sexta-feira, janeiro 18, 2008

Futebol, religião, opção sexual e profissional, dentre outras coisas, não se discute? Não sei aonde, pois aqui vou contar uma breve história e poderemos discutir. Ou não!

Conversei muito com um amigo hoje sobre religiosidade. Ele acredita em Deus, etc e tal, e me contou que era de uma dessas linhas bastante ortodoxas dentro do cristianismo. Na igreja dele quando o camarada faz algo que não condiz com os preceitos pregados por eles, ele é colocado pra fora, pra escanteio. Não questiono! Mas vá lendo aí…

Pois bem, ele foi desassociado. Por que? Porque treinava Karatê, uma arte-marcial com princípios éticos e com embasamento religioso próprios do Japão. Logo, era contra a crença na qual era batizado e, não atendendo aos apelos – principalmente da mãe – foi desassociado. E isso significa ter todas as pessoas virando-lhe a cara, como se fora um estuprador ou coisa pior (se existir coisa pior).

E eu perguntei: “por que, mesmo tendo sido criado em uma família tão rigorosa em suas crenças, convivido com pessoas que pensavam dessa mesma forma, você foi fazer o Karatê?” E ele me respondeu: “Veja, Christian, minha mãe queria que eu fizesse ballet, mas eu tinha medo de ser ridicularizado pelos meus amigos. Então resolvi fazer alguma luta.” Era preferível fazer ballet a fazer Karatê?

“E quando você começou a fazer Karatê você foi desassociado?”, perguntei. Ele me respondeu: “Não! Foi quando eu comecei a dar aulas. Minha mãe até me sugeriu que eu fizesse um curso de cabelereiro para poder trabalhar, já que eu precisava começar a ganhar algum dinheiro”.

Faltou só me dizer que ser professor e atleta leva à desassociação e dar a bunda, não.

Gostaria de ganhar na mega-sena acumulada para comprar todo o estoque de roupinhas de bebê do Galo para presentear os filhos de meus conhecidos. Ao menos a iniciação correta estaria garantida!

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