terça-feira, janeiro 08, 2008

Da escassez e da abundância

Tinha vontade – contudo não tenho competência – de escrever algo sobre a escassez e a abundância, traçando um paralelo entre o que falta sobre determinada coisa e sua nem sempre exata contrapartida. Exemplo: a escassez de respeito do homem perante a natureza e a abundância de mudanças climáticas, o já conhecido aquecimento global; ou da escassez da capacidade de entender e respeitar a cultura alheia por parte dos americanos e a abundância de antiamericanismo no mundo e suas conseqüências mundiais...

Mas este intróito pretensioso e fanfarrão não dá o tom do que eu quero registrar aqui. Na verdade, não tem nada a ver.

Todo fim de ano, no ramo de negócios que tento entrar – e que é tão difícil – é natural a escassez de coisas para fazer, o que me permitiu a abundância do nada, o mais absoluto nada. Péssimo para as contas, mas algum proveito o cidadão precisa tirar.

Pela primeira vez depois de 20 anos, os remanescentes dos que habitavam a Rua Professor Mercedo Moreira, 149, no início da década de 1980, estiveram juntos em um réveillon, graças à acolhida sem igual da minha irmã Candice, numa abundância de amor e cuidados para com os seus; infelizmente sua condição de pós-operada nos causou escassez da companhia. A escassez de juízo da Melissa nos propiciou abundância de bom e mau humor, com o seu namoro natimorto virtual e sua bagunça, respectivamente. Meu pai, apelidado de Alain Delon por um amigo conquistado pelas bandas de Balneário Camboriú, escasso de experiência no Poker sit’n’go gerou… escassez de recursos para as cervejas praianas (brincadeira). Mas gerou abundância de alegria tê-lo conosco.

Preciso dizer que abundância eu recebi da escassez de trabalho? Amor, momentos maravilhosos com minha família, risos, algumas lágrimas, amigos queridos… e as contas, essas não param de chegar.


E aqui, uma foto da minha irmã, com meu cunhado e meus sobrinhos. O nosso mais abundante agradecimento!

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