segunda-feira, junho 13, 2005

Texto pós "O Apanhador no Campo de Centeio"

Com um certo atraso, talvez uns 80 anos e tal, li o Apanhador no Campo de Centeio. Tipo, não gosto muito das pessoas que não gostam de coisas, tipo, de repente. E o tempo todo é assim, o personagem reclama um pouco de tudo e tal.

Mas dá para entender o sentimento que rola. Um certo inconformismo com tudo, enquanto sentimento e instituições. É um papo intelectual e tudo, e às vezes chato pra chuchu. Mas me diverti em alguns momentos e me fez companhia nas quase 7 horas que gastamos para cumprir a maratona até João Pessoa.

Odeio ficar pingando de canto em canto, que nem aqueles cata-ossos intermunicipais que conduziram parte da minha vida. O troço cansa! E o pior é a mesma mensagem no sistema áudio-visual da TAM, com seu indefectível “Bom dia, bem vindos à TAM...” Gosto da TAM pra chuchu, mas esse “bom dia” me cansa e tudo. E o pior não é o “bom dia”, pois bom dia é uma forma educada de iniciar uma conversa e tudo. Nada me emociona mais do que boa educação. Esse troço é de matar!

Mas a musiquinha que tocava no avião era infernal: “Upa Neguinho” é a pior canção de todos os tempos, eu acho. Amo música, mas essa música é de matar. Era começar a tocar e me vinha uma vontade de chamar a aeromoça e pedir para furar os meus tímpanos. E tinha umas aeromoças bonitas pra chuchu.

Mas o livro tem um estilo assim, meio desse jeito; sem querer ser pretensioso de achar que posso escrever como Salinger, mas é meio assim, posso assegurar. Pretensão me deprime, te juro! Prefiro humor e tal. Mas não é de todo mal. Esse sentimento de revolta, ou coisa que o valha, é bastante interessante. Esse cara é bom, se é! Um bocado inteligente mesmo.

Mas o fato é que eu estou aqui, em São Paulo, e não tou muito a fim de falar sobre isso agora.

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