terça-feira, março 08, 2005

Leituras saborosas

“Randicar”, “rodrigar”, “christianzar”, “maguzar”, “akiauzar”, são alguns dos termos mais corriqueiros no nosso escritório e fazem menção a um ato de alguém que lembra características marcantes de um dos personagens acima.

Quando dizemos “essa foi uma ‘rodrigada’”, significa que alguém lançou mão de uma piada ou trocadilho pretensamente engraçado, mas que só quem a contou riu (em algumas vezes chega a simular uma falta de ar, totalmente desmedida pelo teor da gracinha).

Mas o clímax acontece quando temos uma “randicada”. Este termo tem origem nas inserções do companheiro Randall, mestre das leis e das palavras que, quando toma do cajado e sobe a montanha, com as barbas crescendo e um olhar no horizonte, questiona: “vocês sabem o que significa (isso ou aquilo)?” E, sem o menor vacilo, discorre por tempo necessário sobre o tema e seus adjacentes. Já fomos do Rubicão a Rui Barbosa deleitando-nos com seu conhecimento.

Eis que sou presenteado com “A Origem Curiosa das Palavras”, de Márcio Bueno. Minha queridíssima amiga virtual Nathaly me surpreende com esse mimo que, como em um passe de mágica, transforma-se no “Manual da Randicagem”.

Que delícia de leitura! Viajamos através das origens de palavras e de algumas expressões... Obrigado Nath, você não sabe o bem que você me fez. Tão bem que te perdôo por não passear aqui de vez em quando. Você tem crédito na casa.

A primeira palavra que li, aleatoriamente, foi onanismo. Diz o Master Jedi Márcio Bueno (que autografou a obra, com carinho): “A origem do termo é a história do personagem bíblico Onã, do Velho Testamento. Tendo morrido seu irmão, foi-lhe ordenado que se casasse com a viúva, obedecendo a uma lei dos hebreus... Onã sempre interrompia a relação sexual pouco antes do orgasmo, completando o ato com a mão...”.

Existe todo um universo de palavras que eu não tinha idéia da origem e contava somente com a lembrança do Master Sacripas (que é virtuosa)! Este livro é muito legal. Até meus momentos “Billy Idol” ficaram mais cultos agora.

Obs.: Não me mandem um “Manual da Rodrigada”.

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