quarta-feira, dezembro 29, 2004

Mensagem para 2005

Gostaria de compartilhar com vocês os votos do meu pai:

"Christian.

Nessa época de festas de fim de ano, de congraçamento com as pessoas com as quais convivemos mais, também com aquelas que nos são verdadeiramente importantes mas que nem sempre estão tão presentes, creio que não basta o cumprimento caloroso e nem mesmo o externar do nosso carinho e amor. Isso é muito importante!

Mas também o é nos impormos uma reflexão, uma análise do nosso comportamento durante todo o ano, uma auto-crítica serena porém sem meias desculpas, quanto ao nosso comportamento.

Sem nos esquecermos de que somos absolutamente falhos e pequeninos diante dos desafios imensos que enfrentamos, uma questão deve aflorar em nossa mente, nitidamente, nesta época de reflexão: fui o melhor de mim ?... dei o melhor de mim?... em que falhei?... (segundo minha própria concepção).

Assim, tendo a percepção de que somos apenas um ser em processo de evolução (ou involução, em alguns casos), temos muitas chances, muitas mesmo, de ao final de anos de amorosas porém sinceras auto-indagações, de irmos diminuindo, ainda que indulgentemente, nossas auto-críticas. Aí estaremos preparados para vôos mais altos, para estágios de vida diferenciados dos que ora vivemos.

É a evolução da alma. Ela necessita disso. É fundamental que lhe seja dada a oportunidade de 'crescer'. Ela, a alma, ou o nome que queiramos lhe dar, é a nossa essência. Foi-nos legada. Da mesma forma que cuidamos do corpo físico, que apesar disso envelhece e se deteriora dia após dia, a alma, ao contrário,se bem 'cuidada' pode vir a resplandecer... É nossa responsabilidade, no mínimo, lhe darmos essa chance.

Um beijo do pai."

terça-feira, dezembro 28, 2004

Amigo Secreto

Amigo secreto, ou amigo oculto, ou amigo invisível, esta invenção que serve para não ter que comprar presente pra todo mundo tem 99% de chances de dar alguma encrenca. Soube, através de amigos, de 3 nestas festas:
  1. A sogra pede uma base da Lancome (sei lá se é assim que escreve e sei lá pra que serve). A nora, ao saber que tal presentinho custava 180 paus, opta pelo Boticário. Antes de entregar, a nora faz uma introdução "Não encontrei o da marca que a senhora pediu (mentira), mas espero que goste". Ao que ouviu: "Desde que não seja Boticário, pois aquela merda fede..."
  2. Estipulam a brincadeira do amigo que ninguém sabe quem é, nem mesmo que dá o presente. Na hora, você pega o presente que você quiser e, em ordem de sorteio, um outro se adianta e pega outro presente. Se ele tiver curtido o que você pegou, ele pega o seu e você pega o de outro. Que zona! Teve nêgo indo embora com o Livro do Mainardi e outro indo embora com jogo de toalha!
  3. Este é o caso clássico. Você pede, naquela lista que ninguém lê sobre o que você gostaria, um DVD, e recebe uma caixa recheada de bombons garoto, balas-chiclete e qualquer coisa que o valha.

Diário de Bordo

Cinco dias de férias, já deu para sentir falta de passear por aqui e contar como foram essas primeiras experiências.

Aliás, Tio Randas resume bem a idéia do Bolg: "se você vê uma montanha e dá vontade de você escrever sobre ela, você vai lá e compartilha com as pessoas o que você vê e sente". É isso, a sensação de compartilhar as emoções. Até porque, dentre os dois motivadores do comportamento humano, um deles é a emoção (o outro é a dor, mas não vou tratar disso agora, pois merece um post exclusivo).

E por falar em Tio Randas... Fui adotado pelo guru e sua família. Já na sexta feira, uma ligação pela manhã sem o tradicional "alô", substituído, com empolgação, por um "FÉRIAS", deixava claro que começaria a diversão. Natal com visitas aos amigos Giba e Tânia e aos pais da Lau, em uma via crucis da melhor qualidade, onde pude experimentar iguarias natalinas, que merecem um Top Five:
  1. Torta de Figo com presunto Parma;
  2. Leitoa (hummm);
  3. Farofa de Banana;
  4. Lombo com ameixa e pêssego;
  5. Torta de Panetone com sorvete

Já no sábado, seguimos viagem para Caraguá, com os brothers Tio Robs, Toquito, Blue (confiram, depois, o blog dela), além da Lau, Ti (o bolg dele também) e Tio Randas. Na viagem, sol fritando braços sem o devido revezamento, suco de milho, geral na casa, churras, macarronada, momentos tcheconsidero regados a "refluxos no esôfago", sol (apesar do trouxa que se apresentava no quiosque insistir em cantar "chove lá fora e aqui...") e uma puta vontade de que nunca mais terminasse.

Thanx, brou, pela oportunidade de vivenciar momentos inesquecíveis ao seu lado, da Lau e do Thi, e de todos os seus familiares. Foi afudê!

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Último dia de trabalho, dia de ficar sossegado na cadeira e esperar a hora de verificar se a jaca tem tamanho 39 e calçá-la, certo?

Impressionantemente, errado!!!

Contava que hoje seria um dia para vestir o casual, conversas amenas sobre futebol, praia e réveillon. Tinha em meus planos ir para o Bar Léo, beber o que há de bom da cevada e comer quitutes só encontrados para os lados de lá. Acordei me sentindo levemente anárquico-sindicalista, assim como os personagens de Monty Python, e ansioso para o momento "tcheconsidero" da festa de confraternização da empresa.

Mas eis que, no melhor de Murphy, liga uma proprietária de academia fula da vida com o mercado e com seus clientes. Nisso, horas de psicanálise, cujo resumo segue:

Disse que não entendia como, em 2 anos de academia e 600m², tinha conquistado apenas 300 alunos e que suas aulas de ginástica contava com média de 11 alunos, quando tinha espaço para 40!

Questionada como funcionava o esquema de visitas na academia e aulas experimentais, respondeu que não admite aula experimental, o aluno que não quiser treinar 5 vezes por semana não entra na academia (pois, segundo ela, só assim teria resultados concretos) , que a ciência é muito mais importante do que atendimento. "Que atendimento o que... quem não quiser fazer o que eu mando que não passe nem na calçada!", numa explosão temperada de palavras demonstrativas do tamanho do seu pé (de 42 para cima).

Além de uma cólica básica (renal), pensei que o resto do dia seria tranks...Ledo engano! Chego no escritório após o almoço, com uma leve mancha de molho no meu moletom (quase nunca venho assim), dois senhores güapamente vestidos no melhor do corte inglês me esperavam para uma reunião. - "Mas eu não marquei nada!", pensei. Foda-se!

Mas nem tudo aconteceu de ruim neste dia. Acabo de saber que meu amigo e mentor literário, Tio Randas, agraciou-me com uma menção: "Dando início ao AFUDÊ AWARDS de 2004, o AFUDÊ de Amigo do Peito conhecido em 2004 vai pro Christian "O Predador" Munaier, descontando-se o ínfimo detalhe técnico de tê-lo conhecido em 2003, ano em que co-habitamos, por um breve período, a Saudosa Maloca da Rua Geórgia, pois foi em 2004, com nossos almoços "de seriado e diálogos Tarantinianos" que a amizade solidificou-se."

Valeu, Bro! Você não sabe o quanto isso significa pra mim. Significa muito!

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Viagens

E por falar em viagens...

Lembro-me, não com muitos detalhes, das minhas viagens da infância em tempos de família feliz. Destinos de sempre: Itamonte (aprazível cidade no sul de Minas, terra da minha Vó - férias de julho) e São Francisco (ao lado de Campos dos Goytacazes/RJ, terra de Lobisomem e do Coronel Ponciano de Azeredo Furtado - férias de janeiro).

O que realmente me lembro é do meu pai e de seus ensinamentos nos pequenos detalhes.

Nas nossas viagens, provisionava cada um dos seus filhos com 1 caixa de sucrilhos kellogg's, 1 caixa de bombom e 1 bandeja de yakult. Detalhe: como um ritual de agradecimento, o bombom mais gostoso (opereta) era entregue a ele, já no ato da abertura da caixa, como demonstração de gratidão.

Era nossa obrigação cuidar das provisões e utilizá-las de forma inteligente. Provisão espartana!

Tudo bem que a primeira coisa que fiz, no meu primeiro salário, foi comprar uma bandeja de yakult e tomar todos ao mesmo tempo, em um copo king size. Aliás, esse deve ser o sonho de muito nêgo que partilhava uma bandeja de 6 com duas irmãs, e ouvia um discurso de workshop sobre "o mal que faz tomar mais de 1 yakult por dia".

Mas, depois de alguns tombos, percebi a sabedoria na vida real. Como é importante saber dosar e gastar o que se consegue!

Contagem Regressiva

Contagem regressiva... Faltam 2 dias para os primeiros 10 de descanso, depois de 10 anos de profissional. Todas as outras vezes foram dias utilizados para o trabalho. É tão inusitado que não sei direito o que fazer...
Convites não faltaram, graças aos meus amigos de Escumalha. Ubachuva e Caraguatachuva são os destinos deles e estou inserido na fita. Mas não dei o ok final pois não sei exatamente o que fazer. Nunca li um manual a respeito de férias.

O que penso sobre réveillon: tem que ser na praia (tem que ter um bom motivo para não ser na praia), com dinheiro e sol. Mas não foram positivas as minhas últimas experiências.

Como todo bom mineiro, tenho casa em terras capixabas. Em 2002 eu e minha "namorada" convidamos uma amiga, de longa data, para aproveitarmos essa comodidade. Nossa amiga, para não se sentir muito vela, convidou outra amiga, essa sem emprego, com depressão pós-término-de-namoro datado da era Moon-Há, verdadeiro fumo-goiano.

Optamos por seguir a trip em um carro só: o delas. Ô réveillon mal-acabado! Da tríade do sucesso (praia, money e sol) só contávamos com a praia, pois a nêga deprê e falida não podia fazer nada e, como estávamos reféns do carro delas, ficamos de fora de todas as baladas in da cidade.

Sol? Só quando estávamos no carro, pois era por o pé na areia (suja) da praia do morro e o sol se escondia, quase como se com vergonha da gente. Mas, como bons mineiros, aproveitamos cada instante do sol dentro do carro, algumas vezes revezando o lado do carro para queimarmos os dois braços.

Foi um réveillon memorável, mas não foi o pior!

terça-feira, dezembro 21, 2004

Inauguração

Até que enfim, eis o meu blog... E tenho tantas propostas para ele! O que você verá aqui:
  • Textos relacionados ao meu trabalho (consultoria tecnico-administrativa em fitness) e momentos pitorescos do trabalho supra-citado;
  • Viagens e filmes;
  • Pequenas crônicas do dia-a-dia.

Tenho em meu amigo Randall Neto, escritor talentoso ("Além das Portas", "Clichê de Verão"), o incentivo e o modelo. É amigo pra comer pizza pelado e cagar de porta aberta...

Aliás, são poucos os amigos que tenho e que os chamo assim. Em BH ficaram alguns, bem poucos. Em SP aprendi que trabalho e a informalidade andam de mãos dadas pois meus melhores (e únicos) amigos são meus colegas de trabalho.

Mas BH ainda é a minha cidade dos sonhos. Sempre imaginei a minha história em BH. Quando aceitei mudar de cidade para ganhar menos vi que sonhos e metas são como Atlético e Cruzeiro: antagônicos! Para que eu atinja minha meta, muitos dos meus sonhos pueris foram rebaixados para a 2ª divisão.

E aceitei pois minha meta era ganhar muito mais em 2 anos. Parece que estou no caminho certo. Não precisei vender nada em 2004 para sobreviver (que saudades da minha CB 500 imolada no ritual da sobrevivência em 2003) e parece que iniciarei 2005 com algum saldo (que meus credores não me ouçam).

Bom, terei muito tempo para contar minhas experiências em Bevilácqua, sob a tutela do Tutubarão. Até mais!