segunda-feira, janeiro 31, 2005

Rapport Manual

Tenho ensaiado, já há algum tempo, assumir a empreitada de elaborar um manual de atendimento ao cliente, para academias. Mas me faltam o devido tempo e mais experiência na área (às vezes tenho uma recaída do meu tratamento contra a megalomania e passo achar que sei alguma coisa).

Adoro manuais! Não os leio, mas elaborá-los me dá enorme prazer.

*****

Manual Prático de Rapport - Apetrechos básicos de uma sociedade Pop

Apresentamos o Manual Prático de Rapport. Com ele, você poderá participar de qualquer rodinha - literalmente - e ainda conquistará a simpatia das pessoas, conquistará fãs e agradará (eventualmente) até mesmo as correntes xiitas.
Vale lembrar que não se trata de uma lista TOP FIVE, com nossas predileções e sim uma lista de ferramentas necessárias para um approach de sucesso, quando é nobre a alma e aguçado o instinto de caçador.
Elaborado pelo conselho Jedi:
  • Master Sacripas-ibn-Guryan
  • Master Pretus Mahatmasan
  • Master Tisha-won-Skyjin

Para fins didáticos, separemos por categoria:

Livros
Filmes
Cd's
HQ
Viagens


1. CATEGORIA LIVROS
1.1. Clássicos
1.1.1. Dom Casmurro
1.1.2. Crime e Castigo
1.1.3. Cem Anos de Solidão
1.1.4. Dublineses
1.1.5. Dom Quixote

1.2. Pop
1.2.1. Alta Fidelidade
1.2.2. O Apanhador no Campo de Centeio
1.2.3. O Código Da Vince
1.2.4. O Físico (apesar do erro crasso na tradução do Título)
1.2.5. Feliz Ano Velho

2. CATEGORIA FILMES
2.1. Clássicos
2.1.1. "...E o Vento Levou"
2.1.2. "2001 - Uma odisséia no Espaço"
2.1.3. "O Poderoso Chefão"
2.1.4. "Casablanca”
2.1.5. "Sete Homens e Um Destino"

2.2. Pop
2.2.1. "Star Wars" (contamos a 1ª trilogia como um filme de seis horas)
2.2.2. "Indiana Jones - Em busca do Cálice Sagrado"
2.2.3. "E.T."
2.2.4. "O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança"
2.2.5. "Pulp Fiction"

3. CATEGORIA CD’S
3.1. Clássicos (não entendam por clássico compositores da música clássica)
3.1.1. The Dark Side of the Moon
3.1.2. London Calling
3.1.3. IV Led Zeppelin
3.1.4. Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band
3.1.5. A Night at the Opera

3.2. Pop
3.2.1. Nevermind
3.2.2. Low Life
3.2.3. Staring at the Sea
3.2.4. Meat is Murder
3.2.5. Appetite for Destruction

4. CATEGORIA HISTÓRIA EM QUADRINHOS (Foi impossível separar em categoria Pop e Clássico, visto que todos relacionados são catalogados nas duas sub-categorias):
4.1. Crise nas Infinitas Terras
4.2. A Morte do Capitão Marvel
4.3. Marvels
4.4. Morte e Ressurreição do Super Homem
4.5. Batman – Cavaleiro das Trevas

5. CATEGORIA VIAGENS
5.1. Clássicas
5.1.1. Veneza
5.1.2. Paris
5.1.3. Roma – Vaticano
5.1.4. Londres
5.1.5. Nova York

5.2. Pop
5.2.1. Manchester
5.2.2. Amsterdã
5.2.3. Porto Alegre
5.2.4. Orlando
5.2.5. Itamonte
A nova versão - revisada - virá depois já com os seus comentários.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Cuidado com o flash de luz

Men in Black (MIB) é um filme-documentário!

Somos todos alienígenas ou descendentes deles! Todos os dias temos indícios fortes da existência dos vizinhos intergalácticos, mas somos neutralizados com aquele flash de luz, esquecendo-nos e olhando para as estrelas com o sentimento de que só este pontinho do universo teve o sopro da vida.

Sempre acreditei que temos companhia, que não estamos sozinhos e todos aqueles velhos questionamentos. Mas ontem eu passei pelo desneutralizador. Não sei o porquê, só sei que alguém achou que eu deveria enxergar o mundo com outros olhos. Não é um desneutralizador nos moldes do MIB 2, uma máquina complexa parecida com uma cadeira de engraxate. Foi, na verdade, uma sucessão de eventos milimetricamente dispostos para que eu fosse capaz de identificar os alienígenas, suas etnias e estou quase apto a me comunicar com eles, em nome do nosso planeta.

Começou com um almoço. Bem apropriado, pois grandes negócios são fechados em almoços de negócios (sei, sei, só se fala de mulher e putaria). Nosso designer nos levou em um restaurante vegetariano para comer “feijoada”. Não sei o que eles colocam naquela lingüiça, mas sei que o efeito imediato é um comportamento tipo “professor de antropologia da USP”, levemente freak e com tiques nervosos.

A tarde foi tranqüila, com a sensação de que o efeito passara.

A noite chegou e quem lá estava viu! Lançamento do “Clichê de Verão”, by Randall Neto, com toda pompa que este tipo de evento merece, com direito a filas de autógrafos (é, Nathaly, você perdeu, mas o seu exemplar está a salvo, com a devida dedicatória) e eu senti que a dose aumentara; compreendi tudo! Comunidade Indie presente. No lugar de pés, all star (cada um de uma cor, mostrando o planeta de origem). Barba ou piercing nasal (or doesn’t matter were), tatoo’s das mais diferentes propostas, camisetas de bandas - de Ludov a Belle & Sebastian...

De repente, ouço um “Christian?” (Mania de todo Christian: quando ouve esse nome, já acha que é com ele. Megalomaníaco. Mas era!) Amigos aqui do Blog ainda não formalmente apresentados, como o Tio Fefas, Paulo F que também lançava seu livro. Bate-papo da melhor qualidade, cervas e smirnoff ice’s e, para finalizar, uma rodada de X-Picanha no Fifties com o devido milkshake.

Agora percebo que não só consigo enxergar os ET’s, como me sinto um deles.

A partir de hoje só andarei de óculos escuro!

Off Topic: Eu odeio as inserções da Globeleza com o samba-enredo do carnaval. Odeio!

terça-feira, janeiro 25, 2005

Foram namorados durante os primeiros 4 anos de faculdade. Ele já estagiava no escritório de contabilidade do pai, fazia o trabalho grosso e estudava no tempo que lhe sobrava; ela estudava para concurso, certa de que um emprego público, meio expediente, era seu sonho de consumo. No último ano de Direito, o namoro terminou.

- Hoje fazemos aniversário de namoro, sabia?
- Como assim, fazemos aniversário de namoro? Terminamos já tem quase um mês, cê ta louco? Lembra que combinamos que assim seria melhor e tal, que não sentia mais a mesma coisa por você... Que história é essa de aniversário de namoro?
- É verdade... Mas sabe? Acordei pensando em você, e acredito que esse aniversário é igual a aniversário de pessoas que amamos e que já morreram. Lembramos dessas pessoas no aniversário, choramos por elas e as homenageamos. Só que ainda não existe uma forma comprovada de falarmos com essas pessoas. E com você, tenho o telefone!
- Você ta querendo dizer que morri pra você?
- Não é esse o ponto e você sempre desvia do assunto! Mas não sei te dizer o que sinto, mas não é morte. Talvez pior, mas não quero pensar nisso agora. Não te liguei para falar de coisas ruins e sim celebrar uma data que mudou muita coisa na minha vida.
- Você já tem alguém?
- Não é da sua conta!... Desculpa. Já falei o que queria. Fica com Deus! Guarde nossa música na cabeça, aquela do primeiro beijo, e a lembrança das nossas comemorações mensais desta data. Esse é o nosso legado!

I´ll be your dream I´ll be your wish, I´ll be your fantasy
I´ll be your hope, I´ll be your love Be everything that you need
I´ll love you more with every breath Truly, madly, deeply do
I will be strong, I will be faithful
´cause I´m counting on
A new beginning
A reason for living
A deeper meaning

domingo, janeiro 23, 2005

Paternidade

Contagem regressiva, faltam poucas horas para o lançamento dos dois primeiros livros da Editora Muro, dentre eles o “Clichê de Verão”, do meu amigo Randall Neto. Neste exato momento, Tio Randas (Sacripas-ibn-Guryan, seu nome Jedi) deve estar nos últimos ajustes na produção do seu livro – ou nas últimas mitoses e meioses desta concepção, se você preferir.

Nenhuma paternidade se compara a outra. Querendo ou não, enxergamos em cada uma de nossas criações as diferenças pelas quais nós as amamos. Minhas duas filhas vieram em realidades diferentes da minha vida. Christiana (hoje com 10 anos!!!) veio sem planejamento, quando eu tinha 19 para 20 anos. Carolline (8 anos) veio... bem, veio sem planejamento também... Mas posso dizer que curti cada uma de uma maneira diferente e especial, e as amo de formas diferentes, mais intenso do que agüento e vendo-as menos do que gostaria.

Não sei se será este o livro mais amado de Randall, mas sinto que este terá vindo ao mundo em um parto não só assistido, mas efetivamente auxiliado, pois é também sua responsabilidade imprimir, cortar, grampear e colar a capa.

Quero fazer isso um dia. Quero dizer, participar. Não tenho a pretensão de escrever um livro; contar uma estória inteira me assusta ou me cansa. Não que eu goste de nada rápido; ao contrário, gosto de bem feito! Mas tenho medo.

Se tivesse coragem, um livro meu teria final feliz, com personagens que reciclariam, em suas “histórias”, muitas das minhas besteiras. Teria alguém charmoso, galanteador e cavalheiro; teria um mundo com injustiças para ele se indignar e tentar mudar, mas não seria um mundo de canalhices. Haveria pessoas que lhe dariam outras chances, caso as 23 primeiras falhassem (porque ninguém é perfeito e acerta de primeiras), e ele saberia dar valor.

Ou seja, nem de longe seria uma biografia ou baseado em fatos reais, pois não sou nada disso, nem tampouco tive tantas chances para acertar e, a cada dia, enxergo nosso mundo com a doçura de Maquiavel e com leveza do Mainardi.

Boa Sorte, Mestre Sacripas-ibn-Guryan, e que a Força esteja com você!

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Cinema

Na semana passada fui assistir Alexandre. O melhor do filme, com duração de longas 3 horas (ao gosto do nosso amigo Oliver Stone) não foi o filme em si, mas sim a sensação de ser um crítico de cinema. Fui escolhido (aleatoriamente, diga-se de passagem), ainda na fila de entrada, para preencher um questionário sobre o filme.

Quer saber? Vale pelas cenas de combate, pois está longe de retratar a importância que este personagem histórico teve para o atual cenário geopolítico mundial. A atuação de Colin Farrell é apagada por Val Kilmer; e Angelina Jolie não serve pra nada - não tem, nem mesmo, uma cena de nudismo que prendesse a atenção. Aliás, nudismo mesmo só de homens, beijos só entre homens... Pode-se encarar este filme como uma análise freudiana comportamental da sociedade grega.

*****

Entrando Numa Fria Ainda Maior é a síntese de um excelente filme. Engraçado na forma (com as trapalhadas, tombos e tomadas cômicas), melhor está nos diálogos e nas interpretações deste time de 1ª:
  • Robert De Niro
  • Ben Stiller
  • Dustin Hoffman
  • Barbra Streisand

O filme vale pela contradição dos pais dos noivos, pelo noivo (a noiva é um vaso - só está ali para enfeitar), pelos animais de estimação das duas famílias (um cachorro mais tarado do que eu) e os trocadilhos com o sobrenome da família Focker. Imagine:

  • O pai: B. Focker (be fucker)
  • O filho: Gaylord Focker (não precisa nem pensar muito)
  • A noiva, quando casada, terá o nome: Pamela Focker (com sotaque sai quase um Pan mother fucker)

É um filme que vale os R$16,00 do Cinemark, com o plus de R$12,00 da pipoca e refri.


sexta-feira, janeiro 21, 2005

A Body Systems é uma empresa única! E, como não seria diferente, tem uma central fora dos padrões.

Temos um placar eletrônico mostrando nossas metas e uma sonora buzina. Quando ela toca, é uma algazarra. Tem também as pessoas, capazes de produzir diálogos "tarantinianos".

Isa: Maktube... Sabe de uma coisa? Gosto desse nome! Dutra, o que você acha desse nome? No ano que vem, no meu "projeto mãe", quem sabe não coloco esse nome?

Dutra: Imagine, meu afilhado com um nome desses!

Randall: Parece nome de lanche do MacDonald's

Dutra: Ah, sim! Gostozinho como um lanche.

Eu: Não é bacana nomes de lanches do MacDonald's. O Toni, uma vez, apelidou uma menina em BH de MacFish.

Isa: Ah, eu acho pior ser chamada de MacChicken; é sem gosto né? Além do mais não pega bem, né?

Eu: O cheiro do MacFish pega bem?!

Dutra: Arghhhhhhh!!! Peraí que eu vou vomitar!

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Tarãtarã, tarã, tarãtarãtarãtarãtarããããããã, tarãrãrãrããã. Curtiu? Chegou minha coleção da Pantera Cor-de-Rosa.

Welcome to the Main Event

Difícil encontrar, nos dias de hoje, alguém com mais de 13 anos que não tenha levado um "fora", um "pé na bunda", uma "dispensada". Alguns se abalaram; outros tornaram a despedida dolorosa, humilhante, degradante em uma oportunidade de se vingar, de dar a volta por cima.

Eu jamais seria capaz de me vingar. Sofro, na verdade. Minha Vó Henriqueta me ensinou a perdoar e eu aprendi. Mas parece que muitas velhinhas não souberam ensinar direito. Vamos ao confronto de dois netos que não ouviram direito a Vó (maus meninos).

Teremos dois oponentes neste ringue.

No córner esquerdo, defendendo o sexo masculino, Nick Hornby, com a introdução do livro "Alta Fidelidade".
No córner direito, defendendo o sexo feminino, Chico Buarque, com a letra da música "Olhos nos Olhos".

E começa a disputa!

Nick Hornby (time masculino):

Em ordem cronológica, minhas separações mais memoráveis, as favoritas, as cinco que eu levaria para uma ilha deserta:
  • Alison Ashworth
  • Penny Hardwick
  • Jackie Allen
  • Charlie Nicholson
  • Sarah Kendrew

Estas foram as que doeram de verdade. Está vendo seu nome nesta lista, Laura? Acho até que você conseguiria entrar sorrateiramente nas dez mais, mas não há lugar para você nas cinco; esses lugares estão reservados para aquele tipo de humilhação e sofrimento que você simplesmente não é capaz de provocar... não leve para o lado pessoal o fato de não ter entrado na lista.

Chico Buarque (time feminino):

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra eu ser feliz
E passar bem
Quis morrer de ciúme
Quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume,
Obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita
Pode crer
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo
Bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Tantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua
Venha, sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta
Me ver tão feliz


quinta-feira, janeiro 20, 2005

Este blog tem uma proposta humildemente literária, como um exercício diário, como um programa de treino da escrita. Não se pretende tão pessoal a ponto de trazer comentários maiores do que o trivial.

Mas, neste momento, eu quero que ele seja visto como um meio de gravar uma homenagem.

Hoje é aniversário de uma Mulher (com M maiúsculo), uma guerreira, sobrevivente, valente! Feliz Aniversário Su!

Salvaguardadas as minhas restrições com relação à intérprete, Fernanda Abreu soube retratá-la:

Corpo que é alma
Assim sublime, irresistível inspiração
De cidade maravilha, cortesã
Sintetizada pelas ondas
De um corpo feminino que é
Prestígio de calibre sensual

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Os fins justificam...?

Até aonde o amor de uma mulher pode chegar? A mulher mede conseqüências quando ama? E quando odeia?

Na estranha contabilidade do relacionamento, os casais costumam somar e subtrair pontos para saber:
  • Se é hora de beijá-lo?
  • Se é hora de avançarmos?
  • Se é hora de transarmos?
  • Se é hora de casarmos?

Cada um atribui o peso aos eventos de forma diferente. "Hoje ele me disse que não vive sem mim" - ponto para os meninos; "hoje ela disse que meu braço esta mais forte" - ponto para as meninas; "ele vai me deixar em casa, no dia do aniversário da nossa 13ª quinzena de namoro para ir ao Mineirão comer feijão tropeiro (é, lá come-se o melhor tropeiro de BH) e assistir Atlético e São Caetano" - resposta errada!!!

Mas, em relacionamento algum, encontrei espaço para contabilizar os pontos dados na boca!

"Como assim?" perguntaria o incauto leitor.

Talvez alguém conheça histórias como essa; eu posso dizer que sim. Conheci um casal que mudou os paradigmas da planilha do relacionamento. Ao invés de cartões de amor, ficha na polícia. E eu estive lá presente, e relato agora sem muitos detalhes.

Malhávamos juntos na mesma academia. Lúcia era a "outra" mas sabia que era um status temporário, que logo domaria aquele coração libertino de Antônio (Toninho, apesar dos seus 1,85m), até então com escritura lavrada em nome de Elizabeth.

Eram muitas idas e vindas. Ele, sem coragem de largar o certo pelo duvidoso (tem clichê mais gay que esse?); ela, sem dar a mínima para outras propostas (pode-se dizer que inclusive minhas...) e confiante na promessa de que "hoje eu vou tomar coragem e vamos ficar juntos".

Um dia ela se cansou. "Até hoje, sempre que coloquei um ponto final nessa porra de relacionamento natimorto (era estudante de medicina), meu coração não seguia a minha decisão e tinha medo de te perder. Mas acabou, não suporto mais! Não quero viver assim; sou suficientemente mulher para ser feliz!" Toninho, que nunca soube perder nada, convenceu-a de que seria diferente. E não foi.

Quando Lúcia soube que, na festa de Halloween, Toninho chegou com Beth, não agüentou. Estávamos na academia quando Lúcia apareceu. Passávamos pela recepção, 02:00 da tarde. "Toninho?!", chamou Lúcia. Quando meu amigo virou, foi o "cruzado" mais bem dado que já vi uma mulher dar. Sucessão de acontecimentos: 1,85m de amigo espalhado no chão, boca ensangüentada, ocorrência policial, 12 pontos na boca e não sei quantos na planilha do amor.

O fato é que ele se entregou à Lúcia como poucos que conheci... Em conversas de amigos deixa claro seu amor e o medo de perdê-la...

Não quero dizer que essa seja a fórmula... Mas conquistar alguém ou ser conquistado depois de uma boa surra é um hobby que precisa ser analisado!

Off Topic: Papo de academia

Eu: "Toninho e Beto, vocês estão de parabéns! Suas namoradas são lindas. A propósito Toninho, se você bobear te roubo a Lúcia; se ela quiser, claro!"

Randall: "E a do Beto, Tio Christian, você roubaria?"

Eu, meio sem graça e com respeito: "Não, a Letícia não."

Beto, indignado: "Ué, por que a Letícia não? Ela, por acaso, não é bonita como a Lúcia?"

E eu, resignado, respondi: "Bom Beto, tudo bem, já que você faz questão?!"


terça-feira, janeiro 18, 2005

Cara nova

Um post breve e que não retrata o tamanho da gratidão que tenho pela Blue, minha "Personal Blog Style" (ou qualquer coisa assim).

Muito obrigado, Blue, pela paciência e disposição para organizar esse pequeno espaço, um misto de sala-de-estar (com bons debates) e travesseiro (que é o lugar certo pra chorar).

Assim, pude colocar os links dos blogs do meu agrado. Tio Randas (guru); Blue e Ti ("parceiraços"); Panic, Kako, Tio Fefas (novos amigos feitos aqui), Paulo F. (sócio do Tio Randas mas que ainda não o conheci...) e um blog muito interessante, mas anônimo (Rei Anum). E claro, a medida que for conhecendo novos, serão adicionados aqui com a devida apresentação.

Mais uma vez, Blue, thanx!

segunda-feira, janeiro 17, 2005

O Preço da Escolha

Essa é uma estória de escolhas e profissão. Agora que o Tio Randas é empresário no ramo editorial, quem sabe daqui uns 5 anos (exercitando todos os dias) não terei algo apresentável para oferecer, né? Projeto Livro 2010

Hans era bancário concursado, com grandes possibilidades de crescimento dentro do BB e uma provável aposentadoria polpuda. Estava se realizando profissionalmente e tinha orgulho disso. Eu era seu analista há 3 meses, no meu estágio de término de graduação. A sua sensação de vitória era imensa, pois tinha um histórico de infância na qual já passara privações, mas a dor da escolha pesava em seus ombros.

“Não” – respondeu-me ele em uma das sessões, “não tive que abrir mão de muitas coisas. Abrir mão de passar fome, de ser um Zé Mané, um perdido na vida? Fácil! O que realmente dói, doutor, foi não ter me casado com Lia, mãe provável e eleita dos meus filhos. Tínhamos até os nomes e descuidávamos da prevenção para que ela engravidasse e, assim, forçar seus pais a aceitarem nossa união. Aos 16 anos tirei minha carteira de trabalho (a foto, o senhor precisa ver), pois topava trabalhar de qualquer coisa para sustentá-la. Não sei se graças a Deus ou não, ela não engravidou, terminamos o namoro e estou aqui, com o troféu da vitória, mas com o gosto e a sensação da medalha de prata."

"Terminamos porque eu queria vencer na vida, não poderia ficar em uma cidadezinha de merda, no interior de Goiás. Tinha que estudar, batalhar, tirar o sorriso sarcástico do rosto daqueles que riam quando eu dizia que tudo iria mundar um dia. Mas, hoje, sei que o que eu queria mesmo era tê-la ao meu lado."

"Procurei por Lia nas festas de Natal; ainda tenho seu telefone. Achei que poderia resgatar meu passado, concluir meu sonho... Nunca tive decepção tão grande! Acho que eu até mereço, pela maneira que terminamos, quando eu disse a ela que preferia minha carreira. Posso te mostrar uma coisa?” perguntou.

Assenti e ele me passou uma carta:

Hans,

Desculpe-me se, quando você me ligou, fui fria e distante e tampouco quis te encontrar. Você me conhece e sabe como sou! Analiso minha vida, as possibilidades. Por isso, quero que você me entenda pelos motivos abaixo:

1. Fui tratada de uma forma absolutamente irresponsável por você no passado. Pensei: "Por que eu que tenho uma historia tão profunda com ele? Ele não esta me fazendo de boba?". Deixei pra lá, porque não valia a pena.

2. Estava agora na minha, feliz e saltitante. Sorry, mas não fui atrás de você. Não te convidei pra nada!

3. Gosto muito de você, muito mesmo. Todavia, não queria ter a mesma decepção. Prefiro continuar amando, à distância, o Hans que eu conheci muito tempo atrás, aquele que me aperta o coração.

4. Sutilmente quis que você entendesse, mas provavelmente eu seja muito ruim na sutileza; tenho que ser eu mesma, autêntica.

5. Por fim Hans, tudo isso são coisas da vida, fazem parte e não tenho raiva, mágoa, ou outro sentimento negativo, apenas queria que tivesse sido o que não foi.

Te adoro, um beijo grande, meu primeiro e grande amor.

Lia

sábado, janeiro 15, 2005

Foco e Ojetivo

A Programação Neuro-Lingüísitica (PNL) nos ensina que, para ter sucesso, é fundamental ter foco; ter um objetivo. Diz também o Prof. Marins que pouco adianta a inteligência se não houver força de vontade.

Nessa minha nova empreitada no Showbiz decidi que minha meta é fazer uma letra que inspire as pessoas a amar e se entregar, como essa música faz:

It´s a little bit funny this feeling inside
I´m not one of those who can easily hide
I don´t have much money but boy if I did
I´d buy a big house where we both could live
If I was a sculptor, but then again, no
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it´s not much but it´s the best I can do
My gift is my song and this one´s for you
And you can tell everybody this is your song
It may be quite simple but now that it´s done
I hope you don´t mindI hope you don´t mind that I put down in words
How wonderful life is while you´re in the world
I sat on the roof and kicked off the moss
Well a few of the verses well they´ve got me quite cross
But the sun´s been quite kind while I wrote this song
It´s for people like you that keep it turned on
So excuse me forgetting but these things I do
You see I´ve forgotten if they´re green or they´re blue
Anyway the thing is what I really mean
Yours are the sweetest eyes I´ve ever seen
And you can tell everybody this is your song
It may be quite simple but now that it´s done
I hope you don´t mindI hope you don´t mind that I put down in words
How wonderful life is while you´re in the world

Quando eu consegui, poderei dizer que traduzi, do meu jeito, uma declaração de amor.

Showbiz

Quando fiz 16 anos minha mãe me deu um teclado, pois ela dizia que uma das características mais apaixonantes em meu pai, quando eles se conheceram, era o dom dele de destrinchar o piano com maestria. E, como ele nunca fez uma aula de piano, minha mãe acreditava ser esse um dom hereditário. Ledo engano! De qualquer forma saiu um "Romeo e Julieta" pela metade, "Yesterday" que engana, tive bandinha com músicas próprias, devidamente aposentada pois era certo que morreria de fome!

Assisti o DVD MTV ao Vivo com o Nando Reis. O cara tem trabalhos legais (no sentido de bacana), puta história com o Titãs & coisa e tal; na carreira solo faz coisas que retratam o dia a dia e descobre aqui e ali várias frases boas, além dos arranjos, pois nisso o sujeito é afudê... Mas vê-lo ganhar dinheiro cantando hare krishna e o mundo é bão, Sebastião, além de outras coisas que compôs com a mulher de TPM, a filha pedindo dinheiro e o filho chorando, fez-me reabastecer a inspiração.

Convenceu-me a concorrer ao Grammy!

Com a minha noção de mundo a la Humberto Gessinger ( A violência travestida faz seu trottoir em anúncios luminosos, lâminas de barbear. Armas de brinquedo, medo de brincar. A violência travestida faz seu trottoir), eu produziria coisas bem mais dignas. Exemplo? Agora:

A mala pronta e o troféu na mesa,
E ela pensa "medo de morrer, Tereza"?
O livro aberto com a página manchada,
É hora de encarar a estrada!

Um silvo breve, um silvo longo
Marcas de um sonho pesando em seu ombro.
SOS , socorro, sua alma implora,
E lá fora só ouve uma criança que chora.

E quer saber? Deu até vontade de cantar, pois se até o Hebert Viana canta, por que não eu?

Aguardo parceiros para a banda, sugestão do nome, bem como eventuais investidores na minha nova carreira.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Devaneios

Parece que descobri uma maneira bacana de postar e comentar com os amigos que aqui passeiam: um dia de post, outro dia de comments. Legal?

Gostaria de saber qual é a fórmula da felicidade, da plenitude! O quanto demandar de energia para Deus? E para a carreira? Para a família? Para o "amor"? Como seria mais fácil ter uma barra de energia, nos moldes dos video-games, no qual eu monitorasse minha felicidade de forma estratégica, como eu faço com as planilhas que analiso nas consultorias.

O problema está aí!

Tem exatos 11 anos que coloco toda minha energia para a carreira, negligenciando tudo o que considero importante. Acredito que algum trauma desencadeou essa obsessão pelo sucesso, pela competição. E sei exatamente o porquê: é inconcebível que um HOMEM (sexo masculino) se acomode, não dê sangue; não assuma para ele as responsabilidades da casa. Homem que é HOMEM bate no ombro e diz, para sua família e para a pessoa que ama, "te güento, vem comigo" (como diria o mestre Giba). É essa a função do homem! Tenho certeza que toda mulher, por mais descolada e independente que seja, pensa assim. Além disso, como convivi por um bom tempo e sou fã da cultura judaica, acredito na importância de amealhar patrimônio. É a segurança que seu ninho precisa e que tornará o futuro dos seus filhos mais promissor. Portanto, respiro meu trabalho e as pessoas próximas a mim sabem disso. Algumas entendem e me apóiam; outras, infelizmente (será?), não.

Em Deus, tenho uma confiança enorme em Sua benevolência. Tenho dedicado 2 horas por semana para estudos bíblicos, de forma ordenada e orientada e que, além de revitalizar minha longanimidade, alimenta minha sede de história (gostaria de ter cursado História).

À minha família, só posso ter os olhos voltados para baixo e aceitar as críticas. Nunca vou a BH e, quando vou a trabalho (quase sempre) dou pouca ou nenhuma atenção. Filhas? Tenho a sorte de ter, na mãe delas, uma aliada em prol da minha imagem.

E o amor? De tão mal sucedido, pego-me às vezes pensando se sou inteligente o suficiente para ser feliz. Inteligente!Pois eu QUERO MUITO, mas parece que eu mesmo conspiro contra. Às vezes, pego-me cantando "But if, I ever have to chose, love is my decision, With you I just can´t lose, stay here by my side, Love is my decision, forever you and I". Queria tanto...

terça-feira, janeiro 11, 2005

Este convite é pessoal. E eu te espero lá!

Demorou um pouco, mas agora já é oficial! Dia 26 de janeiro, a partir das 19 horas, no Milo Garage (Rua Minas Gerais, 203a, pertinho da Paulista), teremos o lançamento do segundo livro do Tio Randas, o Clichê de Verão, juntamente com a inauguração da Editora Muro, uma iniciativa independente de lançar autores que por enquanto estão de fora do mercado editorial.

Venha conosco quebrar mais esse Muro e tomar umas cervejas, ouvir rock n roll da melhor qualidade (discotecagem a ser confirmada) e adquirir o livro mais barato da sua vida!


Release

Quem nunca teve (ou pelo menos quis ter) um amor de verão? Quem nunca se imaginou sendo o protagonista daquela cena perfeita de final de filme, em que todos vivem felizes para sempre? Quem nunca parou para pensar em como vai terminar uma linda história de amor? Todo mundo já passou por momentos como esses. E, assim como o que fascina um amante da música é a emoção que um compositor passa por meio das notas musicais, o que faz com que o leitor goste de um livro é exatamente o que os do Randall Neto têm: um pedacinho da sua vida ou um personagem com quem ele se identifica. É o que acontece quando você começa a ler o "Clichê de Verão", um livro simples, acessível e direto que consegue prender sua atenção já na primeira página, quando apresenta Fernanda, uma garota de 20 anos que acabou de ser reprovada pela quarta vez no vestibular para Medicina, e, talvez pior que isso, terminou um namoro de mais de três anos. Ela está indo passar o Réveillon com os pais, em Ubatuba. E é lá que tudo acontece. Randall usa uma linguagem fluente e coloquial para desenvolver uma excelente trama recheada de citações pop - músicas, discos e bandas; livros e autores; filmes e diretores. Ele segue uma "escola" mundial, que tem Nick Hornby ("Alta Fidelidade" e "Um Grande Garoto") e Douglas Coupland ("Geração X" e "Microservos") como maiores nomes e que captura vivências que provavelmente fazem parte da história da grande maioria dos jovens de sua geração. Holden Caulfield, protagonista de "O Apanhador no Campo de Centeio", de J. D. Salinger, diz que um livro é bom quando a gente, depois de ler, quer virar um grande amigo do autor para poder telefonar para ele sempre que der vontade. Pessimista, Holden acrescenta que isso é muito raro de acontecer. Mas, depois de ler a última página de "Clichê de Verão", a vontade é justamente essa: correr para o telefone e continuar a conversa com o Randall. Randall Neto, 30 anos, é um advogado viciado em escrever que diz querer virar escritor quando crescer. Paulista de São José do Rio Preto, criado em Goiânia, atualmente vive em São Paulo e vai a pé para o trabalho, onde, segundo ele, tem o melhor emprego do mundo. Ele tem alguns textos publicados na internet, Colaborou com a Revista Zero e também é autor de "Além das Portas", publicado pela editora Scortecci em 2002, e "O Filho do Meio", ainda inédito.

Como colocar seu comentário (nova versão)

Amigo visitante, tome um lugar, sinta-se a vontade. Você é de casa!

Tenho me sentido meio árabe ultimamente... com vontade de receber pessoas em casa e servir o que tenho de melhor para elas. Não confunda esse meu sentimento com o comportamento do esquimó, que oferece a esposa para aquecer o hóspede durante a noite. Não exageremos! Mas, caso você queira me receber em sua residência e se sinta um habitante dos árticos...bem, tudo bem.

Senti uma redução drástica nos comments neste novo espaço. Parecia que era um pouco mais complicado do que o anterior; mas não é! A minha querida Blue deu um jeito. VALEU!!!

Combinado? Posso esperar sua contribuição?

Clique em baixo, em Comment, e participe agora mesmo!

Beijos

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Carta-resposta Revista Época (09/jan)

Vivemos um momento interessante!

Desde a década de 80, os EUA entraram em alerta contra uma epidemia de proporções avassaladoras: a obesidade.

Essa epidemia, que diminui a expectativa de vida das pessoas, tornando-as incapazes para atividades do dia-a-dia e que onera os cofres públicos com tratamento de inúmeras doenças advindas da obesidade, tem, como principal agente de proliferação, a contra-informação.

Em um mundo globalizado, onde a informação chega em átimos de segundo, é de se espantar que, no Brasil, somente 1,8% da população economicamente ativa pratique algum tipo de atividade física orientada (IHRSA). Será que as pessoas não têm acesso às revistas, jornais, televisão? Ou será que elas são bombardeadas com informações que a desestimulam a prática da atividade?

Lendo a matéria de capa da edição de 09/janeiro/05 desta conceituada revista,deparei-me com uma quantidade de inverdades tão grande que, caso não fosse esclarecido, preferiria ficar em casa - comendo pipoca e assistindo televisão - a me entregar à sorte em uma máquina de moer carne que vocês pintaram na matéria.

Vamos aos fatos:

- O sedentário deve começar por uma atividade específica?
Sim, a que ele escolher! A que ele se sentir confortável! A que ele estiver acompanhado por pessoas que ele conhece! A pessoa só é sedentária porque nunca se viu motivada a fazer a atividade física! Sentir-se no comando do seu bem-estar, em uma atividade que ele escolheu, confortável e acompanhado por amigos não seriam bons estímulos?

- Quem deve se preocupar com a adequação da atividade para o nível de condicionamento do participante?
O professor, embasado na avaliação física-funcional. Portanto, o sedentário pode, sim, freqüentar uma aula de BODYPUMP, ou RPM, ou BODYCOMBAT, ou qualquer outra modalidade oferecida pela Body Systems nas 1904 academias licenciadas no Brasil (não 1800, conforme está na matéria), pois o professor passa por um processo de treinamento que beira 100 horas (nunca antes visto para uma modalidade específica) que, somadas à formação profissional regular (faculdade ou curso de provisionados do sistema CONFEF/CREF's), habilitam o profissional a cuidar das mais diversas características do ser humano.

- Pode-se fazer uma atividade seguida de outra, como por exemplo, um aneróbio e outro aeróbio?
Depende! Dependerá do condicionamento atual do praticante, da sobrecarga em cada uma das atividades, do objetivo a ser alcançado, do que o motiva mais. O fato é: se bem orientado, não lesiona. Veja os exemplos de quem faz musculação precedido pela caminhada na esteira (treino clássico). É aeróbio seguido de anaeróbio! Por que não fazer BODYPUMP e logo depois, BODYCOMBAT? No primeiro você fortalece articulações e músculos, preparando o aparelho locomotor passivo para o treino e, depois, usufrui desses benefícios para praticar uma aula ainda mais intensa. Conforme está na matéria, o ideal para descansar seria fazer um e, no dia seguinte, o outro. Quem disse que descansaria? Dependendo do estímulo, o descanso ideal é de 48 horas. Portanto, cada caso, um caso.

Honestamente, parece-me que "enlatado" mesmo foi o conteúdo essa reportagem, que repetiu uma série de clichês a respeito da atividade física. A mesma receita de bolo, a mesma contra-informação responsável (ou irresponsável) pelo sedentarismo que hoje mata mais, no Brasil, do que a fome.

Atenciosamente,

Christian Munaier
Consultor Administrativo
Treinador PRO
christian@bodysystems.net

Momentos Pitorescos

A cada dia que passa percebo o quanto o mercado de fitness é amador, também no que tange a gestão das empresas. Acabo de conversar com a proprietária de uma academia que se sentia desesperançada. Tamanha tristeza tem um motivo: ela não identifica o porquê da academia não trazer retorno no período da manhã.

Contudo, quando perguntada sobre mais detalhes, respondeu que precisaria consultar sua secretária, pois quase nunca aparecia na academia naquele horário ("tenho péssimo humor de manhã"). Pode?

Segue um texto que fiz sobre Horário Comercial:

Academia é uma empresa – respeite o horário comercial.

Nestes últimos cinco meses do Departamento de Atendimento e Consultoria de Academias, a Body Systems se deparou com um obstáculo quase instransponível para o bom atendimento deste setor: a ausências dos proprietários/gestores em suas academias no horário comercial.

O horário comercial, estipulado nos últimos séculos justamente por serem os horários em que o ser humano é mais produtivo, compreende aquele intervalo entre 08:00 h e 18:00 h.

Contudo, as academias, justamente por prestar serviços para a grande parcela dos que trabalham no horário comercial, percebem uma maior ocupação em horários pouco convencionais – 18:30 h em diante.

Para gerir uma academia, o proprietário deve ter, à sua disposição, todos os recursos humanos e espaços de tempo necessários para as tomadas de decisão. Pense bem: no horário comercial TODOS os seus fornecedores podem atendê-lo, a academia não está tão lotada e você tem tempo para um check-list nos aparelhos de musculação, uma reunião com a equipe de recepção, uma reunião técnica com seus profissionais. Imagine uma reunião com as recepcionistas às 19:00 h... impossível!

Em algumas de nossas ligações para academias, deparamo-nos com pérolas como: “o proprietário não está... ele está trabalhando!”. Ora, em academia não se trabalha?

Os exemplos de sucesso confirmam os conselhos dos avós de nossos avós: “o olho do dono é que engorda o gado”.

Encarar o horário comercial como o melhor momento para cuidar da sua academia permitirá que o proprietário utilize sua empresa como cliente, usando os equipamentos, o chuveiro, as aulas de ginástica e, assim, ouvir e sentir o que o seu cliente sente e fala nos horários “críticos”.

Coloquemos os fatos como testemunha: quantas vezes tomamos atitudes preventivas em horários de pico? Com todas as esteiras em uso, é fácil perceber um “barulho estranho”? E o que fazer com a esteira estragada às 20:00h?

A ação de um gestor é estratégica e preventiva. Essas são as prerrogativas para o sucesso de todo empreendimento.

A Body Systems está à sua disposição, em busca de resultados consistentes e práticos, no horário comercial. Conte conosco!

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Amigos e Lembranças

Inicio este post agradecendo a galera; mais uma vez... Fico feliz em receber seus comments e sugestões, e a média de acessos de 145/dia, nesta semana, deixou-me surpreso. Valeu! Feedbacks serão sempre bem vindos!

Tenho uma percepção, cada vez menos distante da realidade, da minha capacidade profissional. Enxergo o que tenho de bom para oferecer e aonde não tenho dom nenhum. Salvo poucos grandes enganos, minha habilidade de descobrir talentos sempre me rendeu bons frutos. Exemplo: saímos para almoçar após uma consultoria em uma das unidades da academia Fórmula quando percebi a maneira cortês e diretiva com que uma atendente acomodava os que esperavam na fila. Sorriso, contato visual, diligência e articulação. Chamei-a na mesma hora, pedi à diretora da academia (querida amiga) um cartão, e disse: "você quer crescer na vida? Procure o gerente e marque uma entrevista". Hoje, aos 19 anos (2 anos depois deste dia) ela é supervisora de atendimento.

Outras pessoas, descobri nestes pouco mais de10 anos de mercado - e fui descoberto também. Essas pessoas, para quem ofereci minha mão e minha experiência, e que me retribuíram com lealdade, criei um vínculo meio "Saint-Exupéryano" Devo ter levado a sério o livro que meu pai me deu na sua primeira visita pós-desmanche da família feliz.

Ontem tive uma boa surpresa com a visita de um casal de amigos, ambos meus ex-estagiários. Ela, linda e tímida, estudiosa e crítica, dava-me certeza de que um dia deslancharia; ele, dono de uma perseverança e auto-estima que movem montanhas. Ela, recrutada em um processo seletivo aonde demonstrou conhecimento e vontade de aprender. Ele, recrutado depois de uma entrevista onde se comparava, em beleza, com o Tom Cruise (tem ou não tem automotivação, o menino?) e dono de habilidade motora e ambição positiva. Estão juntos desde então e orientados para o sucesso. Sinto-me responsável pro eles...

Vê-los me fez reavaliar minha conduta dos últimos anos. Os primeiros (quando pedia um refrigerante com muito limão no copo para, depois do refri, ainda espremer o limão com a água do gelo para não ter que pedir outro), sonhador e idealista. Depois veio o deslumbre, natural para quem tem 24 anos de idade e detentor do direito de permitir profissionais (20 anos mais velhos, algumas vezes) trabalharem ou não com um programa recém-lançado e motivo de desejo (o programa, não eu).

Hoje, procuro solidez na minha carreira, com uma visão otimista, mas consistente. Minha busca pessoal é pela felicidade e humildade. Certa vez, minha mãe me disse: "Filho, que você nunca tenha que olhar para o chão; mas se o fizer, que seja uma atitude de humildade, virtude dos grandes homens". Conto com vocês, meus amigos de todos os lugares!

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Ensaio

Tenho pensado em enveredar para os romances, tipo ensaio - coisa humilde. Mais ou menos assim:

Dia sim, dia não, aquela voz inconfundível lhe dizia alô. Alguns dias mais rouca - "hoje ela chorou", pensava ele - outros dias com esperança.

Sabia que algo, bom ou ruim, tinha acontecido na vida daquela anônima cliente pelo tipo de filme que ela procurava. Afinal, em 4 anos como atendente naquela locadora, tinha desenvolvido uma relação do humor do cidadão com o filme escolhido. Conhecia filmes e conhecia pessoas. Não se concebe um sujeito comum, cabelo partido de lado (meio criado por vó), camisa pra dentro da calça chegando na locadora sedento pelo "Trainspotting" ou "Laranja Mecânica" - Se você encontrar um assim, saiba: ele tem uma uzzi e vai usá-la em um shopping qualquer.

Anyway, naquele dia (um dia "sim") ela não ligou. Achou estranho, pois a última pedida tinha sido "Barfly, Condenados Pelo Vício". Ela estava mal!

Não a conhecia, só o nome: Vera. Em um primeiro momento, decorara o nome pois, todas as vezes que ela falava Vera (com o sotaque típico carioca), na sua cabeça cantava: "..Does anybody here remember Vera Lynn? Remember how she said that: 'We would meet again, some sunny day'. Vera! Vera! What has become of you? Does anybody else in here feel the way I do ?" do trecho de The Wall. Depois, passou a sentir falta do "douze", "góixto" que não demorou a perceber que era "doze" e "gosto".

Sempre que reservava um filme (atenção dada só a ela), um funcionário do escritório buscava o dvd.

Pensava nisso quando faltavam 5 minutos para fechar. Do nada, ouviu: "Jorge?" Não seria difícil para ele, contando esse primeiro encontro meses e meses depois, descrever a sensação que teve quando olhou para trás e a viu pela primeira vez.

Era ela! A voz rouca e sua expressão perdida a deixou mais...MULHER.

"Ainda dá tempo?", ela perguntou. "Pra você, sempre!" disse, já se arrependendo da canalhice. Ela riu, achando graça no galanteio e pediu: "Quero que você me indique um filme, um alegre, pode até ter 'Amor' no título. Cheguei a conclusão de que um ano foi tempo suficiente para velar um namoro falido." E ali ficaram por horas e, depois de transarem pela segunda vez, decidiram que era hora de ir embora.


Decodificando

Vou aproveitar o comment da minha querida Tânia para compartilhar com vocês um leve trauma (já previamente comentado e trabalhado) e um hábito adquirido.

Como meu pai recebia de todos os filhos a "oferenda da gratidão" em forma do mais gostoso e exclusivo chocolate da caixa (ópera ou opereta, não me lembro bem o nome do chocolate branco da Garoto) eu, como protesto à lá punho fechado do Reinaldo REI na comemoração de seus gols pelo glorioso Galo, colocava um chocolate inteiro na boca, e que resultava em discursos de Workshop sobre "comer com parcimônia". É, Pai... ainda nessa semana você me falava sobre comer com parcimônia as deliciosas pizzas de calabresa que você fez pra mim, lembra?

Assim, descobri o "crocante", que além de saboroso vinha em maior quantidade - 3.

Muito bem, depois dessa mini-análise, já me sinto melhor. Que outro se adiante e fale de um trauma. Pode começar assim: "Oi, eu sou o Bruce. Não como peixe há 3 dias!"

Então tá

Então tá; convite feito, convite aceito. Primeira sessão de cinema do ano - um ano que promete -, ingresso comprado pela Internet, solteiro e acompanhado pelo melhor amigo, fui assistir "Meu Tio Matou um Cara". "Cinema nacional, vamos prestigiar" pensei. Até porque as últimas experiências foram felizes (curiosamente estreladas pelo Selton Melo, virtuoso).

Três coisas me fazem pagar mais caro pelo Cinemark: a pipoca, regada de manteiga, a poltrona(não é assento, é POLTRONA) e o som.

Chegando lá, fila quilométrica para a pipoca, abri mão. Conforto da poltrona, impecável.
Acomodado, surge o primeiro trailler: STAR WARS! O Filme!!!, ainda que trailler. Aquele que falta, aquele que muitos morreram sem ver, aquele que o final não é feliz, o mocinho com cara de anjo fica mau (o que foi, novidade? Te contei o final?). Mas... D U B L A D O ? ? ? Pensei, com raiva: "Cês tão loucos? Perderam a noção do ridículo?" Será que isso significa que teremos sessões do filme DUBLADO? Filmes que na década de 70 tinham censura 14 anos, dublados? Não consegui prestar atenção em mais nada, em trailler algum. Quem me conhece sabe que adoro trailler.

Só me atentei quando, antes de começar o filme, veio uma quantidade de: Produzido por, patrocinado por, incentivado por, distribuído por, rezado o terço por...de Brahma a Tim, passando pelo governo federal e pela mãe Dinah. Filme brasileiro...

Na boa, o "homem da história" não convenceu como homem; os meninos travaram os diálogos (por essas interpretações, seria justo que o Ricardo Macchi concorresse ao Oscar na pele do Cigano Igor) e as únicas coisas que prestaram foram duas inserções da Deborah Secco (é assim mesmo?) em trajes sumários.
E o som? Ora mais baixo, ora mais alto, típico problema na edição do filme. Lembrei-me da época em que eu gravava vinil em k7. Ao menos as músicas são bacanas.

Conclusão: foi uma bosta!

Mas, pelo menos, a companhia do amigo para comentar o filme, certo? É... bem... poderíamos comentar, caso ele não tivesse outra coisa pra fazer durante o filme: roncar!

terça-feira, janeiro 04, 2005

Check-in

Tenho a incumbência de, a cada três meses, nutrir uma coluna no jornal BS News. Esta coluna, chamada Check-in, tem como objetivo falar das cidades-sede dos Workshops Body Systems, eventos que reciclam os profissionais treinados por nós (atualmente, pouco mais de 8.000 ativos).

Segue o que eu fiz sobre BH, minha amada cidade (especial thanx ao editor Dutrinha):

Sejam bem vindos, este é o vôo BS001. Acomodem suas bagagens de mão no compartimento acima das poltronas ou embaixo da cadeira, à sua frente. Aparelhos eletrônicos deverão permanecer desligados, bem como telefones celulares. Sou o comandante Christian, e tenho o prazer de te convidar a conhecer as cidades-sede dos nossos Workshops, bem como cidades pitorescas deste nosso Brasil. Obrigado por escolher o jeito Body Systems de viajar!

O sotaque é inconfundível, bem como a culinária e moda, além da maneira especial de receber um convidado. Você será meu convidado a desvendar a magia da cidade mais fashion do Brasil: Belo Horizonte.

Circundada pela Serra do Curral e, originalmente, pela Av. do Contorno, Belo Horizonte foi planejada para ser a nova capital mineira e foi “inaugurada” em 1897. Inicialmente projetada para 200 mil habitantes, ultrapassa a casa dos 3 milhões com todas as características de cidade não planejada (bairros elegantes como o São Luiz e Bandeirantes contrastam com favelas como a do bairro Santa Lúcia). Avenidas como a Antônio Carlos, bem como a Catalão (Carlos Luz) e a já famosa Av. do Contorno sofrem com o engarrafamento nos horários de pico.Mas nada que a noite de BH não recompense!

Aliás, é na noite que Belo Horizonte mostra toda a sua alma boêmia. A “cidade dos botecos” justifica sua fama quando se saboreia o chope no Maria de Lourdes, ou no Krugg Bier, bares em que se aproveita o melhor da cevada. E, se essa é a sua primeira visita a esta cidade, é no boteco que você experimenta os quitutes mineiros: bolinho de feijão, os caldos de mandioca e feijão (com torresmo, claro!). E, para os mais românticos (esse é o meu caso), existem lugares que convidam os casais apaixonados a declararem seus sentimentos. Minha recomendação para um final de semana promissor é levar a pessoa amada para curtir o Era Uma Vez Um Chalezinho, lá no Seis Pistas. Esse programa pode ser o passaporte para uma noite inesquecível...

Se o programa é gastronômico, o problema é escolher dentre tantas alternativas: Xapuri com um rodízio de doces que aumenta a glicemia só de ver a lista dos 36 tipos de doces; Rancho Fundo, point dos meus domingos e um self service mineiro da melhor qualidade; Néctar da Serra, para os mais lights (além de um suco maravilhoso, você se diverte escolhendo os ingredientes da salada mais personalizada que conheço).

E quanta gente linda! Dentre as cidades que conheço, BH é um colírio ambulante. Como tem gente bonita, sô! Uma ida ao Café Cancun, ou ao restrito Na Sala, bem como na boate do PIC é o suficiente para acreditar que o Céu existe e fica nas montanhas. Pessoas produzidas com bom gosto, usando de toda a criatividade da moda mineira, com as raízes nas rendas e bordados com que as moçoilas se vestiam ainda nas fazendas de gado leiteiro e café. As feiras de artesanato – Feira Hippie na Av. Afonso Pena e a Feira de Artesanato do Mineirinho – suprem as necessidades de novos adereços, tanto pessoais quanto para a casa. Mas, como é a céu aberto, é recomendável o passeio até as 09 da manhã. Depois, aproveite para passear no Parque Municipal ou na orla da Pampulha. Nada como um passeio nas áreas verdes de BH para um bom bate papo.

E como é agradável um bate papo com o sotaque típico de BH! Como toda cidade planejada, Belo Horizonte foi povoada com pessoas vindas de todos os lados. Com um sotaque que destoa das outras regiões de Minas, quem conhece Belo Horizonte sabe que todo belorizontino termina a frase sem a última sílaba, que o “r” é meio carioca e que o “s” é paulista. A entonação é um tanto nordestina e o jeito é matreiro. Ou seja: único! Expressões como “nó” ou “nu” são típicas e querem dizer: Nossa Senhora da Aparecida do Perpétuo Socorro. O “nó” expressa uma admiração e o “nu” uma surpresa. Tudo é “trem”, geralmente acompanhado de um “bão”.

Então, “bão” mesmo é conhecer BH, experimentar a hospitalidade mineira, aproveitar os lugares e encantos desta cidade. Por que não fazer o próximo Workshop em BH? “Os treinadores e professores de Belo Horizonte estarão te esperan”.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Agradecimento e pedido

Não poderia deixar de agradecer aos mais de 30 acessos diários neste Blog, aos muitos amigos conhecidos (que acessaram por insistência minha) e àqueles que não conheço, mas que me dão muita alegria ao me visitar aqui.

Contudo, peço-lhes: deixem seus comentários! Não há nada mais motivante que um comentário; até, porque, seria legal trocar mais idéias e aprofundar em determinado assunto.Encontrar um "zero" é, na boa, brochante...
Já adianto que mudarei de endereço, dentro em breve, e colocarei um nome neste Blog. A propósito, gostaria de sugestões sobre o nome.