sexta-feira, março 11, 2005

A Música sempre foi minha companheira inseparável!

Cresci em uma casa em que se ouvia Rachmaninov e Chico Buarque. Aos finais de semana íamos para Sete Lagoas, onde ficávamos horas ouvindo meu pai ao piano. Tanto meu pai quanto minha mãe faziam questão de que seus filhos ouvissem exatamente o que eles gostavam e no último volume. Quando concediam a permissão para ouvir um Balão Mágico ou Menudo (minhas irmãs, claro!), era por pouco tempo e bem baixo. As discussões, naturais de casais que estão com os dias contados, aconteciam coadjuvadas pela flauta de Zamfir e pela trilha sonora de Os Embalos.

Meu primeiro single foi do John, aquele tatuado no braço do Tio Randas, que tinha A MINHA MÚSICA: “Happy X-mas”(eu jurava que ele falava o meu nome!). Passei minha adolescência ouvindo de Johnny Rivers a Iron Maiden, passando por Ramones e Supertramp. Pink Floyd embalou todos os meus sonhos e minha imaginação e a Legião cantava em meu nome. Tinha verdadeiro pavor à música eletrônica.

Curiosamente essa mesma música eletrônica passou a ser uma das ferramentas do meu ganha-pão e, com o passar do tempo, era só o que eu ouvia (até mesmo para preparar as minhas aulas). E, durante 10 anos, não suportava ouvir música em casa, ou no carro, ou em qualquer outro lugar. Simplesmente tirei a música da minha vida.

Recuperado desse trauma, elaborei um Top Five das músicas que me acompanharam nos momentos de profunda fossa, daquelas que desarranjam o intestino e debulham o coração. Data de registro: a partir dos meus quinze anos. Não espero por aprovação, até porque foram o meu coração e a minha barriga que doeram na época:
  1. “Êxtase" (...eu nem sonhava te amar desse jeito) Guilherme Arantes
  2. “Vento No Litoral” Legião Urbana
  3. “Wish You’re Here” Pink Floyd
  4. “When You Say Nothing At All” Alison Kauss
  5. “Elephant Love Medley” Trilha Sonora do filme Moulin Rouge

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