segunda-feira, agosto 29, 2005

“Qual é a literatura na qual o senhor embasa toda a sua palestra?” foi a pergunta com a qual fui brindado na palestra dada em Brasília. Aliás, típico de Brasília, um povo bonito e tratado à Yakult e Toddynho e extremamente questionador.

Perguntou, respondi:

"Frederick Taylor foi um dos precursores da Administração. Para ele, o Homem é um ser irresponsável e negligente, necessitando ser treinado (adestrado). Defende uma boa relação entre a administração e o chão de fábrica.

"Na administração das academias os gestores dão pouca (ou nenhuma) atenção ao treinamento de pessoal. Contratam no sufoco e lançam seus colaboradores na fogueira. Aquele que não se queimar (pelos alunos insatisfeitos com eventuais mudanças) assume o seu posto e o seu próprio gerenciamento. A relação entre administração e professores geralmente é intermediada por um 'Capitão do Mato' que usa um crachá escrito 'Coordenador'.

"Henri Fayol, ainda no início do século XX, nos mostrou o caminho do bom gerenciamento, com princípios extremamente atuais. Dentre eles:

Cuidar para que a organização humana e material seja coerente com o objetivo, os recursos e os requisitos da empresa.

Organizar a seleção eficiente do pessoal.

Recompensar justa e adequadamente os serviços prestados.

Subordinar os interesses individuais ao interesse geral.

Combater o excesso de regulamentos, burocracia e papelada.

"Ou seja, tudo o que as academias não defendem e tão pouco fazem."

Portanto, o sucesso da palestra se deu pelas doces lembranças do COMEX e do Idalberto Chiavenato, em seu saudoso Teoria Geral da Administração. E esta palestra reacendeu o meu desejo de realizar um projeto antigo. Quem sabe até o meio do ano que vem...

E ainda concluí: "não seria mais produtivo deixarmos de lado toda essa teoria e ver como alcançar, de forma prática, o sucesso do seu empreendimento? Vocês confiam em mim?"

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