quinta-feira, agosto 18, 2005

Tenho enorme prazer com a comida! Explico: até 10 anos atrás eu me alimentava pelo simples instinto de sobrevivência, equilibrando no prato quantidades obscenas de comida, combinando-as tão qual se combina tênis claro com meias escuras (de preferência social). Era simplesmente triste a minha figura escondida atrás da montanha de arroz. Certa vez almocei com o meu pai no clube e ele, até hoje, conta (com um certo orgulho às avessas) que meu prato pesou 1,400kg. E eu era magro. Muito!

À medida que minhas refeições passaram a ocupar uma parcela considerável dos meus relacionamentos sociais e profissionais, deixei de lado a tentativa prosaica de combinar feijão com strogonoff e achar que frango e carne moída combinavam na mesma garfada (até hoje eu não entendo a tal pizza frango a bolognesa, fartamente devorada em BH - só lá!). Passei a me preocupar com isso.

Não quero dizer que eu não encaro um peéfão. Que venha! Se tiver que improvisar, vou fácil pra cozinha. Mando um macarrão digno da minha avó. Só tenho um problema: odeio cheiro de comida daqueles restaurantes abafados. Aquele cheiro de gordura que fixa na roupa.

Aprendi a apreciar a boa comida não faz muito tempo. E fez uma diferença enorme pra mim. Hoje, minhas refeições são, além de momentos sociais intensos e algumas vezes profissionalmente decisivas, momentos prazerosos. Escolher o vinho, escolher o prato, aproveitar cada sensação. O ambiente, o ritual... Isso me emociona, brother. E pode ser um excelente passaporte para noites inesquecíveis, o maior prazer do mundo!

Nenhum comentário: