sábado, junho 25, 2005

Ele era um rapaz só; sua melhor (e única) companhia era a solidão e pra ela já tinha até escolhido nome. Querida!

E assim tratava também as pessoas, de a carne e osso, para não correr o risco de chamar a solidão de um outro nome que não “Querida”.

Querida é muito ciumenta.

Todas as vezes que esse rapaz pendia para um hábito estranho de se envolver emocionalmente com alguém, Querida dava um jeito para que esse relacionamento não se tornasse sério. Tenho convicção de que Querida freqüentava casas de Umbanda ou qualquer coisa que o valha. Certeza! Pois ele não se acertava com ninguém, a não ser com ela...

Até que esse rapaz conheceu a bebida e passou a se envolver com ela. E lhe deu nome: Lindona. Só que, estranhamente, Querida gostou de Lindona. E esse rapaz se viu envolvido com as duas, como se tudo combinasse; como se tudo fosse parte de um só universo. E não é estranho vê-los assim. Faz até sentido...

Estranho, né?

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