Quando fiz 16 anos minha mãe me deu um teclado, pois ela dizia que uma das características mais apaixonantes em meu pai, quando eles se conheceram, era o dom dele de destrinchar o piano com maestria. E, como ele nunca fez uma aula de piano, minha mãe acreditava ser esse um dom hereditário. Ledo engano! De qualquer forma saiu um "Romeo e Julieta" pela metade, "Yesterday" que engana, tive bandinha com músicas próprias, devidamente aposentada pois era certo que morreria de fome!
Assisti o DVD MTV ao Vivo com o Nando Reis. O cara tem trabalhos legais (no sentido de bacana), puta história com o Titãs & coisa e tal; na carreira solo faz coisas que retratam o dia a dia e descobre aqui e ali várias frases boas, além dos arranjos, pois nisso o sujeito é afudê... Mas vê-lo ganhar dinheiro cantando hare krishna e o mundo é bão, Sebastião, além de outras coisas que compôs com a mulher de TPM, a filha pedindo dinheiro e o filho chorando, fez-me reabastecer a inspiração.
Convenceu-me a concorrer ao Grammy!
Com a minha noção de mundo a la Humberto Gessinger ( A violência travestida faz seu trottoir em anúncios luminosos, lâminas de barbear. Armas de brinquedo, medo de brincar. A violência travestida faz seu trottoir), eu produziria coisas bem mais dignas. Exemplo? Agora:
A mala pronta e o troféu na mesa,
E ela pensa "medo de morrer, Tereza"?
O livro aberto com a página manchada,
É hora de encarar a estrada!
Um silvo breve, um silvo longo
Marcas de um sonho pesando em seu ombro.
SOS , socorro, sua alma implora,
E lá fora só ouve uma criança que chora.
E quer saber? Deu até vontade de cantar, pois se até o Hebert Viana canta, por que não eu?
Aguardo parceiros para a banda, sugestão do nome, bem como eventuais investidores na minha nova carreira.
sábado, janeiro 15, 2005
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