperado.

Embarquei no vôo 3150 POA / GRU no dia 11/fev e avisei à atendente: "tenho que embarcar no vôo GRU/CNF e preciso levar minha bagagem nas mãos (8kg) para fazer o check-in". Ela não autorizou. Até aí tudo bem, pois chegaria com 1 hora de antecedência.

Mas o vôo atrasou!

No guichê de Guarulhos, faltando 30 minutos para o vôo (tenho foto registrando), a atendente Samara disse que o embarque já estava encerrado. Mostrando que eu viajava na mesma companhia e que o atraso era culpa da própria TAM ela foi até o supervisor Igor.

Ele não só NÃO autorizou como DISSE que o avião já ESTAVA TAXIANDO.

Um grupo que lá estava começou a berrar e, ao ver que a situação estava fora de controle, o Igor autorizou o check-in.

Qual não foi a minha surpresa ao chegar no portão de embarque e ver que o embarque ainda nem havia sido iniciado (esperamos mais 15 minutos).

- Atrasei por culpa da companhia
- Não levei uma bagagem de mão (8kg) em POA mas me permitiram levar em GRU
- Cheguei com 30 minutos (reforço, atrasei por culpa da TAM)
- Mentiram pra mim!!! Os passageiros não haviam embarcado e tampouco o avião estava taxiando. MENTIRA DESLAVADA.

E o pior, Presidente, é que eu mantive a calma e compostura no trato com os funcionários. E isto não adiantou NADA. Onde está a GENTILEZA? Foram necessários berros de outros passageiros se sentindo lesados (como eu também me senti) para que tomassem uma providência!

Pois eu quero que tomem uma providência! Quero fazer valer o grau de fidelidade que tenho com você e sua empresa; quero que essas pessoas saibam que mentir e faltar com a gentileza para com um cliente TAM não termina em pizza.

Presidente, mostre-me que vale a pena continuar com vocês!

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Mãe, está chegando...

Nunca conseguiria explicar melhor minha mãe como o fiz nessa homenagem escrita na época do seu aniversário(16/fev) no ano passado. Assim, como uma vela acesa todos os anos, publico-a novamente aqui.

Ela nasceu Georgina em Curitiba e cresceu Juju em Belo Horizonte, talvez por não gostar do nome que lhe fora dado em homenagem à avó, Georgina Martins Pena Gomes e Souza (sobrenome histórico de republicanos mineiros – Pena – e monarquistas – Gomes e Souza). Nem mesmo o alento de saber que a filha de Vinícius de Moraes também se chamava Georgina a fez achar alguma leveza naquele nome (e até mesmo o apelido) que herdara. Era pesado ser a “Jujuzinha”, neta dileta da matriarca de uma família de pretensos ex-poderosos, que como tais, carregavam o orgulho e a empáfia ao se apresentarem como “um Gomes e Souza” e sobrinhos-neto de Afonso (o da avenida). De uma família de 10 irmãos, sua irmã Ana e ela foram as únicas não contaminadas pela “maldição da família decadente” e deram gente na vida; Juju foi a única que mereceu o direito de ver seu nome grafado em livros e nos registros de bibliotecas assim: Gomes e Souza, Georgina.

No colégio Santa Marcelina percebeu o que queria ser na vida: professora. E assim foi! Pedagogia e Filosofia foram as faculdades por opção e vocação; Direito fez para acompanhar o namorado, promovido a marido e depois a ex. São João Nepomuceno, São Lourenço e Diamantina entraram na sua rota, dando continuidade à jornada da sua vida, sem eira nem beira, um horizonte diferente em cada lugar. Depois pós-graduações (diversas, fazia duas por vez), Itamonte e mestrado no Rio, e mais uma vez a cigana Juju foi para o mundo: professora na UFF de Niterói, na Federal de São João Del Rey e de Juiz de Fora, viajou para Cuba (como todo professor universitário semicomunista) e doutorado (que a vida – ou a falta dela – não permitiu terminar).

Construiu sua última casa no Espírito Santo e lá ficou para sempre.

Fui seu escudeiro, crítico e confidente. Aos 12 anos lia “Grande Sertão: Veredas” para conversar sobre a sua tese que comparava a ética entre grupos marginais; discutíamos os finais de filmes e as letras de músicas. Éramos tão parecidos que muitas vezes não nos agüentávamos!

Fui filho também, e herdei sua alma cigana.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Final de semana dos mais promissores, eu diria. Amanhã apadrinharei o enlace matrimonial (isto porque estou romântico hoje) de um dos meus grandes amigos, o Magoo, tipo de cara que se compartilha de tudo, inclusive a vida. Vou pra Porto Alegre, tchau! e, já que sou padrinho, levarei o condenado – quero dizer, noivo – para fazer a barba com navalha, coisa que não pode faltar. Aliás, são tantas as tradições que não podemos quebrar! Outras são meras estórias para amedrontar noivas inseguras.

Despedida de solteiro: não existe essa estória de noivo em boate de streeptease com moças tirando suas roupas e, depois (drogado com a tal da pílula azul), descascando o couro das moçoilas de vida difícil.

Cachaçada homérica na noite anterior: Imagine?! Quem gostaria de passar a noite anterior no hospital tomando soro e casar com dor de cabeça no dia seguinte? Isso definitivamente não existe.

Pois é! Quando você for casar, minha amiga, não se preocupe. Nada disso acontecerá e relatos nesse sentido só existem para fomentar o mito.

E, vagabundo como sou, só hoje tive tempo para comprar o meu costume - terno, em linguagem gay pseudo-entendido. Tio Randas, colaborador Vitor Valentim, ajudou-me na escolha.

Randall, eu e a biba fashion que me atendeu, ao final da compra:
- Não vai levar uma boxer, Christian? perguntou-me Randall
- Você tem uma boxer?, perguntou a biba.
- Tenho, tenho sim. respondi
- Não vá mentir pra mim heim?! disse a biba. E virou para o Randall: Ele tem mesmo?

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Não tenho o hábito de capturar posts amigos e colocá-los aqui. Contudo, o Música & Arte (www.musicaearte.blogspot.com) publicou um texto interessantíssimo que, permitam-me, colocarei partes dele neste nosso espaço:


“Uma das cenas que mais me impressionaram em toda a minha vida é resultante de uma foto que colhi na Web... É a foto da língua, em close, saindo da boca de uma enorme cobra... sua língua se estendendo da sua bocarra gosmenta, num átimo (num nanossegundo), para a-ca-ri-ci-ar, adocicar, sei lá, preparar sua presa pro golpe final! Um instantâneo absolutamente fantástico!

Como imaginar que há um carinho tão aterrorizador entre o predador e a sua vítima , naquele instante de contato único e derradeiro! Um prazer total ao menos de uma das partes envolvidas no processo. O ideal seria que tal prazer fosse recíproco. Aí ela, a presa, poderia então melhor se posicionar: ‘comida prazerosamente mas tão rápido ! . . . Bem que poderia ter sido bem mais devagarzinho!’ "

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Não tenho embaixadas em países árabes e tampouco representações diplomáticas em teocracias islâmicas. E também não os represento (apesar de ser libanês no sangue), mas entrarei na seara das brigas e insultos religiosos. Quero causar polêmica.

Pra quem não se lembra, este aqui ao meu lado não é um simples dono de oficina mecânica situada em beira de estrada à espera de carros estragados e buchos a serem esfaqueados com preços exorbitantes. Este é o Barba, artista plástico que polemizou com o quadro “Nossa Senhora Nua”. Esteve na Luciana Gimenez (aquela imensidão de gostosura) e foi achincalhado ao vivo pelos pseudo-entrevistadores.

Pois é, ele é dono de uma oficina e artista plástico. Sua oficina é cara e ineficaz – todos os visitantes de sua oficina são obrigados a conhecê-lo, pois a fita gravada do programa não sai do vídeo na lanchonete. Ele faz questão da demora! Fará uma exposição na Assembléia Legislativa de SP com o título “O Nu é Sagrado”, retratando personagens importantes ao natural, como o meu querido o saudoso João Paulo II (eu vi o quadro e não achei nada respeitoso, mas...).

Este é o quadro. Publico mesmo. A Veja publicou as charges de Maomé. Este espaço é quase uma Veja. Extremamente tendencioso, muita propaganda (no caso, de mim mesmo) e sem muita novidade. Só que este espaço pouca gente lê e eu não ganho dinheiro com ele.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Munique

Mais um filme sobre o sofrimento judeu e o revanchismo; mais emboscadas e mortes em um filme com tendências claras, propagandista, onde o árabe é o sacana e só a ele cabe o ônus de 4.000 anos de conflitos. Assim é Munique.

É fato que extremistas árabes seqüestraram e mataram atletas olímpicos israelenses e para tal ato não há defesa. Hediondo, mas assim como eram hediondos os atentados terroristas cometidos pelos judeus em tempos pré Israel. Neste tipo de conflito não há, em sã consciência (a não ser sob a ótica de uma análise rasa), um lado que tenha sofrido mais do que outro. Que tenha perdido menos a razão.

O que não há, de fato, é bom senso!

Pois bem, depois do ato terrorista na cidade olímpica o governo israelense não contrata uma (ou mais) equipe de especialistas para caçar os mentores do atentado. Eric Bana (Heitor, em Tróia) então não se torna o líder dessa equipe e não parte pelo mundo, eliminando alvo por alvo. E esta equipe, que "nunca existiu", conta com uma central de inteligência clandestina que lhe fornece as informações de aonde encontrar os alvos – é do chefe desta organização a melhor fala: “Você poderia ser meu filho, mas não é. Você não é da família. Fazemos negócios. Lembre-se disso”.

Neste filme, para variar, o mocinho se preocupa com os inocentes e vive o conflito de ser “justiceiro” ou “assassino”. Mas é interessante como esta dúvida em seu âmago desaparece rápido e sua busca incessante em liquidar seus alvos aumenta, contudo não eleva a adrenalina deste filme com mais de duas horas e meia de duração. Não chega a ser empolgante e vale mais pelos personagens "históricos".

Com uma fotografia jóia e que deixa um cenário de anos 70 bastante realista, Munique é filme para assistir e comentar. Antes, porém, familiarize-se com: os Jogos Olímpicos de 72, Golda Meir (http://www.sobresites.com/judaismo/personalidade/meir.htm ), Setembro Negro (http://en.wikipedia.org/wiki/Black_September ), Mossad (http://www.mossad.gov.il/). Estes são “personagens” recorrentes e conhecê-los fará você aproveitar ainda mais.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Cada cidade ou região mostra sua raiz, sua história, através dos nomes que batizam suas ruas e seus bairros.

No interior costuma-se homenagear os políticos locais, suas mães e os personagens caricatos. Em Piraju, interior de São Paulo, as ruas foram batizadas de Chico Pipoca, Pedro Mula, e as pessoas se orientam pelo “arvão”, que é perto do "córgo". Já em Itamonte, no sul de Minas, temos a rua do Cu Sujo (nome próprio, letra maiúscula), do Zé da Vó, e por aí vai.

Em São Paulo os eleitos foram os bandeirantes. É impressionante a quantidade de ruas e avenidas com nomes desses intrépidos desbravadores (para alguns, assassinos). E muitas dessas ruas cruzam com outras, com nomes de índios (seus alvos preferenciais). Este tipo de encontro ainda rende uma boa soma de mortes.

Em Brasília as assépticas numerações de quadra e lote, lago e asa, demonstram a frieza que uma cidade administrativa deve ter. Não tem rastro, não tem cheiro. Aliás, tem cheiro sim. Cheiro de número, cheiro de dólar. Dólar armazenado em cueca. Isso sim é dinheiro sujo!

Em BH gostamos de poetas. Gostamos de boemia. Homenageamos os que escrevem e as musas que os inspiram. Carlos Drummond, Gonçalves Dias, Marília de Dirceu... E os inconfidentes, claro! Por isso o nosso gosto pelos botecos e pelas discussões políticas. Temos isso na veia. É com o álcool substituindo o sangue quando estamos sentados nas cadeiras da calçada que mostramos nossa verdadeira arte: amar... E contar causos.

Saudades docê, BH!

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Momento Brokeback Mountain aqui no escritório:

- Oi Júnior, beleza? cumprimenta um colega com o tradicional cutucão no ombro do amigo.
- Tudo jóia, Lucas, mas não mexe aí. Tou com uma dor no meu pescoço que está irradiando até o ombro. Responde.
- O que aconteceu, Júnior?
- Brother, um torcicolo anda me matando de dor e tristeza!

...

- Dor eu até entendo, Júnior, mas tristeza?
- É, tristeza sim!!! Você não sabe o quanto eu fico triste de ficar de 4 e não conseguir olhar pra trás.


Pára tudo!