sábado, junho 24, 2006

A tranqüilidade de estar na minha casa e a inquietude da necessidade de estar em outro lugar. Bom Deus, o insatisfeito é o pior de Seus necessitados!

Assistir televisão, prazer esse tão raro nos meus dias, e a sensação de despender o meu tempo assistindo televisão, numa afronta à gestão inteligente do tempo. A incessante busca daquilo que acalma e acelera, daquilo que se desenha simples mas com fortes traços. Ah, daquilo que não consigo definir mas que posso simplificar chamando de felicidade...

Aquilo que acalma e acelera; a tranqüilidade e a inquietude.

E toca uma música lá longe, quase não ouço. Ela me convida pra dançar. Eu finjo que não é comigo. De repente, nem é mesmo...

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu

Em paz

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