sábado, janeiro 15, 2005

Showbiz

Quando fiz 16 anos minha mãe me deu um teclado, pois ela dizia que uma das características mais apaixonantes em meu pai, quando eles se conheceram, era o dom dele de destrinchar o piano com maestria. E, como ele nunca fez uma aula de piano, minha mãe acreditava ser esse um dom hereditário. Ledo engano! De qualquer forma saiu um "Romeo e Julieta" pela metade, "Yesterday" que engana, tive bandinha com músicas próprias, devidamente aposentada pois era certo que morreria de fome!

Assisti o DVD MTV ao Vivo com o Nando Reis. O cara tem trabalhos legais (no sentido de bacana), puta história com o Titãs & coisa e tal; na carreira solo faz coisas que retratam o dia a dia e descobre aqui e ali várias frases boas, além dos arranjos, pois nisso o sujeito é afudê... Mas vê-lo ganhar dinheiro cantando hare krishna e o mundo é bão, Sebastião, além de outras coisas que compôs com a mulher de TPM, a filha pedindo dinheiro e o filho chorando, fez-me reabastecer a inspiração.

Convenceu-me a concorrer ao Grammy!

Com a minha noção de mundo a la Humberto Gessinger ( A violência travestida faz seu trottoir em anúncios luminosos, lâminas de barbear. Armas de brinquedo, medo de brincar. A violência travestida faz seu trottoir), eu produziria coisas bem mais dignas. Exemplo? Agora:

A mala pronta e o troféu na mesa,
E ela pensa "medo de morrer, Tereza"?
O livro aberto com a página manchada,
É hora de encarar a estrada!

Um silvo breve, um silvo longo
Marcas de um sonho pesando em seu ombro.
SOS , socorro, sua alma implora,
E lá fora só ouve uma criança que chora.

E quer saber? Deu até vontade de cantar, pois se até o Hebert Viana canta, por que não eu?

Aguardo parceiros para a banda, sugestão do nome, bem como eventuais investidores na minha nova carreira.

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