domingo, janeiro 23, 2005

Paternidade

Contagem regressiva, faltam poucas horas para o lançamento dos dois primeiros livros da Editora Muro, dentre eles o “Clichê de Verão”, do meu amigo Randall Neto. Neste exato momento, Tio Randas (Sacripas-ibn-Guryan, seu nome Jedi) deve estar nos últimos ajustes na produção do seu livro – ou nas últimas mitoses e meioses desta concepção, se você preferir.

Nenhuma paternidade se compara a outra. Querendo ou não, enxergamos em cada uma de nossas criações as diferenças pelas quais nós as amamos. Minhas duas filhas vieram em realidades diferentes da minha vida. Christiana (hoje com 10 anos!!!) veio sem planejamento, quando eu tinha 19 para 20 anos. Carolline (8 anos) veio... bem, veio sem planejamento também... Mas posso dizer que curti cada uma de uma maneira diferente e especial, e as amo de formas diferentes, mais intenso do que agüento e vendo-as menos do que gostaria.

Não sei se será este o livro mais amado de Randall, mas sinto que este terá vindo ao mundo em um parto não só assistido, mas efetivamente auxiliado, pois é também sua responsabilidade imprimir, cortar, grampear e colar a capa.

Quero fazer isso um dia. Quero dizer, participar. Não tenho a pretensão de escrever um livro; contar uma estória inteira me assusta ou me cansa. Não que eu goste de nada rápido; ao contrário, gosto de bem feito! Mas tenho medo.

Se tivesse coragem, um livro meu teria final feliz, com personagens que reciclariam, em suas “histórias”, muitas das minhas besteiras. Teria alguém charmoso, galanteador e cavalheiro; teria um mundo com injustiças para ele se indignar e tentar mudar, mas não seria um mundo de canalhices. Haveria pessoas que lhe dariam outras chances, caso as 23 primeiras falhassem (porque ninguém é perfeito e acerta de primeiras), e ele saberia dar valor.

Ou seja, nem de longe seria uma biografia ou baseado em fatos reais, pois não sou nada disso, nem tampouco tive tantas chances para acertar e, a cada dia, enxergo nosso mundo com a doçura de Maquiavel e com leveza do Mainardi.

Boa Sorte, Mestre Sacripas-ibn-Guryan, e que a Força esteja com você!

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Cinema

Na semana passada fui assistir Alexandre. O melhor do filme, com duração de longas 3 horas (ao gosto do nosso amigo Oliver Stone) não foi o filme em si, mas sim a sensação de ser um crítico de cinema. Fui escolhido (aleatoriamente, diga-se de passagem), ainda na fila de entrada, para preencher um questionário sobre o filme.

Quer saber? Vale pelas cenas de combate, pois está longe de retratar a importância que este personagem histórico teve para o atual cenário geopolítico mundial. A atuação de Colin Farrell é apagada por Val Kilmer; e Angelina Jolie não serve pra nada - não tem, nem mesmo, uma cena de nudismo que prendesse a atenção. Aliás, nudismo mesmo só de homens, beijos só entre homens... Pode-se encarar este filme como uma análise freudiana comportamental da sociedade grega.

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Entrando Numa Fria Ainda Maior é a síntese de um excelente filme. Engraçado na forma (com as trapalhadas, tombos e tomadas cômicas), melhor está nos diálogos e nas interpretações deste time de 1ª:
  • Robert De Niro
  • Ben Stiller
  • Dustin Hoffman
  • Barbra Streisand

O filme vale pela contradição dos pais dos noivos, pelo noivo (a noiva é um vaso - só está ali para enfeitar), pelos animais de estimação das duas famílias (um cachorro mais tarado do que eu) e os trocadilhos com o sobrenome da família Focker. Imagine:

  • O pai: B. Focker (be fucker)
  • O filho: Gaylord Focker (não precisa nem pensar muito)
  • A noiva, quando casada, terá o nome: Pamela Focker (com sotaque sai quase um Pan mother fucker)

É um filme que vale os R$16,00 do Cinemark, com o plus de R$12,00 da pipoca e refri.


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