terça-feira, fevereiro 08, 2005

Dom

A cada linha que escrevo convenço-me de que contar estórias é mesmo um dom e estou longe dele! Habilidades treináveis têm várias, e muitas se aplicam na arte de escrever. Agilidade ao digitar, boa lembrança da 7ª série (época em que fomos mais cobrados no português)... Mas escrever uma estória são outros quinhentos!

Lembro-me de quando lia a série Vaga-lume – “O Mistério do Cinco Estrelas”, “Barquinhos de Papel”, “Um Cadáver ouve o Rádio” e até mesmo o boióla do “Caso da Borboleta Atiria”. Era encantador desbravar novas fronteiras através da leitura e exercitava tanto a minha imaginação!

Quando estava na 1ª série (7 anos), minha “Tia” no Pitágoras propôs que fizéssemos um livro para nossas mães para presenteá-las no Dia das Mães... Era um livro dirigido pela professora, da seguinte forma:

  • Qual é o nome do seu personagem?
  • O que ele faz?
  • O que ele pretende?
  • Deu certo?
  • Como termina a estória?

Cada um contou uma estória diferente e foi aí que surgiu meu livro “Um Cientista Bem Maluquinho”

Pai, você se lembra? No mesmo ano te presenteei com aquele porta-retrato decorado com sementes de girassol, acompanhado por aquela foto horrorosa, aquela com a qual você me penitencia até hoje, ao mostrá-la para seus amigos. Aquele cabelo cortado em forma de cuia, escorrido, aquela botinha ortopédica que ninguém merece... Perdôo-te!

Tudo isso para dizer que o “Clichê de Verão” é um baita livro, muito gostoso de ler e que, independente se colado de forma industrial ou não, encaro-o como um presente literalmente feito à mão pelo meu amigo que tem O dom!

Aproveito, também, para convidá-los a lerem com olhos condescendentes o pequeno texto que postei abaixo (Capítulo Um). É pura ficção e me ajudará numa próxima empreitada.

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