segunda-feira, maio 29, 2006

Receba o meu beijo, doce amiga,
Receba o meu amor.
Este amor que vem no rastro do desejo
Neste beijo que me mata de calor.

Receba o meu beijo, doce amiga,
Quente, no seu corpo quente
O beijo, meu amor, não conhece só os lábios
Ele conhece a tudo, o que se vê e o que se sente.

Receba minha homenagem, distante amada,
Pois quero o meu sentimento livre e anunciado.
Mas se cai por terra o véu dos meus pensamentos,
Meu amor, há dos mais puros aos mais velados.

domingo, maio 28, 2006

Que saudade dos tempos em que brincávamos juntos; quero dizer, que brigávamos juntos. Muitas vezes elas contra mim, às vezes nós 3 contra qualquer um na rua. Essa mania de bater que a Candy tinha era algo assustador, parecia o homem da casa. E lá ia o tonto aqui defende-la, contra os moleques e minhocas da rua.

A Mel era mais meiga, contudo mais ardilosa... Éramos muito unidos e completamente antagônicos. A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Às vezes tenho dó, coitadas... Tiveram que nascer depois de mim, ficaram sem alguns recursos plásticos. Feias, tadinhas, mas têm bom coração as minhas irmãs...
Quero entender como os grupos marginais se organizam agora. Quero ir a fundo, pois é um fenômeno sociológico-antropológico que me enoja mas interessa.

Fato 1: Elas se organizam através de siglas.

Exemplo 1: PCC, MST, PT...

Obs.: As siglas dão uma roupagem interessante, permitindo até mesmo logomarcas estilizadas, além de dar uma cara de instituição, com direito à Missão e Visão, como se empresas fossem.

Fato 2: Os que não optam por sigla, geralmente optam por nomes pomposos.

Exemplo 1: Comando Vermelho, Congresso Nacional.

Fato 3: Eles detém o poder de fato!

Exemplo 1: Se lhes tiram os direitos básicos, como tv’s de plasma para assistir à Copa ou as visitas íntimas, integrantes do PCC mandam seqüestrar e mandam matar. São os "juizes" e os executores.

Exemplo 2: Se alguém coloca em xeque o comportamento de um Congressista corrupto, ele não poderá ser julgado pelas instâncias normais. Ele tem imunidade! E pode, inclusive, mandar prender quando um cidadão comenta que, com o Congresso Nacional, teve o exemplo de como se rouba sem ser punido.

Fato 4: Existe uma ética aplicada, obviamente extraída da ética geral, seus juízos de valores, costumes e cultura. Só que às avessas.

Exemplo 1: Se o integrante não concorda em pagar o “dízimo”cobrado pelo PCC, que amealha recursos para a compra de armas e honorários advocatícios dos advogados-membros da organização, ele morre.

Exemplo 2: Se o integrante não acobertar as roubalheiras do PT, as compras de votos e o leilão do sonho de 53 milhões de brasileiros que levaram esta organização ao poder, o integrante é expulso. E mais, é jogado no rio como "boi de piranha".

Fato 5: A ética aplicada desses grupos marginais (resgate do título da tese de doutorado da minha mãe), contudo, não é universal. O que serve para um não serve para o outro. O PT, MST, Congresso Nacional não admitem que são organizações criminosas, negando-se a si mesmos e às suas condições contraventoras. Mentem tanto para todos que acabam acreditando nas próprias mentiras. Já o PCC, o Comando Vermelho, de todas as facções criminosas, são as únicas que são, de fato, merecedoras de alguma dignidade (se bem que considero impossível). Ao menos assumem que são bandidos.

segunda-feira, maio 15, 2006

São Paulo Sitiada seria um título natural para qualquer texto, mas acho pouco criativo. Gosto mais de: UM DIA DE CARIOCA EM SÃO PAULO.

A guerra civil está instalada em São Paulo, fruto de uma série de ações equivocadas de um principiante – o Lembo-Lembo – que achou por bem quebrar um pacto velado entre policiais e bandidos, transferindo os chefões da bandidagem e restringindo o uso do celular dentro das cadeias. Será que ele não pensou na mãe do Marcola, saudosa e infeliz por não poder ver seu filho em uma data especial e nem poder receber uma ligação dele? E resolveu fazer isso na véspera do dia das mães. Época boa, boa para se ter mais bandidos nas ruas (pois 12000 bandidos recebem o indulto que os libera da cadeia para almoçar o macarrão da mama) e uma cacetada de mães, esposas e crianças nos presídios, visitando os mais perigosos. Fruto também dessa mania brasileira de confundir tudo com eleições, pois o mesmo Lembocu acha que uma ajuda federal angariaria votos para o barbudão.

E assim vamos, com mamães de bandidos tristes e toque de recolher, telefonemas de amigos preocupados e os presos brigando pelo direito a um celular (não precisa ter muitos recursos, só o de ligar e encomendar mortes), o medo de todo motoqueiro que passe ao seu lado... Se bem que a figura do motoqueiro, em SP, já é motivo para se ter medo.

quinta-feira, maio 11, 2006

Eu sei a dor do amor vivido. Não quis saber se era recíproco! A sua repulsa me dói. Gosto da dor, pois todo prazer é doloroso. E o que a carne sente é dor.

Toda vez que falo com você apetece os sentidos. Sinto vontade de sentir as unhas na minha pele, sentir teus dentes na minha mão. Essa mesma mão que te afaga e puxa. O poder da mão... A mão que enrosca os fios do teu cabelo entre os dedos e prende o teu corpo no meu.

Deve existir dentro de mim uma chave, uma válvula, que é acionada quando ouço a sua voz. Dispara hormônios, acelera o meu sangue, fervendo-o. Se você estivesse aqui... Sou frio como a noite de São Paulo. Olho para todos os lados e não vejo nada nem ninguém. A não ser quando você está por perto.Sinto o seu cheiro e te caço como a uma presa. Isso, você é a minha caça, o meu troféu, a minha coleção que mais gosto.

Cadê você agora, para satisfazer os meus desejos mais primitivos? Sumiu, esconde-se de mim. Essa distância que me atiça. O reencontro que me aguça.

Por isso, Mulher, mantenha-se afastada de mim! Pois é o que nos distancia o que nos aproxima. É o não querer que traz você pra mim. Te conheço hoje como não te conhecia antes. Te quero agora, como sempre...
O Encontro de Viena será decisivo para entender o que a América Latina vive nos dias de hoje; quais são seus líderes. Será a chance para ratificar, de uma vez por todas, a condição de comediantes que nossos líderes assumiram há alguns anos. São verdadeiros astros dos pastelões da década de 50. Ou dos seriados meia-boca. Temos uma verdadeira turma do Chaves aqui. Do Chaves, aquele menino de rua do programa mexicano.

O Chaves é o Chaves, ponto. Apesar de ser o líder de um país com grandes recursos minerais, curte a idéia de pobreza e ignorância (seu país nunca esteve pior como está agora) mas não abre mão do sanduíche de presunto – os petrodólares, claro.

O Senhor Barriga é o Lula, por questões físicas e comportamentais. É o líder da nação mais rica e tem uma barriga avantajada, graças à boa vida de agora. Enxerga-se como o líder da escumalha mas não percebe que só é passado para trás. Para o filho, dá tudo do bom e do melhor. O Nhonho, o seu filho, é o Lulinha.

A Dona Florinda, também de uma condição de vida melhor, é a Michelle Bachelet – presidenta do Chile – uma senhora de pouca conversa e que só tem ouvidos para o primeiro mundo; e o Kiko, seu filho briguento e chorão, é o Nestor Kirchner, da Argentina. Apesar de conviverem todos juntos, eles procuram não se misturar com essa gentalha.

O Vicent Fox, pelo tamanho e postura, lembra-me o professor Girafales. Não tem lá toda essa grana, mas posa com ar professoral.

E o Evo Morales? Bem, o Evo Morales é o Seu Madruga (bem alimentado, a base de muito chá de coca). Pobre, bem pobre. Fazendo bicos aqui e ali, muito amigo do Chaves, levando tapas da Dona Florinda e sempre dando um jeito de dar calotes no Senhor Barriga, o tonto.

segunda-feira, maio 08, 2006

Para quem se lembra do pequeno Wilber, que passeando pelo bosque no sítio vovô Walthon se depara com um Walter Mercado Transformista e sai gritando “socorro, socorro”, talvez crie a imagem do que eu vivi nesta sábado, no frio de 6 graus de Itamonte.

Um transformador queimado atrasou um casamento que fui, acompanhando a minha avó. Pouca coisa. Estava marcado para as 19H30 e começou às 23H00. Não conhecia ninguém, ao menos não me recordava (tantos anos sem ir ao Picu...). Estava lá por causa da minha doce velhinha, que queria mostrar o neto para todo mundo.A entrada do noivo, um xerox fiel do Shrek, me fez tremer até a espinha. Depois foi um festival de gente feia, nem parecia Itamonte. E, por fim, a noiva. Quem? Fiona, claro!

Mas depois... Bão também!

Ver o pessoal que estudou comigo, meus professores, a caixa d’água, de onde costumava planejar o futuro, a Maria (foi nossa empregada desde os meus 6 anos, quem me acordava com o café na cama e com meu uniforme na mão). Aliás, a Maria é responsável pelos meus piores traumas de colégio Santa Marcelina. Era ela a responsável pelo omelete no pão francês que meus coleguinhas ricos viam na minha merendeira. Fiquei sem comer omelete muitos anos, até que a situação piorou um pouco mais e omelete passou a ser considerado refeição de domingo.

A Dutra está maravilhosa, lisa, rápida. Até Cachoeiro Paulista você tem a Serra da Mantiqueira emoldurando a paisagem. Depois, amigo, troque o seu sedan por uma Rural e siga o caminho. Quando cruza a fronteira com MG, a estrada volta a ser trafegável. E assim os 280km da minha casa até a minha avó são percorridos em quase 3 horas.

Frio que congela a alma, casaco ao meio dia. Fica aqui já combinado. Em julho teremos uma casa alugada, por uma semana, para curtir toda a Mantiqueira. Pico das Agulhas Negras, a Pedra do Picu, cachoeira (tem que estar bem bêbado), truta defumada, geada e choconhaque. Quem estiver a fim, manda um e-mail.
Já sinto falta de ti, minha amada!

Tão pouco tempo, tão intenso, nosso reencontro não poderia ser melhor. Por que foi que te deixei? Talvez seja a minha sina. Abrir mão do que me faz feliz para cuidar de coisas menores, mundanas.

Separamo-nos um dia, mas você nunca saiu de mim; te quero agora como queria outrora.

Te reencontrar me fez um bem! Rever os seus contornos – e que contornos – sentir o seu cheiro, o gosto da sua água, o seu hálito, é me sentir vivo novamente. Fez-me sentir menino-homem, púbere.

Cada pedaço seu me traz uma lembrança. Lembrança boa, lembrança triste... Percorrer seus caminhos e labirintos, curtir sua “paisagem”. E eu te conheço bem.

Já sinto falta de ti, minha amada Itamonte, e do teu frio que me aquece.

sexta-feira, maio 05, 2006

¡Socorro, estoy debiendo!

Si la expresión 'debo, no niego; pagaré cuando pueda' forma parte de su cotidiano y su sueño de tener el gimnasio propio se convirtió en una pesadilla, sépalo: ¡la negociación es la mejor salida!

Administrar un gimnasio no es sólo administrar personas. ¡Es administrar recursos! Recursos humanos, sus necesidades y susceptibilidades; los recursos financieros, sus números y trampas. Por lo tanto, cuando usted observa su extracto bancario y el mismo llega, invariablemente, seguido por el color rojo, de nada sirve culpar la época del año, su barrio o al santo de su devoción. Asuma su parte de culpa y reaccione, pues el cobrador golpeará solamente en su
puerta.

Estimado y angustiado lector: La salud financiera de su empresa y su tranquilidad emocional dependerán de su capacidad de administrar recursos. Parta del principio de que todos son sus proveedores. Recuerde que no sólo los proveedores de equipos y clases sistematizadas se encajan en esta categoría. Sus profesores son sus proveedores, el evaluador físico es su proveedor, el propietario del inmueble donde funciona el gimnasio es su proveedor. Y con los proveedores se negocia hasta encontrar los números más adecuados a su necesidad, dejando el flujo de caja saludable y rentável. Para cada uno de sus proveedores, aprovisione el budget específico. Divida los gastos en centros de costos y reserve un porcentaje de la facturación para cada uno de estos centros.

El primer paso es notar qué estos números no están enyesados. Haga las adecuaciones necesarias para cada uno de los centros de costos. Pero sepa que, siempre que el administrador
opta por trabajar en el 'límite', reduce su margen de ganancia. Y cuando él excede el límite puede significar falta de control en los costos, lo que es generalmente 'premiado' con cefalalgia,
préstamos bancarios o el canje de cheques con fecha futura pagando intereses abusivos.
Una buena información es utilizar una planilla en Excel, controlando diariamente los números. Los números son un excelente aliado de quienes desean vencer. “Lo que no se mide no se puede administrar”. ¡Con los números en la mano, negocie!

El segundo paso, entonces, es negociar con sus proveedores cada uno de los centros de costos.
- Con profesores y empleados, muestre que los costos no pueden exceder un determinado límite. Reduzca el número de clases, en caso de ser necesario. Mezcle profesionales experimentados
con profesores iniciantes (sueldos menores y más propensos a asimilar la cultura del gimnasio). Proponga metas y premie a quienes obtengan los mejores resultados. Metas superadas significan aumento de renta (ventas o retención). Y recuerde de aprovisionar el aguinaldo y las vacaciones contractuales.

- Renegocie su alquiler. Calcule el promedio de renta de los últimos 12 meses y haga una propuesta teniendo por base el 8% de su renta media para este costo.

- Algunas gimnasios calientan sus piscinas solamente con bombas de calor, otras apenas con gas. Los gimnasios que utilizaron combinaciones de estas dos herramientas (el gas para romper el hielo matutino y la bomba para mantener la temperatura) notaron una reducción en sus costos.

- El mantenimiento preventivo es la forma menos costosa de mantener sus instalaciones y equipos en bueno estado.

- Tenga siempre dos o tres proveedores y compare sus propuestas. No siempre la más barata es la mejor. Analice con cuidado.

- Haga compras y existencias junto con otras empresas.

- ¡La vanidad es la mayor de las trampas! Campañas de marketing o compra de nuevos equipos, solo si caben en su budget.

- ‘Corte la grasa’, extermine de su gimnasio todo aquello que no traiga renta o valor agregado. Pero cuidado: Los administradores displicentes o con poca visión del propio negocio suelen ‘cortar la carne’.

- Cree una relación sólida con cada uno de sus proveedores. Quienes mantienen una sólida relación comercial siempre pueden contar con plazos y condiciones más ventajosas.

- Valore sus proveedores más fieles, pues serán ellos quienes podrán ofrecer otra chance a su negocio, y podrán extender la mano en un momento de crisis.

No es sólo durante el 'buen tiempo' que un comandante demuestra toda su pericia en la conducción de la aeronave. Es en las turbulencias que él administra el miedo y las situaciones
de riesgo. Su negocio y su imagen dependen de esta habilidad, de la habilidad de negociar y buscar alternativas. Mantenga una imagen de administrador honesto y de palabra. Y es
mejor no olvidar: ¡la imagen no se compra, se construye.

Às vezes é bom contextualizar. Este é o meu primeiro texto publicado em uma revista para a América Latina. E deste tema eu entendo...