sexta-feira, julho 21, 2006

Quedar-se de amor não é necessidade, é privilégio. Cantar, mesmo que motivo não exista e a acuidade auditiva proíba; ter vontade de dançar, mesmo que sua dança mais pareça a de um orangotango dançando lambada; aceitar o desafio de compartilhar, mesmo que a partilha signifique abrir mão de coisas que pareciam tão caras...

Quedar-se de amor não é doença, mas é ficar em estado febril. Queimar, mesmo que o coração gele na presença do ser amado; delirar, e falar toda sorte de impropérios; perder o ar, sufocado por sensação inebriante...

Cantar, dançar, parecer bobo e babar... Renato Russo, que nasceu no mesmo dia que eu (mas eu não tenho os mesmos hábitos), traduziu assim:

Tão correto e tão bonito:
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto.

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