quinta-feira, junho 30, 2005

Acordar com o dia ainda noite é uma experiência que me remete aos bons tempos de Itanhandu, cidade vizinha a Itamonte e onde eu estudei.

Itamonte é uma cidade no pé da serra da Mantiqueira, 12 mil habitantes, igreja-matriz (São José, o padroeiro) e uma outra igreja que tem um sino doado pela Princesa Isabel, praça e os táxis lá estacionados como toda boa cidadezinha. Clube social e esportivo, com bailes aos sábados à noite e discoteca aos domingos. Mas não tinha o “colegial”. Só técnico.

Itanhandu está a 17 Km de Itamonte. Para os meus parâmetros atuais, um pulo. Na época, significava ter que acordar às 5 da manhã e ir pra beira da BR pedir carona e, assim, economizar uma grana que auxiliaria na merenda do dia. Em Itanhandu tinha colegial. E significava enfrentar geada e temperatura de 5 graus e subir em muito caminhão leiteiro e congelar na carroceria. Foram 2 anos assim... Mas nem por isso deixava de ir aos bailinhos do Clube.

Acordar hoje, bem de madrugada, para estar na Monday às 06 da manhã, me fez lembrar daquela época. Ontem teve estudos, macarrão estupendo da Lau, jogo dos Bambis, DVD do Cat Stevens, vinho, sorvete de baunilha com goiabada e a inigualável companhia dos casais Sr. e Sra. Randall e Sr. e Sra. Robinson. Na hora de ir embora eu não sabia se dava “boa noite” ou “bom dia”.

Só sei que hoje me deu uma vontade de dizer “ah não, Vó, não quero ir pra escola!”

Oh, baby, baby, it’s a wild world
It’s hard to get by just upon a smile
Oh, baby, baby, it’s a wild world

I’ll always remember you like a child, girl

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