quinta-feira, maio 11, 2006

Eu sei a dor do amor vivido. Não quis saber se era recíproco! A sua repulsa me dói. Gosto da dor, pois todo prazer é doloroso. E o que a carne sente é dor.

Toda vez que falo com você apetece os sentidos. Sinto vontade de sentir as unhas na minha pele, sentir teus dentes na minha mão. Essa mesma mão que te afaga e puxa. O poder da mão... A mão que enrosca os fios do teu cabelo entre os dedos e prende o teu corpo no meu.

Deve existir dentro de mim uma chave, uma válvula, que é acionada quando ouço a sua voz. Dispara hormônios, acelera o meu sangue, fervendo-o. Se você estivesse aqui... Sou frio como a noite de São Paulo. Olho para todos os lados e não vejo nada nem ninguém. A não ser quando você está por perto.Sinto o seu cheiro e te caço como a uma presa. Isso, você é a minha caça, o meu troféu, a minha coleção que mais gosto.

Cadê você agora, para satisfazer os meus desejos mais primitivos? Sumiu, esconde-se de mim. Essa distância que me atiça. O reencontro que me aguça.

Por isso, Mulher, mantenha-se afastada de mim! Pois é o que nos distancia o que nos aproxima. É o não querer que traz você pra mim. Te conheço hoje como não te conhecia antes. Te quero agora, como sempre...

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