quinta-feira, dezembro 01, 2005

Mais uma página escrita no Tribunal de Exceção da República das Bananas.

Assisti, estarrecido, a mais um julgamento político dirigido pelo Pavilhão 2 do Carandiru. O ônus da prova coube ao réu e, assim, Zé Dirceu perdeu seus direitos políticos, não por ter roubado ou incentivado o roubo, mas por ser arrogante, não atender telefones e não marcar reuniões.

O Pavilhão 2, superlotado com 400 deputados, sentiu-se no direito de condenar um homem com uma biografia de luta contra a ditadura e o fez perder as únicas coisas pelas quais lutou a vida inteira: seus direitos políticos.

Se o julgassem por ser de difícil trato, ou por ser o responsável pela eleição do inepto dos ineptos, ou até mesmo pelo sotaque ardido que tem, a condenação seria aceitável. Mas quando o condenam por comprar votos dos integrantes da Casa, o Pavilhão 2 se vê obrigado a cassar ao menos aqueles que, segundo os próprios deputados, teriam sido comprados.

Essa é a República das Bananas: dirigida pelo inepto barbudo e com o Tribunal de Exceção instalado no Pavilhão 2 do Carandiru.

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