terça-feira, março 01, 2005

Honestamente acho que fazer análise deve funcionar para alguma coisa. Tipo contar coisas que você sente sem ter que camuflar nada, de peito aberto, deve ser bacana. Já fiz, mas em 1984 quando meus pais se separaram. Aliás, parece procedimento-padrão, assim como a revisão dos 40.000km: Separação? Mande seu filho para análise

Na minha experiência como personal trainer (10 anos) fui meio que psicólogo dos meus clientes, muitos deles transformados em meus queridos amigos durante os vários anos em que estivemos juntos. Sei que tive um papel importante na vida dessas pessoas e essa amizade dura até hoje.

Mas o caso de maior inabilidade da minha parte em separar o ombro amigo da impressão de que eu estava interessado “em outros aspectos” aconteceu quando eu treinava uma juíza aposentada que se sentia muito sozinha. Tinha pouco mais de 55 e nunca casara nem tivera filhos. No começo de cada uma de nossas aulas (ela me pagou a vista um ano de aulas, 5 vezes por semana) sempre perguntava como ela estava, como seria seu final de semana, e ouvia atentamente suas histórias. Trocávamos receitas de molhos para salada e dicas de restaurantes bons para se freqüentar.

Até aí, normal. Tinha outros alunos e conversávamos sobre tudo, e alguns confiavam seus maiores segredos a mim.

Mas o interesse dessa aluna por mim cresceu... Primeiro foram as trufas. Já recebi várias, mas acompanhada de champagne e duas taças (uma com dizeres: “essa é minha”) me fez disparar o sinal de alerta. Convites para experimentar os molhos que inventou, várias vezes recusados por mim, não deram a ela a percepção do meu desinteresse. Mas, quando eu cheguei para atendê-la e a vi de sutiã ao invés de top, virei as costas e fui embora.

A seqüência natural foi: ela ameaçou entrar com um processo requerendo todo o valor investido nas aulas, mesmo as aulas dadas. Meu pai deixou claro que um processo por assédio sexual seria a nossa estratégia. Ela desistiu! Restituí o valor das aulas não dadas e aprendi mais uma lição, além de dever mais uma a meu pai.

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Olha só que bacana: “Até pouco tempo atrás, não gostava muito desta ‘coisa’ chamada Blog. Todos comentavam, ‘Pô, dá uma passadinha no meu blog e deixa um comentário lá!’, porém nunca tive paciência para isto. Até que um dia, li o blog do meu primo Christian (http://thesilverfern.blogspot.com/) e comecei a gostar de blogs.”

Este é o meu primo Rodrigo (http://rgomes.blogspot.com) que inaugurou o seu blog dessa maneira. Obrigado, primão, pela menção e pelo carinho. Vamos acompanhar você e seja bem vindo ao mundo dos blogs.

E por falar em Blog, o link Gilberto Munaier te levará diretamente ao blog do meu pai, que já dispõe de moderno campo para comments (graças à Blue).

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