quinta-feira, junho 30, 2005

Acordar com o dia ainda noite é uma experiência que me remete aos bons tempos de Itanhandu, cidade vizinha a Itamonte e onde eu estudei.

Itamonte é uma cidade no pé da serra da Mantiqueira, 12 mil habitantes, igreja-matriz (São José, o padroeiro) e uma outra igreja que tem um sino doado pela Princesa Isabel, praça e os táxis lá estacionados como toda boa cidadezinha. Clube social e esportivo, com bailes aos sábados à noite e discoteca aos domingos. Mas não tinha o “colegial”. Só técnico.

Itanhandu está a 17 Km de Itamonte. Para os meus parâmetros atuais, um pulo. Na época, significava ter que acordar às 5 da manhã e ir pra beira da BR pedir carona e, assim, economizar uma grana que auxiliaria na merenda do dia. Em Itanhandu tinha colegial. E significava enfrentar geada e temperatura de 5 graus e subir em muito caminhão leiteiro e congelar na carroceria. Foram 2 anos assim... Mas nem por isso deixava de ir aos bailinhos do Clube.

Acordar hoje, bem de madrugada, para estar na Monday às 06 da manhã, me fez lembrar daquela época. Ontem teve estudos, macarrão estupendo da Lau, jogo dos Bambis, DVD do Cat Stevens, vinho, sorvete de baunilha com goiabada e a inigualável companhia dos casais Sr. e Sra. Randall e Sr. e Sra. Robinson. Na hora de ir embora eu não sabia se dava “boa noite” ou “bom dia”.

Só sei que hoje me deu uma vontade de dizer “ah não, Vó, não quero ir pra escola!”

Oh, baby, baby, it’s a wild world
It’s hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it’s a wild world

I’ll always remember you like a child, girl

quarta-feira, junho 29, 2005

Eu, como todo bom descendente de árabe, tenho grande preocupação em receber bem os meus convidados,quando me dão a honra da presença. Meus amigos distantes, lá das Minas Gerais, precisam de algumas dicas gastronômico-comportamentais antes que venham me visitar. Portanto, aí vão:

No trânsito, não espere que a lei de preferência seja respeitada. Não será! Pare em todos os cruzamentos, mas não seja mole. “Toda moleza será castigada”. Deixe um espaço razoável entre o seu carro e o carro ao lado. Este espaço PERTENCE aos motoboys. É deles (não está em Código de Transito nenhum, mas é deles). Não feche cruzamentos. Se há um resquício de educação no trânsito paulistano, está no respeito dogmático ao cruzamento. Agora, se você não respeitar, a educação desaparecerá em segundos.

Esteja disposto a conhecer outras formas de comunicação verbal. “Pelaórdi” é um cumprimento amistoso, enquanto “vai ficá piqueno” e “o leiti vai intorná” já são indícios de confusão.

Café-com-leite: se você pedir tal qual pedimos em Minas, você receberá uma Xícara de café, com uma gota de leite. Essa gota de leite no café poderia ser chamada de “pingado”. Aliás, foi este o nome dado para o café-com-leite tradicional. Mas não dê vacilos. Pingado se pede em padarias. Em lugares menos toscos o correto é solicitar uma “média”. Inclusive você poderá pedir uma “média grande”, uma experiência única!

Ainda na área gastronômica, um sanduíche com queijo branco ganhará a alcunha de “mineiro quente”. Bastante sugestivo! A feijoada em SP acontece às quartas enquanto que em BH acontece às sextas. Pirateam o nosso “tutu” e chamam de “virado” e aqui eles não conhecem orapronóbis.

Portanto, peçam certo e tragam uma boa provisão de pequis.

Mas, cá pra nós, antes isso... O pior é chegar no sul e, ao invés de pedir um pão francês (ou pão de sal), ter que pedir um cacetinho. Prefiro pão de forma!!!

terça-feira, junho 28, 2005

Defendo a tese da meritocracia e espero ser agraciado por ela algum dia da minha vida. Sempre acreditei na história do fazer o bem e receber o bem, ensinamento da Dona Henriqueta e da Juju.

Estou inserido em um mercado que, há 10 anos atrás, era visto como um serviço supérfluo, servido por chefes de cozinha ingleses, garçons alemães, motoristas mexicanos e maridos russos.

O pior é que se engana quem acredita que muita coisa mudou. Na verdade, alguma coisa mudou. Saímos da incompetência inconsciente (não sabíamos que não sabíamos) e chegamos à incompetência consciente (sabemos que não sabemos). Só 1,8% da população brasileira procura atividade física orientada dentro das academias. Mas as academias têm se preocupado em melhorar os serviços. Os professores, ao menos uma boa parcela, têm se comportado de forma diferente e assumiram a postura de prestadores de serviço. Existe uma luz no fim do túnel, e não é um trem.

Mas terá sucesso quem souber vender seu peixe, adequar seu serviço às necessidades da academia e do aluno, entender seu papel na corrente. Se a moça da recepção prometeu a mãe para que o cliente se matriculasse, o professor deverá entregá-la.

Conheço professores de bom coração com salas vazias. Conheço bons funcionários, que chegam no horário, etc e tal, com sala vazia. Mas não existe BOM professor com sala vazia. Pra ser bom, tem que ter mérito. Tem que vender e entregar. Tem que ser um francês na cozinha, um mordomo inglês nos serviços, um Schumacher no volante e um árabe-brasileiro na cama.

segunda-feira, junho 27, 2005

Sinto-me na obrigação de postar este e-mail que recebi. Não sei se é novo, mas dá uma boa noção do que é ter um filho.

Exercícios práticos para quem quer ser pai ou mãe

1) Passando a noite com o bebê:
Pegue um saco de arroz e passeie pela casa com ele no colo das 20 às 21horas. Deite o saco de arroz.
Às 22:00 pegue novamente o saco e passeie com ele até às 23:00. Deite o saco e vá se deitar.
Levante à 1:30 e passei com o saco até 2:00. Deite o saco e você.
Levante às 2:15 e vá ver a sessão corujão porque não consegue mais pegar no sono.
Deite às 3:00. Levante às 3:30, pegue o saco de arroz e passeie com ele até às 4:15.
Deitem-se os dois (cuidado para não usar o saco de travesseiro).
Levante às 6:00 e pratique o exercício de alimentá-lo com um melão papaia.
É permitido chorar.

2) Vestindo a roupinha:
Compre um polvo vivo de bom tamanho e vá colocando, sem machucar a criatura, nesta ordem: fraldas, macaquinho, blusinha, calça, sapatinhos,casaquinho etoquinha.
Não é permitido amarrar nenhum dos membros.
Tempo de execução da tarefa: uma manhã inteira.

3) Comendo sopinha:
Faça um buraquinho num melão, pendure o melão no teto com um barbante comprido e balance-o vigorosamente. Agora tente enfiar a colherinha com a sopa no buraquinho. Continue até ter enfiado pelo menos metade da sopa pelo buraquinho. Despeje a outra metade no seu colo. Não é permitido gritar. Limpe o melão, limpe o chão, limpe as paredes, limpe o teto, limpe os móveis à volta. Vá tomar um banho.
Tempo para execução da tarefa: uma tarde inteira.

4) Passeando com a criança:
Vá para a pracinha mais próxima. Agache-se e pegue uma bituca de cigarro. Atire fora a bituca, dizendo com firmeza: NÃO.
Agache-se e pegue um palito de picolé sujo. Atire fora o palito, dizendo com firmeza: NÃO.
Agache-se e pegue um papel de bala. Atire fora o papel de bala, dizendo com firmeza: NÃO.
Agache-se e pegue uma barata morta. Atire fora a barata morta, dizendo com firmeza: NÃO.
Faça isso com todas as porcarias que encontrar no chão da pracinha.
Tempo para execução: o dia inteiro.

5) Exercícios de ordem geral:
Repita tudo o que disser, pelo menos cinco vezes. Repita a palavra NÃO a cada 10 minutos, fazendo o gesto com o dedinho.
Gaste uma parcela significativa do seu orçamento com leite em pó, fraldas, brinquedos, roupinhas.
Passe semanas a fio sem transar, sem ir ao cinema, sem beber, sem sair com amigos.

OBS: Não é permitido enlouquecer!!!
No mesmo Muro das Lamentações em que se encontram meus amigos palmeirenses, mas com uma quantidade de lamúrias muito maior, sigo firme nas orações para que o meu time tenha morte rápida e indolor. A morte é certa e o Glorioso vai pro beleléu nesta temporada. Então, que não seja demorada, com aquele fio de esperança e tudo.

Também pudera, e eu já havia alertado. Um time que tem George Lucas e Walker só vira sucesso nas telas do cinema, não em campo de futebol.

Euller - o filho do vento, Marques e Fábio Jr. - o terror do Mineirão, já tiveram seus momentos de reconhecimento junto à torcida. Mas, notem: passado. E, ao que parece, o Tite entende mesmo é de rebaixamento.

sábado, junho 25, 2005

Ele era um rapaz só; sua melhor (e única) companhia era a solidão e pra ela já tinha até escolhido nome. Querida!

E assim tratava também as pessoas, de a carne e osso, para não correr o risco de chamar a solidão de um outro nome que não “Querida”.

Querida é muito ciumenta.

Todas as vezes que esse rapaz pendia para um hábito estranho de se envolver emocionalmente com alguém, Querida dava um jeito para que esse relacionamento não se tornasse sério. Tenho convicção de que Querida freqüentava casas de Umbanda ou qualquer coisa que o valha. Certeza! Pois ele não se acertava com ninguém, a não ser com ela...

Até que esse rapaz conheceu a bebida e passou a se envolver com ela. E lhe deu nome: Lindona. Só que, estranhamente, Querida gostou de Lindona. E esse rapaz se viu envolvido com as duas, como se tudo combinasse; como se tudo fosse parte de um só universo. E não é estranho vê-los assim. Faz até sentido...

Estranho, né?

sexta-feira, junho 24, 2005

O milagre dos números

Os números me encantam e desafiam minha inteligência; isso não quer dizer que eu seja um ás na matemática. Ao contrário! Estou mais para asno.

Mas saber que os números explicam milhares de coisas, descobrem planetas, justificam a matéria, ampliam os mistérios e os desvendam, deixa-me embasbacado.

Antes mesmo da descoberta da Oceania era certo de que existia esse continente. A matemática cobrava esse naco de terra no planeta. Ninguém nunca havia registrado sua existência, mas para a matemática ela existia.

E a numerologia então? Parece existir mesmo essa relação do número final da conta que se faz com as letras que compõem seu nome... A esposa de um ex-jogador e atual comentarista de futebol conhecida minha certa vez explicou-me que o fato da primeira vogal do meu nome ser "i", a nona (9) letra do alfabeto, justificava a minha tendência de sempre pensar primeiro nos outros e depois em mim. Bonito, viu?

Soube, através do Dan Brown (sejam bondosos comigo, senhores críticos), da existência de um número perfeito. É o tal do phi(1,618:1). Nunca tinha ouvido falar, mas dizem que é a razão perfeita entre todas as coisas. Não me pergunte que coisas são essas, porque não sei e, inclusive, não concordo.

Número perfeito para mim é o 69! A visão, o gosto e a textura são perfeitos; as descargas de endorfina e seratonina são gigantescas e, de brinde, ainda ganho uma (piiiiiiiii).

quinta-feira, junho 23, 2005

Fui eleitor do Brizola! Na verdade, fui um eleitor infantil do Brizola. Tinha 15 anos em 89. Mas gostava dele. Não dele, propriamente dito, mas do tanto que ele irritava as pessoas demorando a dar uma resposta simples, às vezes um “sim” e do início dos seus discursos, com um pooovobrasileiro. E me achava esquerda total naquela época.

Época de Juju (minha mãe), professora da Universidade Federal, comunista como todos os outros professores da Faculdade (ela, naqueles dias, da UFRJ). Época em que minha mãe foi a Cuba e me trouxe boné, camisa, etc, enaltecendo a Revolução e a constante briga contra os imperialistas e tal.

Hoje sou capitalista convicto, acredito nas benesses advindas da mais-valia, acredito nas formas de controle para aumentar a produtividade, acredito no relatório de desempenho, acredito no computador com um porta-retrato ao lado. Acredito, também, na possibilidade de comprar um segundo apartamento antes dos 35 anos de idade, acredito em viagens por uma fatia considerável dos lugares visitáveis, no poder de consumo, e na percepção luterana de que todo esforço merece uma recompensa.

Não precisar mais pescar lambari para ter alguma coisa diferente no prato, além do trivial, para me dar ao luxo de poder, quando bem entender e o calendário ajudar, sentar essa bunda que Deus me deu num avião e ir até o Rio, visitar amigos e almoçar no Mariu's Crustáceos e comer uma quantidade exótica de outros peixes, mesmo que depois eu tenha que sentar essa mesma bunda num vaso sanitário e não sair mais de lá, é o meu troco para aqueles dias de peste.

Portanto, que venham as câmeras de espionagem “laborial”, que me tirem o direito de gastar bons minutos do meu horário de trabalho no messenger (notem que estou sempre “ocupado”)... Trabalho, Véio! Trabalho e foco. Essa é a resposta.

quarta-feira, junho 22, 2005

Estamos crescendo, não é verdade? Ficamos um pouco mais velhos a cada dia que passa e só nos damos conta disso quando nos olhamos no espelho e, ao invés de espinhas, temos rugas no rosto.

Eu ainda prefiro espinhas, pois pra elas existem uma quantidade de ungüentos e pomadas que resolvem facilmente. Não tem $ pra pomada? Põe creme dental, como eu fazia. Eu acho que funcionava. Lembro-me da Sandrinha, minha namorada daquela época (2 anos e meio), chegando em Itamonte, na minha casa, e me encontrando com a cara branca, parecendo o Bozo.

Pra rugas a grana que se gasta é outra.

Percebemos claramente o passar dos anos (sem trocadilhos nem piadinhas prontas) com o envelhecimento daqueles que já eram mais velhos quando ainda brincávamos de pera-uva-maçã-ou-salada mista. Aquelas pessoas que cuidavam de nós e dos nossos horários, dos nossos machucados e das nossas carências.

Um tio mais velho, a avó... Cada dia que passa seus olhos perdem o vigor da força e tomam um ar de despedida.

Aí dá uma vontade de não crescer mais! Dá um medo!

terça-feira, junho 21, 2005

Fiquei extremamente impressionado com a entrevista do Roberto Jefferson, ontem, no programa Roda Viva. De uma habilidade ímpar de seduzir seus interlocutores e telespectadores, como uma serpente envolvendo sua presa com o sibilo da língua, o olhar penetrante. No olho do furacão de denúncias, ele consegue sair da condição de acusado para acusador.

Curiosamente, ao assistir A Queda, encontrei essas habilidades no Hitler interpretado pelo austríaco Bruno Ganz. A amabilidade nos gestos e no olhar contrastando com a ira desenfreada. E, nos últimos momentos ante a derrota eminente, ele condena o povo alemão à morte, pois acredita ser esse o destino dos fracos. Acredito que esse ator interpretou com maestria o Führer que eu sempre imaginei. E acredito que tenha sido essa técnica a utilizada para convencer uma nação a cometer uma série de atrocidades.

Guardadas as mais que devidas ressalvas desses dois exemplos – o primeiro, um grande corrupto político brasileiro; e o segundo, um dos grandes facínoras da história da humanidade – aprende-se bastante observando essas técnicas de persuasão.

Assim posto, vou elaborar o primeiro curso prático com esses ensinamentos: Como convencer sua mulher a transar tanto quanto antes do casamento.

Inscrições aqui.

segunda-feira, junho 20, 2005

Eu gosto quando as pessoas visitam esse espaço. Gosto mesmo! Confesso que já pensei em acabar com o blog, pois quase sempre toma muito do meu tempo. Mas gosto demais dele.

Finalizei 6 meses com 5.000 visitas. É pouco, eu sei, mas gosto do número. E nem todos do escritório tem esse endereço. Imagino que tenha uma galera que venha e não deixa um comment. Bom, tudo bem; mas continuem vindo...

Escrever tem sido uma das minhas paixões ultimamente. Escrevo no periódico da Body Systems (http://www.bodysystems.net/frm_prin.htm e clique em “news”). Lá eu falo sobre cidades e questões regionais (culinária e cultura, por exemplo). Não é que o pessoal daquele hotel de Araxá me convidou para passar uns 5 dias lá e, quem sabe, “escrever alguma coisa”? Demais, né?

Já viajei prum bocado de lugar. Na verdade, faltam-me apenas Rio Branco, Macapá e Boa Vista para finalizar as capitais (além de um pouco de humildade, pelo que parece). Conheci muita gente.

O mais interessante, contudo, foi o que aconteceu neste findie. Fomos, eu e o Dr. Randall (investido de carteirinha vermelha e tudo mais), para BH “conversar”com algumas pessoas que acreditam na nossa inoperância. Ainda bem que estão equivocadas. Mas o que me deixou assustado foi o fato da moça que estava na nossa sala, ao final da “conversa”, dizer: “sabe o que foi o melhor de tudo? Conhecer o famoso Christian”. Como assim? Tomou uma carcada e ficou feliz ao me conhecer?

Massagem é um método comprovado, cientificamente, de estimular os proprioceptores nervosos. Massagem no ego faz um bem também...

domingo, junho 19, 2005

O ta ta ta ta ta ta dos letreiros do Aeroporto de Confins, que maneira de me despedir de BH, em um dia daqueles.Tio Randas (clica aí, onde está escrito Randall) descreveu bem a nossa missão nas Minhas Minas (não, não é um amontoado de garotas que mantenho sob supervisão). Fomos e voltamos, um pé lá, um pé aqui; pá e bola, e o cacete a quatro.

O ta ta ta ta ta ta dos letreiros do Aeroporto de Confins,que vontade de mudar o destino. Dentre algumas opções mostradas dentre as parcas opções de vôos internacionais saindo do Aeroporto Internacional, tinha Frankfurt. Logo ali! Com umas brejas goela abaixo, justa paga pelo esforço na empreitada de tirar o joio do trigo, Frankfurt me pareceu um destino aprazível para passar o domingo. Voltaríamos, talvez, na segunda-feira (sei lá de qual mês/ano).

O ta ta ta ta ta ta dos letreiros do Aeroporto de Confins, Tio Randas, que eu queria tanto ouvir agora, indicando-me o meu próximo paradeiro. Tudo o que eu gostaria é de ter um outro paradeiro. Pois chego na minha casa – “minha” no conceito estrito, pois como toda habitação paga pelo empregador, merece um conceito mais amplo – e encontro 2 hóspedes. Não fui informado que estariam lá, nem tampouco autorizei. O pior foi ter a impressão de que OS DOIS (no sentido de dois “homens”) estavam fazendo coisas das quais eu não tenho a menor vontade de presenciar e/ou participar.

O ta ta ta ta ta ta de uma boa metralhadora substituiria o ta ta ta ta ta ta dos letreiros do Aeroporto de Confins.

sexta-feira, junho 17, 2005

O orkut aproxima as pessoas e resgata antigas amizades. Além disso, fortalece os relacionamentos em corrente e possibilita novas conquistas.

Mas eu odeio os convites!

“Eu sou fã de fulano”, “Eu amo o sicrano”, “O beltrano de tal é demais”, “Vai, Didi”... Vai o caraio! Eu não sou fã, não amo e nem acho demais! A não ser de sexo. Desse eu sou fã, amo e acho demais.

Ou seja, antes de encher o meu outlook com quase 30 e-mails, além dos outros tantos e-mails que recebo (quase 100/dia), gostaria que minhas amigas tivessem a certeza de que este é o tipo de convite que eu me amarraria de receber.

quinta-feira, junho 16, 2005

Top Five dos shows que eu não assisti e que, por isso, sou um pouco mais amargo:
1. Simon & Garfunkel (NY/81)
2. Rick Wakeman (BH/81)
3. Queen (Rio, janeiro/85)
4. Iron Maiden (Rio, janeiro/85)
5. Roger Waters (São Paulo/2002)

Simon & Garfunkel: Um milhão de pessoas no Central Park. UM MILHÃO NO CENTRAL PARK. Nenhum espetáculo de som e performance de palco. Aliás, o Garfunkel não sabia onde por a mão e a interação com a platéia era nula. Eles até tocaram no Grammy de 2003, o Simon careca e o Garfunkel mais gay impossível. Mas era início dos anos 80 e eles no Central Park... Justificava a galerinha que se reuniu lá. Comprei o dvd, recentemente, e não paro de assistir.

Rick Wakeman: Meu pai colocou a mão no ombro e disse “você vai ali comigo”.Pra varia era um domingo e passava os meus desenhos prediletos. Fui, pois era o seu “companheirinho” e não podia deixa-lo só. Mas não sabia para qual era o destino. Depois de mais de 2 horas na fila da bilheteria do Mineirão, para comprar o ingresso, soube que eu seria seu companheiro só na fila, pois ele não me levaria para o show. Eu nunca tinha ouvido falar no cara, mas me sentia no direito de assistir, ainda mais depois de perder meus desenhos...

Queen e Iron: Os dois shows do Rock’n’Rio que justificariam qualquer esforço. Mesmo com quase 11 anos eu já sabia disso e, talvez por desconhecimento da minha mãe, quando eu pedi para ir ela me respondeu que sim. Ela deve ter pensado “esse Queen deve ser um parque novo do Rio e o Santa Marcelina deve ter organizado uma excursão”. Você já imaginou o Santão (nome carinhoso desse colégio de freiras) organizando uma excursão para o Rock’n’Rio? Claro que não fui.

Roger Waters: Minha vida toda eu disse, mesmo quando não tinha grana nenhuma, que quando o Floyd viesse ao Brasil, mesmo que em Boa Vista, eu pagaria para assistir e ainda daria uma gruja para o vendedor que me entregasse o ingresso. Pois o Waters veio e eu não fui. Ou eu trabalhava (teria um workshop Body Systems de reciclagem em BH e eu era o organizador), ou... Preferi o trabalho.

quarta-feira, junho 15, 2005

O messenger tem operado milagres na minha vida, recentemente. A mãe das minhas filhas instalou o messenger no seu computador e tem me possibilitado conversar com elas sempre que estou mais tranqüilo e elas estão em casa. Combinei que elas não ficariam muito tempo no computador, pois quero que elas brinquem com o cachorro, aproveitem a piscina e façam tudo que uma criança não nerd deve e precisa fazer.

Mas uma das minhas tarefas matinais mais gostosas, antes de assumir meu posto no escritório, é auxiliá-las no dever de casa. E hoje foi uma pesquisa sobre montanhas, serras e montes de Minas Gerais. Encontrei tudo, menos monte. Monte eu só encontrei nome de cidade: Montes Claros, Monte Sião... e nenhuma menção ao porquê dos nomes.

- Pai, mas eu preciso falar de um monte!
- E o que você acha é que é um monte, Chris?
- É um montão de terra, com um nome.
- Faz o seguinte, então. Vá até o quintal, junta um monte de terra e dá um nome pra ele. Como você está em Minas, estará tudo resolvido.
- Boa idéia, Pai!

Amanhã verei o resultado da minha didática.E essa pesquisa (www.asminasgerais.com.br) me fez chegar a um dos pratos mais suculentos da culinária mineira. Frango com orapronobis. Sabe quando que eu vou achar orapronobis aqui?

terça-feira, junho 14, 2005

Não sou expert nesse assunto, mas sou um grande curioso. E tenho certeza de que várias pessoas já escreveram sobre esse assunto, mas eu ainda não os li.

Toda venda é emocional, isso é fato. Os motivadores do comportamento humano são evitar a dor e buscar o prazer (em alguns casos, comportamentos freaks são justamente aqueles em que se alcança o prazer através de experiências dolorosas). E, se você fizer uma leve análise do seu comportamento, perceberá que toda vez que você comprou algo que sua consciência pesou, você se esforçou ao máximo para convencer alguém a fazer o mesmo.

Por que todas as tendências de consumo e comportamento estão se voltando para o que se consumiu e como se comportou na década de 80? Simples!

A geração que viveu sua infância e início de adolescência nos anos 80 vive, hoje, na sua recém conquistada maturidade. São pessoas que passaram dos 30, muitos casados e até descasados, filhos pequenos – o que gera uma regressão aos tempos de infância, e alguma estabilidade financeira. Essa geração detém, hoje, o poder do consumo e estão na mira dos fornecedores de produtos e serviços.

Naquela época eram nossos sonhos de consumo os patins de roda, os videogames, bonecos e mobiletes. Mas a decisão de compra não nos pertencia e sim aos nossos pais. Naquela época, lembro-me de meu pai comprando aparelho de som quadrifônico, lp’s dos mais diversos, relógios e calças de veludo cotelê; ou seja, tudo o que ele gostaria de ter comprado nos anos 60 e 70 e não podia. E, como os esportistas tidos como espelho eram os da Fórmula 1 e Tênis, meu pai só bebia Campari, usava Denin e comprava Lacoste.

Hoje nos espelhamos em jogadores de futebol (é mole?) e eles são os mais concorridos garotos-propaganda. Material esportivo, como agasalhos e tênis, são nossos sonhos de consumo (como era na infância, mas sua mãe só pensava em lhe comprar uma calça de tergal). Por obra e graça do desconhecido, ao menos a pulseirinha amarela veio de um ciclista. Bebemos qualquer coisa, mas com energético.

Livros como o Almanaque dos Anos 80 (que eu tenho, e autografado) devem estar nas mesas dos marqueteiros sendo analisados. “O que poderemos relançar?” deve ser uma das perguntas mais freqüentes. Hoje nós somos os alvos preferenciais.

Mas não importa, o que vier a gente compra mesmo. Queremos o prazer de comprar o que nos der na telha. É o nosso supérfluo que conta. Deixemos para trás o sentimento de impotência e dor de não ter o ioiô da Coca-Cola. Eu quero? Eu posso! E viva o mercado de consumo.

“A história de todas as sociedades que já existiram é a história de luta de classes” o escambau.

segunda-feira, junho 13, 2005

Texto pós "O Apanhador no Campo de Centeio"

Com um certo atraso, talvez uns 80 anos e tal, li o Apanhador no Campo de Centeio. Tipo, não gosto muito das pessoas que não gostam de coisas, tipo, de repente. E o tempo todo é assim, o personagem reclama um pouco de tudo e tal.

Mas dá para entender o sentimento que rola. Um certo inconformismo com tudo, enquanto sentimento e instituições. É um papo intelectual e tudo, e às vezes chato pra chuchu. Mas me diverti em alguns momentos e me fez companhia nas quase 7 horas que gastamos para cumprir a maratona até João Pessoa.

Odeio ficar pingando de canto em canto, que nem aqueles cata-ossos intermunicipais que conduziram parte da minha vida. O troço cansa! E o pior é a mesma mensagem no sistema áudio-visual da TAM, com seu indefectível “Bom dia, bem vindos à TAM...” Gosto da TAM pra chuchu, mas esse “bom dia” me cansa e tudo. E o pior não é o “bom dia”, pois bom dia é uma forma educada de iniciar uma conversa e tudo. Nada me emociona mais do que boa educação. Esse troço é de matar!

Mas a musiquinha que tocava no avião era infernal: “Upa Neguinho” é a pior canção de todos os tempos, eu acho. Amo música, mas essa música é de matar. Era começar a tocar e me vinha uma vontade de chamar a aeromoça e pedir para furar os meus tímpanos. E tinha umas aeromoças bonitas pra chuchu.

Mas o livro tem um estilo assim, meio desse jeito; sem querer ser pretensioso de achar que posso escrever como Salinger, mas é meio assim, posso assegurar. Pretensão me deprime, te juro! Prefiro humor e tal. Mas não é de todo mal. Esse sentimento de revolta, ou coisa que o valha, é bastante interessante. Esse cara é bom, se é! Um bocado inteligente mesmo.

Mas o fato é que eu estou aqui, em São Paulo, e não tou muito a fim de falar sobre isso agora.

sábado, junho 11, 2005

O que é o Dia dos Namorados? Não aceito respostas simplistas, com alto teor de ideologia marxista que defende a idéia de mais uma data criada para fomentar o comércio. Que falta de romantismo.

Na minha época de professor eu fazia uma aula temática chamada BODYPUMP® Romantic Moment, e usava as músicas mais românticas da discografia Les Mills. Cada aluna ganhava uma rosa e era uma maravilha...

E o que se comemora nesta data? Eu acredito que esta data foi feita para se celebrar a intimidade, pois nos dias de hoje alguém ter coragem de dizer o que pensa e o que sente, só mesmo pessoas que se gostam de verdade; e que acabam se tornando cúmplices. Comemora-se o sentimento mútuo de respeito, de carinho e solidariedade, tão raros nos dias de hoje.

Ou seja, escrevo só para justificar que, por esses motivos, eu acho que mereço um presente seu. Verdade!

Agora, falando sério, as filas de espera nos Motéis (e até mesmo nos pardieiros) dão a exata noção da importância e do destino que vai comemorar esta data. É o dia em que vai rolar o ...

quinta-feira, junho 09, 2005

Ciudad de Juan Persona

Imagine só: carne de sol com macaxeira, no almoço; banana frita, calda de rapadura e sorvete de creme como sobremesa. Vida ruim...

Filé de peixe com risoto de camarão no jantar e, de sobremesa, creme de cupuaçu com licor de cacau. É mesmo muito difícil.

O mais engraçado dessas palestras é que, ao terminar a sessão (3 horas e meia sem parar), não fica claro que eu NÃO QUERO CONTINUAR FALANDO de gestão e tudo o mais. Quer me convidar para tomar umas, vamos! Só não me venha com “o que você acha...”. Posso responder: “eu acho que a minha esquentou; ta na hora de ir embora”.

Pois bem, vai pensando no meu presente para domingo...

quarta-feira, junho 08, 2005

Viajarei amanhã para João Pessoa – John Person; Juan Persona, ou o nome que quiseres dar.

Deixo aqui a minha contribuição para o Dia dos Namorados. A frase principal do Musical de Todos os Tempos: “The greatest thing you'll ever learn, is just to love and be loved in return”.
A vida é um campo de batalha cheio de armadilhas mesmo; e o máximo que podemos fazer, assim como disse Obi-Wan, é cair nelas. Mas tem horas em que o fardo fica pesado demais. Talvez um dia conte algumas experiências mais próximas que presenciei, talvez não.

Essa é uma mensagem que escrevi para um professor que tentou, ainda bem que sem sucesso, sair do campo de batalha.

Eis a nossa singela homenagem:

Encontrar palavras que expressem o nosso amor por você é uma tarefa das mais difíceis, e veja que tarefa difícil é com a gente mesmo, não é?

Viver é uma grande tarefa; mas a vida é uma dádiva também. Deus, na sua infinita bondade, faz com que pessoas que acreditam nos mesmos sonhos e compartilham da mesma vontade, reúnam-se para dividir essa tarefa (a vida) e, juntos, torná-la (a tarefa, a vida) ainda mais saborosa.

Talvez não encontremos palavras, mas se você deixar seu coração receber nossa energia, perceberá que seu coração baterá ainda mais forte. É o nosso Time, sua Família, que faz o BPM do seu coração acelerar um pouco mais, sincronizado com as músicas que usamos, de forma bela e harmoniosa como as coreografias que defendemos e, principalmente, FORTE como a vida que amamos.

E a amamos ainda mais por compartilhá-la com você. Você faz a diferença. Você nos dá a Força.

Agora é a nossa hora de te energizar. Queremos você aqui, do nosso lado.

terça-feira, junho 07, 2005

Semaninha que promete, viu?

Acabei de inaugurar mais uma coleção: a de livros de cabeceira. Tenho vários livros nesta condição e não li nenhum. Vou empilhando um por um, em ordem de importância e interesse. Em primeiro está aquele que, assim que eu tiver coragem/tempo/saco, iniciarei o seu desbravamento.

Adicionei mais um na pilha: O Apanhador no Campo de Centeio. E, como é do meu procedimento, já li o primeiro capítulo, até para ver em que categoria ele se encaixa – leitura imediata; leitura para longas viagens e conexões em aeroportos; na falta do gibi da Mônica. O Apanhador... me acompanhará para João Pessoa, nesta quinta-feira. E como eu prometi que seria mais “leve” nos meus posts, não farei nenhuma alusão ao quão potencializado estará o meu instinto assassino advindo das cólicas renais e temperado pela viagem pra “logo ali”; acrescido, é claro, da leitura do livro “serial killer” por excelência.

The Final Cut é, de longe, o álbum mais autobiográfico de Roger Waters. Na verdade, seria um trabalho solo, mas a gravadora achou que seria mais lucrativo lança-lo com a banda. E o resto da história já sabemos: brigas, disputas judiciais pelo nome da banda, etc e tal. E é este trabalho magistral (lembre-se: é meu e os critérios de avaliação são totalmente pessoais...) que estará no meu discman nas 49 escalas e 15 conexões até a “Capital do Verde” nordestina.

segunda-feira, junho 06, 2005

Tem gente que gosta; vai entender! Tem gente que gosta de cada coisa mesmo... Eu odeio. Eu odeio filme de terror.

Às vezes até me contrario e assisto um Exorcista, um Lobisomem Americano (em Londres, na Tchecoslováquia, ...). Depois me arrependo; prefiro outros estilos. Assisti o "Guia do Mochileiro das Galáxias" e me diverti "horrores". Teve gente que não gostou e saiu no meio da sessão.

Poltergeist foi quem me colocou este trauma. Fiquei sem assistir televisão sozinho por uns 6 meses... 1982, ano do lançamento deste filme e da tragédia com a seleção do Telê. Só desgraça!

Mas, como eu disse, tem gente que gosta. Eu só não consigo entender a relação custo-benefício de pagar para sentir medo. Pra mim, é o mesmo que pagar alguém para transar com a própria mulher. É... tem gente que também gosta.

sexta-feira, junho 03, 2005

Dar a mão à palmatória de cu é rola! mas tenho que admitir: quando lançaram Moulin Rouge nos cinemas eu disse que nem a pau assistiria a um musical. Minha amiga Terezinha me disse que era um dos filmes mais bonitos que ela já tinha assistido e até me deu o CD da trilha sonora.

Odeio Musical!

Da mesma forma, vociferei contra Chicago. E até hoje não assisti e aproveito as duas últimas sílabas do título para demonstrar a minha preocupação por esta falta.

O único “musical” que realmente me encantou foi The Wall, por tudo o que envolvia: Pink Floyd, Bob Geldof, os meus 13 anos (quando eu assisti, em uma versão não legendada), e não tinha dancinha.

Odeio dancinhas!

Mas quando eu assisti Moulin Rouge, em um final de semana chuvoso, achei demais! Ewan McGregor interpretando um personagem chamado Christian, dando uns catos na Nicole Kidman, e cantando músicas que apertam o coração, me fizeram repensar os meus conceitos.

Segunda-feira chegará o meu DVD.

quinta-feira, junho 02, 2005

Nestes últimos dias tenho compartilhado com meus amigos que aqui freqüentam a minha paixão pela saga SW e as minhas neuras sobre relacionamentos (amorosos e familiares). Tenho feito isso por me sentir confortável em fazê-lo aqui, ao invés de um divã de analista (se pego o de Bagé, tomo um joelhaço...).

Neuras essas advindas de viagens não programadas e não tão desejadas (salvo raríssimas exceções) e do stress diário por assumir a co-responsabilidade do gerenciamento com o cliente da minha empresa (pouco mais de 2.000 empresas e perto dos 10.000 prestadores de serviços formados e reciclados por nós).

Agora, se você me perguntar do que eu gosto mesmo de falar, responderei: putaria! Mas o decoro do meu cargo e da minha imagem perante os meus amigos me impede de mostrar esse meu lado, diria eu, menos pudico.

Às vezes dou vazão a este meu lado aqui na empresa. Mas recolho-me rapidamente e analiso se o estrago foi grande. Nem sempre é!

Com a derrota da bicharada (leia-se: Cruzeiro Esporte Clube, cujo o hino brada “existe um grande clube na cidade, que põe a mão no joelho, dá uma abaixadinha, vai descendo gostoso, rebolando a bundinha”) para um time alvi-negro fiquei menos tenso e mais feliz. Doravante, prometo compartilhar aqui coisas mais leves.Mas não espere que eu diga, por exemplo, que quando eu tiver uns 70 anos não acharei ruim quando minha senhora, da mesma idade (ou próxima) resolver me brindar com um sexo oral. Vou gostar, até porque sem dentadura deve ser bem interessante... Não espere mesmo; o que poderiam dizer?!

Com este, comemoro 6 meses de casa; 6 meses de convivência com você. E aí, é bom pra você como é bom pra mim?

Os pedidos continuam: a briga entre o bem e o mal

Os Cavaleiros Jedi são organizados por um Conselho, formado pelos Mestres Jedi mais sábios e poderosos. Dentre eles, destaca-se o decano Mestre Yoda, um ser pequenino, orelhudo e verde, de uma aparência frágil que mascara uma habilidade incomparável com o Sabre de Luz e uma capacidade de manipular a Força como muito poucos. Além de Yoda, o Mestre Mace Windu dá as diretrizes estratégicas dos Jedi espalhados pela Galáxia.

Para se tornar Jedi, o aspirante deve ter uma quantidade expressiva de Mid-clorians (a matéria-prima da Força) e deve iniciar muito cedo seu aprendizado. Neste aprendizado, além das habilidades de batalha e capacidade de persuasão, o (a) padawan aprende a necessidade de se desvencilhar das necessidades materiais e sentimentais, pois o ciúme e a cobiça geram raiva e medo, atrapalhando o julgamento.

Caracteriza-se padawan o jovem Jedi que possui seus cachos de cabelo aos moldes do peot (peyos) judaico e, ao que parece e assim como a tradição hebraica, cabe somente ao padawan homem. Neste processo probatório, o candidato é tratado com afeto e areia. Até porque a soberba é um dos caminhos mais rápidos para o Lado Negro da Força.

Já os Cavaleiros Sith, aqueles que sucumbiram aos Poder do Lado Negro, não são organizados por um Conselho. Na verdade, só existem 2 Cavaleiros Sith. Um Mestre e um Aprendiz. Quando um morre, um outro é recrutado para assumir o posto.

Seduzido pelo poder, o Mestre insinua-se para o seu discípulo oferecendo riquezas e impérios, e em contrapartida pede sua alma. Uma referência clara aos 40 dias de jejum e tentações de Cristo no deserto. Ao contrário dos Jedi, os Sith se alimentam da raiva e ganância. Sua Força é potencializada pelo ódio. Querem tudo e acreditam que o universo lhes pertence.

quarta-feira, junho 01, 2005

E-mail recebido:
“Oi, Christian

Amanhã vou lá na escola resolver problemas abençoados da Christiana com a professora. Estão crescendo e dando um pouco de trabalho; a Christiana não quer estudar de jeito nenhum e está perdendo o interesse pela escola. São tantas coisas que gostaria de compartilhar com você sobre elas. Mas não tem como! As vezes sinto falta da presença de um pai pra elas.O meu pai é excelente, graças a Deus, mas avô é avô - sabe como é, não é a mesma coisa... Você faz muita falta... Fique com Deus”.

Pois bem, liguei para a Chris e perguntei como estavam as coisas. Ela me contou que a professora a tinha colocado de castigo, pois achou que estava fazendo bagunça e brigando com os meninos. Só que, na verdade, estava se defendendo, mas a professora, nova na escola, não sabia quem é bom e quem não é entre eles. E que isso a estava desanimando. Não tinha ido bem na prova de matemática, mas que, em 30, sua menor nota tinha sido 24.

Comecei alertando que é comum nas professoras novas esse comportamento repressivo, pois são novas e querem manter o controle (“eu mesmo me comporto assim, quando não estou seguro”, disse). E que nessa fase da vida ela começará a brigar com os meninos, principalmente daqueles de quem mais gostar, pois existirá um sentimento diferente a partir de agora e isso é supernatural. E alertei que, mesmo gostando mais de Português e História (puxou pra quem?), o diferencial na sua escolha profissional será o conhecimento amplo, pois o específico será do domínio de todos. E emendei:

- Filha, onde você gostaria de ter sucesso na vida?
- Ah, pai, quero ser bióloga ou veterinária.
- Que maravilha, filha!
- Ou modelo.
- Ah... Que maravilha, filha. Eu até assisti o concurso Miss Universo e vi que uma canadense venceu. Onde fica o Canadá?
- Na América do Norte, perto dos Estados Unidos.
- Ela, na verdade, nasceu na Rússia. Você soube que uma das pessoas mais ricas de lá foi condenada agora, pelos crimes que cometeu?
- É? Me fala mais!

Bom, ao menos quando perguntarem pra ela qual o livro que mais gostou não será O Pequeno Príncipe e não terá como sonho a paz mundial. Falará sobre capital especulativo e será capaz de tecer loas a Guimarães Rosa.