quarta-feira, julho 13, 2005

2. Limoeiro Rosa - Vó Henriqueta

Tenho um grande sonho na vida. Na verdade, todos os meus sonhos são grandes; lembre-se, sou megalomaníaco! Mas eu publicarei, talvez no próximo ano, o livro de poesias da minha avó. Ela merece!

Ao 85 anos ela é atleta, poetiza e compositora. Minha avó já participou (e venceu) vários festivais musicais e literários em Itamonte e BH. Sua música de Comunhão foi inserida em uma missa comemorativa do Santa Marcelina; teve sua música-homenagem cantada pelo povo de Itamonte quando o pároco (“alvo” da música) faleceu. Venceu provas de resistência patrocinadas pela Avon na Lagoa da Pampulha. Sobe em telhados e árvores, e um sem número de outras coisas que um dia retratarei aqui.

Minha avó tem várias músicas e me embalou com elas nos meus primeiros trinta e um anos de vida. Tem poucas formas, NO MUNDO, de dormir melhor do que com ela cantando pra mim. E choro, até hoje, com as músicas tristes do seu repertório.

Ah, Limoeiro Rosa
Por que foi que te mudei?
Teu cantinho era pobre, mas eras feliz agora eu sei
Teu cantinho era pobre, mas eras feliz agora eu sei

Eu te queria tanto, tanto
Morada melhor te desejei
Agora ao vê-lo morto, muito, muito chorei
Agora ao vê-lo morto, muito, muito chorei

Este era o teu destino
Morrer por querer bem
Assim está o meu coração:
Sofrendo muito também

Ah, Limoeiro Rosa, se eu pudesse
Dar-te a vida novamente
Para vê-lo coberto de flores

Sempre pertinho da gente.

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