terça-feira, junho 28, 2005

Defendo a tese da meritocracia e espero ser agraciado por ela algum dia da minha vida. Sempre acreditei na história do fazer o bem e receber o bem, ensinamento da Dona Henriqueta e da Juju.

Estou inserido em um mercado que, há 10 anos atrás, era visto como um serviço supérfluo, servido por chefes de cozinha ingleses, garçons alemães, motoristas mexicanos e maridos russos.

O pior é que se engana quem acredita que muita coisa mudou. Na verdade, alguma coisa mudou. Saímos da incompetência inconsciente (não sabíamos que não sabíamos) e chegamos à incompetência consciente (sabemos que não sabemos). Só 1,8% da população brasileira procura atividade física orientada dentro das academias. Mas as academias têm se preocupado em melhorar os serviços. Os professores, ao menos uma boa parcela, têm se comportado de forma diferente e assumiram a postura de prestadores de serviço. Existe uma luz no fim do túnel, e não é um trem.

Mas terá sucesso quem souber vender seu peixe, adequar seu serviço às necessidades da academia e do aluno, entender seu papel na corrente. Se a moça da recepção prometeu a mãe para que o cliente se matriculasse, o professor deverá entregá-la.

Conheço professores de bom coração com salas vazias. Conheço bons funcionários, que chegam no horário, etc e tal, com sala vazia. Mas não existe BOM professor com sala vazia. Pra ser bom, tem que ter mérito. Tem que vender e entregar. Tem que ser um francês na cozinha, um mordomo inglês nos serviços, um Schumacher no volante e um árabe-brasileiro na cama.

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