quinta-feira, março 31, 2005

Final de expediente na firma (quer coisa mais “mano” que isto?), acabei de elaborar o meu Top Five dos brinquedos que nunca tive e sempre amei:

  • Mobilete
  • Acqua Play (qualquer um)
  • Gênius
  • Autorama
  • Carrinho de controle remoto (qualquer um)

Pois bem, conversávamos sobre brinquedos e o bem (ou mal) que eles fazem na vida das crianças, tale coisa, quando um grande amigo disse:

- “O meu Gênius funciona até hoje. Tenho um Stratus que parece que tirei da caixa ontem. Minha pista de autorama era muito grande. Acqua Play? Tive o de basquete, um de jogo da velha...”

- “Mas Véio, será que foi o fato de você ter tudo que te fez optar por ser gay?”, perguntei.

- “Não, foi o Falcon Olhos de Águia”, respondeu. “Eu me apaixonei por ele. E tem mais: o Ken não é o namorado da Barbie. É a bicha amiga dela”.

Conversando com amigos recém-chegados de além-mar, constatei que crianças com menos de 7 anos não podem embarcar em aviões com viagem de longa duração. Mais do que 45 minutos ninguém suporta. Birras, choros, bagunças, atitudes insuportáveis. É estressante. É uma covardia com os outros passageiros; eles não as geraram, não participaram do bem-bom, não têm obrigação civil. Por que os passageiros devem arcar com o ônus de uma criança gritando, durante 10 horas, “eu quero, eu quero”? E aquela avó que deixa a menininha de 11 meses brincar com o copo de suco de laranja? Deveria ser autuada em flagrante. Não será na calça dela que a coitadinha derramará o líquido amarelo. E pra dormir?

Isso traumatiza as pessoas. A diminuição da compra de bilhetes aéreos deve estar vinculada ao aumento de crianças viajando de avião.

Em 2000 eu embarquei para a França, a trabalho (lógico). Já estava pedindo a Deus “qualquer coisa, menos uma criança birrenta ao meu lado”. Deus me atendeu e, ao que pareceu naquele momento, presenteou-me. Uma loira, linda, chique, cheia de delicadezas. Mas distante. Não queria muito papo. Mas eu queria e falei até quebrar o gelo. Ficamos amigos. Ela morava em Milão há muitos anos, o que justificava o sotaque. Já estava achando que, “quem sabe?”, não poderia rolar algo mais... Quando estávamos para aterrissar, recebemos os documentos de imigração para preencher.
- “Estou sem escrever em português faz tempo, você me faz esse favor?”
- “Claro que sim, querida. A propósito, qual é mesmo o seu nome?”
- "O nome tal qual está no passaporte?"
- Temo que sim, querida! Nada de apelidos."
- “Fábio!”

Se tivesse rolado, com certeza teria algo a mais... Deus havia me castigado!

quarta-feira, março 30, 2005

Páginas Amarelas

Não sou adepto da máxima esse-é-o-meu-blog-e-escrevo-o-que-eu-quiser, por isso peço autorização para escrever uma "reportagem", fruto de um bate-papo real.

Suellen Aparecida é uma vencedora!

Nesta edição da sua revista Sex On The Beach trouxemos para você, nosso prestimoso leitor, um relato, uma quase biografia autorizada, um esclarecimento sobre um tema controverso e quase nunca abordado.

Por ser esta a nossa linha editorial, a da ousadia, abordamos um tabu com uma das mulheres que mais entendem do assunto.

Sex On The Beach: Você gosta de sexo anal?
Suellen Aparecida: Fiquei meio tentada agumas vezes e pensei em experimentar, tenho que confessar...
SOTB: Relaxe e me fale a respeito.
SA: Mas não venha dizendo que eu gosto, porque eu não fiz ainda...
SOTB: Fique tranquila! Publicarei apenas o que você disser. Se bem que a tentação não é típica de quem detesta, odeia...
SA: E outra, quem tem próstata pra ser estimulada é homem, não eu!
SOTB: É verdade, estudos científicos mostram que pode ser estimulada. Isso deve ser bom para quem precisa de outros estímulos. No caso da mulher existem teorias, que você pode me ajudar na pesquisa...
SA: Só depois do casamento!
SOTB: Este seu comportamento é levemente joselito, peço que não tergiverse!
SA:O que é tergiversar? E não em chama de joselita!
SOTB:Tergiversar é a ação de um sujeito que pega algo do assunto e correlaciona com um assunto totalmente diferente. É o famoso "e por falar em sujeito, o predicado..." Manja? nada a ver...
SA: Sim, mas não se aplica ao meu caso!
SOTB: Eu queria falar sobre a minha teoria do porquê as mulheres aceitam o sexo anal....E vc vem com "só depois do casamento"... Podemos voltar ao cerne da questão?
SA: Para de me chamar de joselita! Podemos.
SOTB: Eu queria entender o papel do sexo anal, quando as mulheres não tem um porquê aparente... Tem a ver com a dominação?
SA: Acho que sim...
SOTB: Tem a ver com a dor?
SA: Eu nao curto dor por si só mas tem a ver com dominação 100%.
SOTB: Você me disse que sente tesão na posição de 4. Fale mais.
SA: Porque eu sei todos os homens querem. Essa é a primeira parte. A segunda tem a ver com a sensação (ai to com tesão!) do homem me dominando, sendo o MACHO, agarrando meu cabelo (eu to morrendo de tesao! to até tonta e com a mão fria...). a sensação, pra mim, é maravilhosa!
SOTB: Qual sensação?
SA: De ser dominada! Não tem nada com dor... mas a dor é conseqüência. Tive uma tentativa, tava doendo mas eu nao tava ligando. Mas no dia seguinte...
SOTB: E hoje já tá com vontade? Vai entender...
SA: Mulheres...

terça-feira, março 29, 2005

Perfil Comportamental - Manual

Perfil Comportamental, uma análise nada ortodoxa:

Começo os meu 31 anos com uma análise de alguns comportamentos, que gostaria de compartilhar com você.

O comportamento Xiita: Uma das formas mais retrógradas de se posicionar sobre qualquer tipo de assunto. O xiita se nega a reavaliar suas crenças e suas posições. Não evolui! Existem, contudo, duas correntes dentro deste estilo:

  • O xiita-consistente: sabe o que fala; tem conhecimento (específico) de causa.
  • O xiita-vassalo, geralmente fã (ou assecla) do xiita-consistente: reproduz os pensamentos/dogmas do xiita-consistente mas, com um mínimo de argumentos contrários, revela-se medroso e sem capacidade de sustentar suas crenças.

O comportamento Joselito: Este é o que mais me irrita. Leso, lerdo, sem noção. Dono de comentários "nada a ver"; não só tergiversa como fala coisas que, em momento algum, foram aventadas. Ou dá as famosas mancadas, bundadas, manotas, oreiadas, que deixam outras pessoas em situação complicada. E o pior: nem percebe! “Puta virgem” que, assombrada, conclui: “Oh, ele me comeu!”

O comportamento Glenn Close: Então tá, os dois se encontram e, a partir de um bate papo, um olhar de desejo recíproco e a coragem de um dos dois em se declarar, acabam na cama (ou no carro, ou atrás da bananeira...). O glennclosismo (contribuição dada pelo mestre das letras à nossa língua, Master Sacripas) é aquele típico comportamento de quem quer mijar em todos os postes, demarcar território, tentando mostrar para todos em volta que aquele (a) ali tem dono (a). Não admite que outras pessoas se aproximem pois, como eles transaram, agora um pertence ao outro. Só que o outro não pensa assim, mas passa a sofrer marcação cerrada e, em alguns casos, violenta.

Obs.: Existem casos já comprovados de uma fusão entre o Joselitismo e o Glennclosismo. Seria cômico se não fosse trágico!

O comportamento PSDB: Sempre disposto a concordar com ambas as partes, não se posiciona e tampouco compra o boi de alguém. Vem sempre acompanhado da frase “concordo com você, neste ponto; e com você neste outro ponto”, para todos os querelantes. Por mais que pareça, este indivíduo está muito distante da condição Jedi, por não ter uma postura firme e decidida sobre a questão em si ou em qualquer outra na vida, da pessoa enquanto ser humano...

O comportamento Jedi: Seres com bondade no coração, capacidade de ouvir e habilidade de transmitir O conhecimento. Seres dotados da Força, conhecedores do poder dos mid-clorians, conhecedores da História. Respeitam mas lutam contra o poder dos Siths. Conseguem associar o Planeta Tatooine com o futuro da galáxia. O Jedi tem crenças, mas sabe ouvir quem as negam. O Jedi defende sua tese, mas não desdenha do ignorante. O Jedi sabe a hora de calar, mas quando fala cada palavra se mostra necessária. O Jedi ama (é bem verdade que o amor o confunde, pois o Jedi não é um ser perfeito), sonha e erra. Convence, contra-ataca, orienta (através de feedbacks) e vence. Também se divide em 2 correntes. Para classificá-las, faz-se mister lembrar as fases de (in)consciência da (in)competência:

  1. Incompetência Inconsciente: Não sabe que não sabe.
  2. Incompetência Consciente: Sabe que não sabe.
  3. Competência Consciente: Para fazer a coisa certa, precisa estar atento.
  4. Competência Inconsciente: Não precisa fazer esforço para fazer a coisa certa

Vamos para as classificações:

  • Padawan: Aprendiz de Jedi, pode ter migrado de qualquer outro estilo comportamental, pois teve conhecimento da sua condição e optou pela mudança. Necessário o estudo histórico (ter todos os capítulos da saga e saber como a França foi tratada no final da 2ª Guerra é o mínimo), bem como o estudo da arte da guerra, a arte da negociação, técnicas de persuasão e guerrilha, bem como o estudo bíblico (melhor manual de bom comportamento não há). Não pode ser reativo aos feedbacks.
  • Master Jedi: Coloca tudo em prática, e nem se dá conta. E espera com fervor pelo 19 de maio de 2005.

Quem é você?

À esquerda de cada uma das características, identifique nos espaços abaixo quais são os comportamentos MAIS característicos da sua personalidade e os MENOS característicos em cada uma das situações identificadas.

Da esquerda para a direita, assinale 4 à esquerda do comportamento MAIS característico, 3 para o próximo comportamento mais característico, 2 e finalmente 1 para os comportamentos MENOS característicos.

  • ٱdiretivo ٱpresunçoso ٱestável ٱnão entendi
  • ٱconfiante ٱansioso ٱdeliberativo ٱnão entendi
  • ٱracional ٱatrevido ٱprevisível ٱnão entendi
  • ٱdecidido ٱliga o foda-se ٱinfluenciável ٱnão entendi
  • ٱdestemido ٱ irresponsável ٱmedroso ٱnão entendi
  • ٱincansável ٱemocional ٱcheio de dedos ٱnão entendi
  • ٱpreciso ٱtosco ٱflexível ٱnão entendi
  • ٱpersistente ٱfalante ٱcara de paisagem ٱnão entendi
  • ٱiniciativa ٱse acha sedutor ٱse acha amigável ٱ não entendi
  • ٱforte ٱsensível ٱnão é sincero ٱnão entendi
  • ٱtotal ٱtotal ٱtotal ٱ total

Some cada coluna (não deu para colar uma tabela aqui, portanto sejam bondosos ao entender a "coluna").

- 1ª coluna: Coeficiente Jedi

- 2ª coluna: Coeficiente Glenn Close

- 3ª coluna: Coeficiente PSDB

- 4ª coluna: Coeficiente Joselito

domingo, março 27, 2005

Gostaria de agradecer os votos de parabéns para mim, nesta data querida.

Obrigado, de coração!

sexta-feira, março 25, 2005

Todas as vezes que o Homem faz uma viagem ao espaço, um dos momentos mais aflitivos da trip é a reentrada à atmosfera terrestre, pois é extremamente delicada. Erros de cálculo podem fazer com que a nave ricocheteie (como quando jogamos uma pedra na água paralelamente à superfície), ou seja incinerada.

A minha reentrada ao Brasil trouxe-me algumas conseqüências.

Nada de americanismos! Mas uma sensação de que somos governados por incompetentes que, para sanar as contas públicas e empurrar para debaixo do tapete toda a incapacidade de administrar o bem público, extorquem-nos com impostos absurdos.

Não me venham dizer que estão travados pela dificuldade de se fazer as reformas necessárias. Eles NÃO sabem o que fazer. Só copiam o que já estava lá e não fazem nada de diferente.

É isso: nosso país é governado por faxineiras porcas e que não gostam e não sabem trabalhar.

Comprei uma câmera que me custou US$229.00 + US$18.00 de imposto. Aqui ela custa, na Americanas.com, R$1.699,00 - isso porque estão "dando" um desconto de R$300,00 (http://cinefoto.americanas.com.br/cgi-bin/WebObjects/eacom.woa/wa/group?grpId=13650). R$1020,00 é de "custo-Brasil".

Um Nike Shox aqui é o dobro do preço. Lá custa US$110.00 e aqui R$600,00.

Pare e pense. Se 3 pessoas que você conhece quisessem comprar uma máquina e 5 quisessem comprar um tênis, a diferença pagaria uma passagem para lá, mais hospedagem por 4 dias. Você viajaria, gastaria uma metade de uma manhã fazendo essas compras, e o resto do tempo... Bem, isso é com você. Você poderia gastar seu tempo pensando: como é que fomos ser tão burros assim para aceitar esse sistema tributário-enrabador que temos no Brasil?

Mas não gaste todo o tempo com isso, passeie também! E compre algumas coisas pra mim.

quinta-feira, março 24, 2005

Um post com acento.

Cheguei em NY quase 2 da tarde. Um frio delicioso que me fez lembrar de Itamonte no inverno, com geada às 5 da manhã (quando eu acordava para pedir carona na estrada. Mas isso é uma outra história).

Peguei minha mochila, joguei nas costas e fui ver qual era a da Maçã. Túnel, prédio, lojas (muitas). Manhattam foi o que mais me impressionou, pois é um naco de terra lotado de prédios. Parece um carpaccio (de tão fina a camada de terra) com muito molho. O Empire State, a estátua...

“Deu! Lojas, prédios, pessoas dizendo 'sorry', 'thank you', 'please'... Quero ir embora” pensei. 9 da noite eu já estava no JFK implorando para ser encaixado no próximo vôo para o Brasil. E foi assim que cheguei no escritório, divertindo-me com a cara de espanto e feliz de saber que sentiram a minha falta.

A verdade é que eu quero passar meu aniversário aqui, perto das pessoas de quem eu gosto.

Meu aniversário sempre foi uma data bacana. Minha mãe fazia de tudo para passarmos juntos. Coisa de mãe; de dormir abraçado e acordar com ela...

Tem muitos anos que o meu aniversário é uma data como outra qualquer, mas não queria passá-lo longe.

segunda-feira, março 21, 2005

Mudanças de Planos

Estava ontem na Virgin quando senti o chão tremer. Pouca coisa e só algumas pessoas se assustaram. Chovia muito e, ao sair da loja, galhos no chão e coisas desarrumadas. Soube no Hotel que um tornado passara por aqui.

LA que nada! Não vou para Los Angeles. Embarco amanha para NY pois quero pegar um pouco da neve antes que a primavera derreta tudo. Várias multas para pagar: cancelamento de hotel, de carro, mudanças de itinerário. Mais barato seria ir para LA. But the question is: Who cares?

Meu e-mail resposta causou, como diria Master Sacripas, espécie. Estava assim: "Olá, muito obrigado pelo seu e-mail! Sinto não poder respondê-lo em tempo hábil, pois estou na Convenção da IHRSA, em San Francisco/CA. Estarei de volta no dia 29/março e, após organizar minha caixa postal (uns 1.000 e-mails) terei prazer em te retornar."

Piegas? Pernóstico? Custava alguém me dar um feedback para que eu reavaliasse, antes das pessoas comentarem?

Quando eu falo no poder do feedback...

Anyway!

Estava passeando pela Market Street e vi uma mulher muito louca que, de repente, largou o casaco que vestia e começou a dançar, uma dança ritmada ao som que só tocava em sua cabeça. Passos loucos e descordenados, como um tiozinho em uma balada, que dança da mesma forma um rap, um rock, um samba...

Na mesma hora saquei minha máquina, pois posso fazer pequenos vídeos (como toda digital faz). Quando ela viu que eu iria registrar, parou e se recompôs. Por que será? Alguma centelha de lucidez a fez despertar daquele transe ou foi o fato de eu não ter comprado os direitos autorais que a fez parar com a performance. Afinal de contas, estamos nos EUA e a propriedade aqui e coisa seria, inclusive a "intelecto-manicomial".

domingo, março 20, 2005

A única evidência de que esta cidade se tornou o QG gay mundial, até o dia de hoje, tinha sido uma bandeira de arco-íris que eu vi em um prédio. Mas hoje eles resolveram sair para a rua.

Nunca vi tanto viado! Eles estão se beijando na rua, andando de mão dada, tá um festival. Eu juro que nunca tinha visto nada igual. Teve um que, ao ver o meu espanto, perguntou-me: "Hey, man, do you want take a picture with us?"

Primeiro pensei que fosse o domingo. Vai ver domingo é dia de ir para a luta, rasgar a fantasia, subir nas tamancas, sei lá! Mas eis que li em um jornal: "Welcome, Spring!"

Então é isso! Primavera, término do inverno e época de acasalamento.

Diário de bordo...

Passeando pela feira de equipamentos (não, não tinha ninguém gritando: "olha a esteira! Vai esteira, freguês? Tá na promoção, só US$30,000.00!")e, de repente, sinto um agarrão por trás. Pensei: "Fodeu! Aqui as pessoas são convocadas para as fileiras arco-íris mesmo na marra..." Para a minha sorte e alegria, era a nossa amável Su, que também estava na IHRSA. Não com um crachá bocoió escrito "international", o jeito mais bacana que eles encontraram para prevenir o incáuto atendente de que, com aquele transeunte ali, a comunicação seria na base da boa vontade. Não! A Su estava com crachá de expositora, com um baita TAMPA, FL.

Passeio de bondinho, Pier 39, restaurante mexicano. A Su topou participar comigo. Obrigado Su, pela encantadora companhia!

Aconteceu, ontem, um dos momentos mais interessantes da minha vida profissional. Fui contactado por alguns empresários sul-americanos e conversamos sobre a possibilidade de um empreendimento gigantesco na América do Sul. Coisa profissa, com direito a jantar no Hyatt (aquele, da cobertura que gira). Acontece que, antes da reunião com os poderosos, convidei a Su para conhecer o Oceano Pacífico. Como todo bom mineiro, quis colocar meu pé (sapato) na areia, mesmo sabendo que dali a alguns minutos estaria falando sobre muito dinheiro... Surge um cachorro preto do mar e vem na minha direção querendo brincar. Tentando fugir da besta "terreno-marinha" não percebi que vinha uma onda. Ao perceber o perigo, saí correndo trupicando no cão, sempre no meu vácuo. A Su? Não conseguia nem ficar em pé do tanto que ria, a "companheira".

sexta-feira, março 18, 2005

Diário de Bordo 2, data estelar...

Aqui são 5 horas menos do que no Brasil. Acordo todos os dias 3 e meia da manhã, pois, normalmente, já acharia tarde acordar 8 e meia no Brasil. Mas nem por isso vou dormir muito cedo. 11 horas parece bacana (no Brasil seriam 4 da manhã...).

O evento todo acontece em um centro chamado Moscone Center. Enorme! Mas o café continental oferecido pelos organizadores acontece, todos os dias, no Marriott. Também, para uma inscrição de US$595.00, nada mais justo!

As palestras, bem como as festas de confraternização são muito organizadas. Ontem fui forçado a tomar umas New Castles e algumas Guiness, em honra a St. Patrick, de quem sei pouco mas a quem rendi várias homenagens. A primeira foto da minha super máquina (uma HP com 21X de zoom) foi para registrar esse momento etílico.

Alguns dos nomes mais fortes do esporte mundial tem nos falado por algumas horas. Agora, neste exato momento, Phil Jackson nos contava como abordou Michael Jordan e lhe disse que, a partir daquele instante, deveria deixar seus colegas participarem do jogo. Que o Chicago Bulls não seria um time de um jogador só. Lembrei-me da birra que o Master Sacripas nutri por Oscar...

E estava eu, quieto no meu canto, quando John McCarthy, CEO da IHRSA veio ao meu encontro e disse: "lembro-me de você... da IHRSA de São Paulo, certo?". Conversamos por 15 minutos sobre o mercado brasileiro e lhe entreguei uma pasta da BS, com nosso material publicitário (óbvio, com os jornais com minhas colunas). Ele me perguntou se eu estaria na IHRSA de SP para nos encontrarmos (nao Kako, não tem nenhuma viadagem, eu acho...) e todas as amenidades que se espera de uma das figuras mais carismáticas do mundo fitness.

Estou me sentindo bem!

Vou jantar hoje no Pier 39, apesar da chuvinha que cai insistentemente.

Saudades!

quinta-feira, março 17, 2005

Diário de Bordo

Happy St. Patrick's Day!!!

É isso mesmo, meus caros amigos, here I am.

Viagem tranqüla, ninguém ao meu lado, aproveitei a baixa estatura para me contorcer e dormir. Nao dormi! Cheguei 5 a.m. Miami local time e fui rejeitado 3 vezes na alfândega, pois como toda boa anta, nao preenchi o papelzinho direito. Insisti e o tio deixou que eu adentrasse na casa do Tio Sam.

Primeira impressão: só consiguia entender a última palavra de cada frase e, como sentimental que sou, entendia da forma mais positiva o que dirigiam para mim.

Embarquei para San Francisco logo em seguida e lá fui eu. Comecei a prestar atenção na maneira como as pessoas pediam as coisas, e aos poucos vi que entendia também a primeira palavra da frase. O resultado trágico foi que todos percebiam que sou estrangeiro. E eu jurava que ninguem notaria pois havia treinado o meu "chicotch acchent", if you know what I mean...

Cheguei em Frisco. Que emoção!!! Dupla, uma de alegria e a outra do medo de perceber que, a partir daquele momento, a obrigação da cia aérea de cuidar de mim acabara e o controle passara para as minhas mãos. Depois de uma hora (juro, foi uma hora), formulei a frase para que o caboclo tivesse todas as informacoes necessarias para me ajudar. Foi complexo: Do you know where the Ellis Street, please?

De cara, o cara da van que me levou levou 10 bucks na maior. Eu vi que tinham dado 15 e ele me cobrou 25. Bem feito quando sofrem com arrastão!

E o meu hotel. Ellis Street pode tambem ser chamada de Rua Aurora, só que sem Bar do Léo e com quengas de qualidade (nao sei, presumo eu!).

A Convenção é um verdadeiro show! Palestras maravilhosas (agora eu já entendo o contexto das frases), menos uma que se chamava "Como Perder o Emprego em 10 Dias". O cara perdeu todos os participantes em 10 minutos... Uma média de 8 palestras simultâneas e uma das melhores até agora foi a do Gen. Jack Franks, general 4 estrelas que comandou o ataque ao Talibã, sobre foco, liderança, visão, paixão pelo que se faz... Fantástico.

Festa de St. Patrick ducarai, com direito a músicas, comidas típicas e tudo mais. E, depois, Cheese Cake Factory. Quer mais?

Depois eu conto, pois estou na loja da Apple, "testando" um Power Mac 5, uma bagatela de US$3,499.00. Último detalhe: ficaremos ricos, Tio Randas! Comprei 15 pulseirinhas e, pela cotação, levarei mais 30. Pai, saudades! Beijos para todAS!

segunda-feira, março 14, 2005

Medo, pânico, pavor e desespero, seriam as palavras utilizadas pelo Master Sacripas para descrever os sentimentos de um sujeito na estúpida possibilidade de cometer um ato insano e dar uns catos numa nêga feia, com um marido 3 vezes maior do que ele (é o caso de um colega nosso, cujo nome será mantido em sigilo por uma questão de ética "camaradal").

Viajo amanhã para a IHRSA (www.ihrsa.org/brazil) em San Francisco. O evento mais importante do "negócio fitness" do mundo. 4 dias de novidades, bons negócios e relacionamentos. Dia 19 acaba. Ficarei lá até domingo (20/mar) e, com um carro já alugado, irei para Los Angeles. No dia 23 embarco para NY, já com ingressos do Fantasma da Ópera e para um jogo do Knicks já orçados e na esperança de encontrá-los lá, à minha espera. No domingo de Páscoa e do meu aniversário estarei longe. Pai, crianças, todos, pensarei em vocês. Muito! Dia 29 desembarco para os lados de cá, com novidades, dívidas, e compras, muitas compras (e aquele sorrisinho do tipo: não vai me perguntar como foi?).

Confiante no meu inglês, seguro viajando sozinho, tranqüilo com relação à grana?

Só não estou com mais medo e mais desespero do que o necessário e sentido ao dar uns catos em mulher feia, com um marido...
Mais lembranças da infância...

É comum, nas conversas com amigos, aparecerem reclamações das atitudes paternas, do tipo: “meu pai achava o máximo eu participar das suas coisas, como se todo filho quisesse realmente participar daquelas coisas chatas, como lavar o carro, ir à banca de revista compra O Globo, e tal. Meu pai não se preocupava em participar das MINHAS coisas...” e por aí vão os lamentos.

Comigo foi assim também! Lembro-me que, no domingo pela manhã, justo quando passavam os melhores desenhos (Tom & Jerry, O Manda-Chuva), eu me via obrigado a tirar as folhas caídas do jardim, aspirar a piscina, lavar a roda do Corcel II (com atenção especial para os frisos da roda de magnésio), buscar O Estado de Minas e o JB na banca... E eu detestava! Mas me lembro da alegria do meu pai em dizer que ali estava seu companheirinho, seu co-piloto e um sem número de patentes e postos advindos da confiança que eu batalhava para conquistar.

Neste final de semana, eis que a história se repetiu, e de uma forma inusitada.

Fui para BH e meu pai já me esperava: “vamos fazer um churrasco para os peões da reforma da casa do Itapoã (bairro de BH, não praia baiana), e preciso de você”. E aí fomos comprar cerveja, gelo e os etc necessários para a ocasião. O que eu gostaria? De ir ao Mineirão? De ir ao clube e dormir debaixo do sol? Não, simplesmente me sentir importante para ele como antigamente. Busquei minhas filhas (como é bom estar com elas!) e, para perpetuar a tradição, elas fizeram exatamente o que eu queria. Para mim, nos divertimos muito!

sexta-feira, março 11, 2005

A Música sempre foi minha companheira inseparável!

Cresci em uma casa em que se ouvia Rachmaninov e Chico Buarque. Aos finais de semana íamos para Sete Lagoas, onde ficávamos horas ouvindo meu pai ao piano. Tanto meu pai quanto minha mãe faziam questão de que seus filhos ouvissem exatamente o que eles gostavam e no último volume. Quando concediam a permissão para ouvir um Balão Mágico ou Menudo (minhas irmãs, claro!), era por pouco tempo e bem baixo. As discussões, naturais de casais que estão com os dias contados, aconteciam coadjuvadas pela flauta de Zamfir e pela trilha sonora de Os Embalos.

Meu primeiro single foi do John, aquele tatuado no braço do Tio Randas, que tinha A MINHA MÚSICA: “Happy X-mas”(eu jurava que ele falava o meu nome!). Passei minha adolescência ouvindo de Johnny Rivers a Iron Maiden, passando por Ramones e Supertramp. Pink Floyd embalou todos os meus sonhos e minha imaginação e a Legião cantava em meu nome. Tinha verdadeiro pavor à música eletrônica.

Curiosamente essa mesma música eletrônica passou a ser uma das ferramentas do meu ganha-pão e, com o passar do tempo, era só o que eu ouvia (até mesmo para preparar as minhas aulas). E, durante 10 anos, não suportava ouvir música em casa, ou no carro, ou em qualquer outro lugar. Simplesmente tirei a música da minha vida.

Recuperado desse trauma, elaborei um Top Five das músicas que me acompanharam nos momentos de profunda fossa, daquelas que desarranjam o intestino e debulham o coração. Data de registro: a partir dos meus quinze anos. Não espero por aprovação, até porque foram o meu coração e a minha barriga que doeram na época:
  1. “Êxtase" (...eu nem sonhava te amar desse jeito) Guilherme Arantes
  2. “Vento No Litoral” Legião Urbana
  3. “Wish You’re Here” Pink Floyd
  4. “When You Say Nothing At All” Alison Kauss
  5. “Elephant Love Medley” Trilha Sonora do filme Moulin Rouge

quinta-feira, março 10, 2005

É muita correria... Hoje eu não tive nem tempo de respirar direito. Mas vale a pena! Olha que bacana:

Academia Workout: BH/MG

“FAZER ACONTECER É POSSÍVEL. Compartilhar idéias, unir forças e alcançar sempre mais resultados. Esta é a base da parceria que só pudemos comprovar no ano de 2004 entre a Body Systems e a Academia Workout.O ano de 2004 foi marcado pela insegurança financeira, ano difícil para muitas empresas de vários segmentos que foram obrigadas a fechar suas portas, aumentando assim o desemprego e contribuindo em muito para a queda da receita no ramo de fitness em todo o país. E foi exatamente neste período crítico que conhecemos realmente o trabalho da Body Systems, ao procurar o consultor administrativo Christian Munaier, quando pudemos comprovar os exemplos de bom atendimento aos clientes e a preocupação em auxiliar e apresentar soluções criativas, com iniciativa e bom senso, para os problemas manifestados pelas Academias. A Body Systems torce e acredita em nossa vitória. O suporte vai da elaboração de um quadro de horários a um planejamento financeiro. Vimos, em especial no Christian, um parceiro que nos alertou para que ficássemos sempre atentos às novas oportunidades que estão lá fora e podem ser aproveitadas, nos preparando para enfrentar riscos calculados, vislumbrar oportunidades, ler e interpretar cenários, entender melhor o nosso mercado de atuação, e todo este suporte nos colocou em contato direto com nossos clientes, com novas oportunidades e com novos resultados. Foram horas, dias, meses de conversas, trocas de idéias, erros, acertos, substituindo alguns profissionais até chegar a uma equipe unida que olhava para a mesma direção e, exatamente, em um dos meses mais fracos em nossa empresa nos superamos. Este apoio nos deu mais segurança para, no mês mais fraco do ano, termos coragem de investir mais na aquisição dos mini trampolins e de mais um programa: POWER JUMP. Soluções que brilham merecem aplausos."

quarta-feira, março 09, 2005

Assistitr a peça “O que Restou do Sagrado”, da galera do Cemitério de Carros, fez-me lembrar de momentos marcantes da minha vida.

Não tem nada a ver com a estória encenada!

Na peça, 7 pessoas (uma escritora lésbica, um executivo e sua secretária, uma atriz pornô, um motoqueiro “easy rider”, um magrelo alto e um padre), confessam seus pecados e mostram o conflito da fé e da falta dela. Passagens bíblicas interessantes e questionamentos comuns a nós, seres humanos imperfeitos.

Mas o que me fez lembrar dos tais momentos foi o fato dessa galera assumir o risco de fazer seu trabalho, mesmo que em um “teatro” improvisado entre cadeiras e colchonetes, sem o menor medo do que poderia ser um verdadeiro mico.

Ao contrário do que parece, foi muito bom.

Na volta para casa, entre diálogos tarantinianos com meus irmãos e na expectativa do Vechia Roma, lembrei-me dos meus 3 King Kongs (muito maiores do que micos):

  • Na festa das academias de BH, subi no balcão da boate e mostrei a primeira música de BODYCOMBAT da cidade. Imagine a galera dançando e, de repente, param a música e eu apareço em cima do balção...
  • No lançamento dos programas em uma academia, demos aula em cima de um trio elétrico na praça de Santa Luzia/MG. Detalhe: acontecia no mesmo lugar um evento infantil e só as crianças fizeram aula. Eu já não precisava vivenciar aquilo na altura do campeonato.
  • Aos 18 anos, apresentando uma dança country em um festival de Jazz (confessei o meu pecado, tá vendo?), a nêga deu um giro a mais e pulou nos meus braços sem muito equilíbrio... Em plena quadra de Itamonte.

terça-feira, março 08, 2005

Leituras saborosas

“Randicar”, “rodrigar”, “christianzar”, “maguzar”, “akiauzar”, são alguns dos termos mais corriqueiros no nosso escritório e fazem menção a um ato de alguém que lembra características marcantes de um dos personagens acima.

Quando dizemos “essa foi uma ‘rodrigada’”, significa que alguém lançou mão de uma piada ou trocadilho pretensamente engraçado, mas que só quem a contou riu (em algumas vezes chega a simular uma falta de ar, totalmente desmedida pelo teor da gracinha).

Mas o clímax acontece quando temos uma “randicada”. Este termo tem origem nas inserções do companheiro Randall, mestre das leis e das palavras que, quando toma do cajado e sobe a montanha, com as barbas crescendo e um olhar no horizonte, questiona: “vocês sabem o que significa (isso ou aquilo)?” E, sem o menor vacilo, discorre por tempo necessário sobre o tema e seus adjacentes. Já fomos do Rubicão a Rui Barbosa deleitando-nos com seu conhecimento.

Eis que sou presenteado com “A Origem Curiosa das Palavras”, de Márcio Bueno. Minha queridíssima amiga virtual Nathaly me surpreende com esse mimo que, como em um passe de mágica, transforma-se no “Manual da Randicagem”.

Que delícia de leitura! Viajamos através das origens de palavras e de algumas expressões... Obrigado Nath, você não sabe o bem que você me fez. Tão bem que te perdôo por não passear aqui de vez em quando. Você tem crédito na casa.

A primeira palavra que li, aleatoriamente, foi onanismo. Diz o Master Jedi Márcio Bueno (que autografou a obra, com carinho): “A origem do termo é a história do personagem bíblico Onã, do Velho Testamento. Tendo morrido seu irmão, foi-lhe ordenado que se casasse com a viúva, obedecendo a uma lei dos hebreus... Onã sempre interrompia a relação sexual pouco antes do orgasmo, completando o ato com a mão...”.

Existe todo um universo de palavras que eu não tinha idéia da origem e contava somente com a lembrança do Master Sacripas (que é virtuosa)! Este livro é muito legal. Até meus momentos “Billy Idol” ficaram mais cultos agora.

Obs.: Não me mandem um “Manual da Rodrigada”.

Pequeno texto

Esse pequeno texto fiz para mandarmos, por e-mail, às nossas professoras. Aproveito para homenagear você também.

Tenho a sensação de que ficou levemente machista, como não poderia deixar de ser; não sei ser de outra forma...

"Mulher, o mais precioso dos presentes concebidos por Deus, na Sua Criação, é a síntese de tudo. Vida capaz de gerar vida, batalhadora, conselheira e amiga.

"Em um mundo compartilhado e também comandado por mulheres, esta data define um dia para homenageá-las. 8 de março nos permite analisar a história da humanidade, repleta de obstáculos causados pela discriminação e superados pela sensibilidade, capacidade de ouvir o outro, vontade de vencer e uma habilidade natural de fazer o melhor.

"Merecedora de todas as homenagens, em todos os dias do ano, aproveitamos essa data para reafirmar nosso respeito por você, Educadora."

segunda-feira, março 07, 2005

Façamos um exercício de imaginação:

  • Imagine uma quadra poliesportiva de uma academia, no 3º andar de um shopping, com capacidade para 180 pessoas.
  • Lembre-se daquele caso da ponte que caiu porque, misteriosamente, todas as pessoas que passaram por ela na inauguração “marcharam” no mesmo ritmo, vibrando suas estruturas.
  • Imagine pouco mais de 200 professores sendo estimulados a pular, chutar e socar, todos ao mesmo tempo.
  • Imagine a quadra tremendo, como o Mineirão em dia de Atlético e Cruzeiro, os vidros vibrando como em um terremoto e a sensação de que tudo vai cair.
  • Imagine o tesão que é comandar esse vapor todo, 200 pessoas prestando atenção (tudo bem, aqueles do fundinho que nunca param de conversar estavam lá), e todos, absolutamente todos, executando cada um dos seus comandos, por quase 3 horas.

Conseguiu imaginar? Foi isso o que eu senti ontem, na reciclagem dos professores de BODYCOMBAT do interior de São Paulo. Eu, pequenino e fracote... Um medo do cacete de ver o prédio ruir, e uma vontade imensa de que caísse tudo!

sexta-feira, março 04, 2005

Dia de Fúria

Exibir na programação “Um Dia de Fúria”, às 3 e meia da manhã, é uma atitude cúmplice de assassinato em série!

Quem, em sã consciência, está acordado neste horário pouco ortodoxo? Respondo:

  • Os trabalhadores que trabalham em turnos (tem como estar satisfeito?);
  • Os vigias, que geralmente trabalham em outros lugares no período da manhã (tem como estar descansado?);
  • As pessoas que acabaram de sair da balada (tem como estar sóbrio?);
  • As pessoas que acordaram para dar umazinha “corujão” (tem como estar mais excitado?);
  • As pessoas preocupadas, tristes, de mal com a vida e que acordam no meio da noite. Em última análise, são as maiores portadoras da “síndrome do dia de fúria”.

Acordei com a televisão ligada e peguei a parte do tiroteio e senti que aquele filme foi feito inspirado em mim. Beligerante, eu? You bet! Depois de uma série de 50 flexões para relaxar, voltei para a cama. E nada...

Portanto, quero responsabilizar a HBO por qualquer dos meus atos!

*****

Top Five dos filmes que, ao assistir, o caboclo fica com gosto de sangue na boca:

  1. Kill Bill 2 (até hoje dou o soco de 1 palmo do samurai geriátrico)
  2. Um Dia de Fúria (ah se eu ando armado...)
  3. Karate Kid 1 (motivou todas as minhas experiências em artes-marciais)
  4. Matrix (baita vontade de aprender tanto e tão rápido para depois brigar usando só uma das mãos)
  5. Scarface (é o filme com mais bala por segundo da história. Certeza!)

quinta-feira, março 03, 2005

"Officepotting"

Você já teve a sensação de que, ao te servirem alguma coisa – comida ou bebida, estavam te sacaneando?

Nosso escritório é organizado em ilhas, em workstations sem grandes divisórias para que um ouça a conversa do outro e tenha a informação em tempo real, bem como ajudar no argumento.

A minha mesa é de frente para os meus dois outros consultores, cada um responsável por regiões diferentes. Temos uma mesa vaga, pois não encontramos um 4º consultor, que atenderia a região do nordeste.

Pois bem, esta mesa é sazonalmente ocupada por alguém que precise de ramal ou de ponto para a rede. Quase sempre quem a ocupa é um dos nossos agentes comerciais, muito chato e que jura se sentir parte da nossa “irmandade”, humildemente chamada de Pre-Cogs (do filme Minority Report).

Somos realmente muito amigos! Fazemos questão de presentear nossos pares com pequenos regalos e, quando um se adianta para buscar café ou chá, este sempre se lembra de trazer o mesmo para os demais.

Esse agente comercial, no afã de ser aceito por nós, adotou a prática de também trazer-nos chá e outros mimos. Não é que eu flagrei esse calhorda dando uma coçada no saco antes de pegar os copos com os quais nos serviria o chá! Lembrei-me de um momento de Trainspotting (livro, não filme), em que a Kelly dá uma batizada nos rangos que ela serve no pub.

Não sei se foi intencional, só sei que nenhum de nós aceitou, com a mesma desculpa: “puxa, obrigado, acabei de beber um!”

quarta-feira, março 02, 2005

Ao Presidente

Obrigado! Presidente Lula, muito obrigado mesmo! Agradeço seu histórico comunista e seu apreço pelo modo de vida sino-cubano, que torna sua política externa tão antipática aos nossos vizinhos galinhões.

A reciprocidade diplomática colocada em prática me deixa orgulhoso de ser brasileiro! É a nossa resposta aos maus tratos recebidos em solo americano dentro do Brasil, aos mandos e desmandos praticados no consulado, quando nosso único interesse é exercer nosso direito, como filhos de Deus, de ir e vir para qualquer lugar que quisermos e pudermos pagar.

Não sei qual é o nosso comportamento nas nossas embaixadas e consulados nas terras de Tio Sam. Eles também são brasileiros ou são nativos? Aqui, os que trabalham nas filas organizando os pretendentes ao visto são brasileiros. Típicos brasileiros! Corre em suas veias o sangue do Brasil Imperial, pré-Isabel. O sangue daqueles que, mesmo sendo negros e escravos, tratavam de vigiar, capturar e punir os irmãos que não aceitavam a condição de animais sem liberdade. Os brasileiros que trabalham no consulado ianque são verdadeiros e únicos herdeiros dos Capitães-do-mato!

Tudo bem que, depois de ser atendido por esses cornos e FDP’s de toda espécie, fui atendido por uma americana com um sorriso simpático no rosto e meia dúzia de perguntas feitas em 30 segundos. Perguntou-me “por que o seu passaporte não tem o carimbo dos países da Europa?” “Porque lá os brasileiros não são marcados, mas aqui estão as fotos de Veneza, Roma, Genebra, Paris...” Desejou-me boa viagem e me deu o visto.

Presidente, ficamos assim então! Qualquer outro dissabor entro em contato para pedir sua ajuda. Com relação ao Mainardi, deixa ele comigo.

Um grande abraço

terça-feira, março 01, 2005

Honestamente acho que fazer análise deve funcionar para alguma coisa. Tipo contar coisas que você sente sem ter que camuflar nada, de peito aberto, deve ser bacana. Já fiz, mas em 1984 quando meus pais se separaram. Aliás, parece procedimento-padrão, assim como a revisão dos 40.000km: Separação? Mande seu filho para análise

Na minha experiência como personal trainer (10 anos) fui meio que psicólogo dos meus clientes, muitos deles transformados em meus queridos amigos durante os vários anos em que estivemos juntos. Sei que tive um papel importante na vida dessas pessoas e essa amizade dura até hoje.

Mas o caso de maior inabilidade da minha parte em separar o ombro amigo da impressão de que eu estava interessado “em outros aspectos” aconteceu quando eu treinava uma juíza aposentada que se sentia muito sozinha. Tinha pouco mais de 55 e nunca casara nem tivera filhos. No começo de cada uma de nossas aulas (ela me pagou a vista um ano de aulas, 5 vezes por semana) sempre perguntava como ela estava, como seria seu final de semana, e ouvia atentamente suas histórias. Trocávamos receitas de molhos para salada e dicas de restaurantes bons para se freqüentar.

Até aí, normal. Tinha outros alunos e conversávamos sobre tudo, e alguns confiavam seus maiores segredos a mim.

Mas o interesse dessa aluna por mim cresceu... Primeiro foram as trufas. Já recebi várias, mas acompanhada de champagne e duas taças (uma com dizeres: “essa é minha”) me fez disparar o sinal de alerta. Convites para experimentar os molhos que inventou, várias vezes recusados por mim, não deram a ela a percepção do meu desinteresse. Mas, quando eu cheguei para atendê-la e a vi de sutiã ao invés de top, virei as costas e fui embora.

A seqüência natural foi: ela ameaçou entrar com um processo requerendo todo o valor investido nas aulas, mesmo as aulas dadas. Meu pai deixou claro que um processo por assédio sexual seria a nossa estratégia. Ela desistiu! Restituí o valor das aulas não dadas e aprendi mais uma lição, além de dever mais uma a meu pai.

*****

Olha só que bacana: “Até pouco tempo atrás, não gostava muito desta ‘coisa’ chamada Blog. Todos comentavam, ‘Pô, dá uma passadinha no meu blog e deixa um comentário lá!’, porém nunca tive paciência para isto. Até que um dia, li o blog do meu primo Christian (http://thesilverfern.blogspot.com/) e comecei a gostar de blogs.”

Este é o meu primo Rodrigo (http://rgomes.blogspot.com) que inaugurou o seu blog dessa maneira. Obrigado, primão, pela menção e pelo carinho. Vamos acompanhar você e seja bem vindo ao mundo dos blogs.

E por falar em Blog, o link Gilberto Munaier te levará diretamente ao blog do meu pai, que já dispõe de moderno campo para comments (graças à Blue).